sexta-feira, março 18, 2011

Um título: "Diminui o nervosismo dos investidores em relação a Portugal"

(como se empréstimos especulativos fossem investimento, e o nervosismo estivesse nos "investidores"!)

ou...
As vanglórias em centésimas
ou como se escamoteiam factos
para ganhar ilusórias confianças
Os 7% já foram considerados, pelo sr. ministro das finanças, como barreira intransponível; já se transpôs largamente! Chegou-se aos 8% (para as obrigações a 5 anos). Como, hoje. se está nos 7,938% diz-se que nos estamos a afastar dos 8%!, e isso em resultado dos “dados relativos à execução Orçamental de Fevereiro”… que revelam a belíssima performance da “quebra de 5,3% da despesa com pessoal, fruto dos cortes de salários da Função Pública”. Fruto? Só se for podre!
E para manter o ambiente côr-de-rosa vivo, e o inefável objectivo da confiança por estas vias, logo se diz que o juro das obrigações a 10% “recua para 7,542% contra os 7,566% registados ontem”. Com a mesma finalidade, de imediato se acrescenta que “o juro da linha viva da dívida portuguesa da mesma maturidade mais negociada no mercado deslizava para 7,451% (ontem fechou nos 7,474%)”.
Isto não é deslizar para o ridículo?

5 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Fruto? Só se for furto!

Um beijo.

Sérgio Ribeiro disse...

Boa!, Graciete.

Um beijo

samuel disse...

Em miúdo morei perto da gloriosa linha do Vale do Vouga. Lembro-me que com o frio os carris se afastavam uns dos outros, num movimento bem mais visível (e mais lesto) do que este afastamento dos 8%...

Abraço.

Jorge Manuel Gomes disse...

Ó se é!
Mas como dizia um camarada nosso:"Não podemos pedir aos especuladores que deixem de especular!".
Mas podiamos pedir empréstimos directamente ao BCE a 1% em vez dos 8% pagos aos "mercados"!??
- Podiamos, mas não era a mesma coisa!

Vem-me à memória um frase batida:"Eles comem tudo e não deixam nada!"

Desde Vila do Conde.

Abraço. Jorge.

Antuã disse...

Não temos governantes mas vendedores da banha de cobra de baixíssimo nível.