Há 14 anos, quando se discutia a criação da moeda única, estava no Parlamento Europeu. Fiz parte das comissões parlamentares que acompanharam essa (má) criação. Participei, activa e militantemente, na campanha do Partido "Não à moeda única, sim ao referendo".
Então, apesar da consciência de que a campanha mediática de apologia ideológica relativamente ao instrumento poderia provocar resultados muito negativos (pelo sim...), o PCP insistiu no esclarecimento, no debate, na voz a dar ao povo sobre decisão tão influente no nosso futuro.
Chamaram-lhe - entre outras coisas, e "nomes" que nos chamaram... - "cartilha". Alguns, muitos..., dos argumentos então nossos são hoje razões de alguns, muitos..., que então nos apostrofavam e diziam sermos catastrofistas e mais que não digo.
Quando Jerónimo de Sousa defende um largo debate nacional sobre o euro, há quem se admire e, até, se mostre escandalizado. Como há quem avance decisões acabadas: sair já! ou sair, agora?nunca!.
Por aqui, só se defende o que sempre se defendeu.
Por aqui, só se defende o que sempre se defendeu.
Havia, posso testemunhar!, quem (forças e interesses), por razões bem diferentes das razões do nosso não à moeda única, não queria Portugal no euro. Porque os "periféricos", os países da esquecida coesão económica e social (Irlanda, Grécia, Espanha e Portugal, por ordem de entrada nas CE), poderiam perturbar a instrumentalização de tal instrumento, na luta inter-imperialista.
Assim veio a acontecer. Por isso, enquanto nós - um nós que, aqui, é de cidadão, de economista, de militante - insistimos, sem hiatos, no esclarecimento, no debate, na decisão do povo, na sombra, nos gabinetes acolchoados, prepara-se (talvez...) o que se esconde do povo.
Como sempre, invocamos a soberania e a negociação.
Contra a submissão e a imposição. Apoiadas estas na desinformação, na manipulação, na mentira e - por isso! - na ignorância do povo. Mas, como sempre, a este a palavra!
Contra a submissão e a imposição. Apoiadas estas na desinformação, na manipulação, na mentira e - por isso! - na ignorância do povo. Mas, como sempre, a este a palavra!
15 comentários:
Gostei , Sérgio.
:))
Abracinho
Gostei tanto que, mesmo sem te dizer nada, mandei para o facebook. E já está a ser comentado :)
Acabar com os euros Sérgio?! Como é que eu posso acabar com uma coisa que não tenho?!
Um abraço à espera do 1º de Dezembro - Dia da Restauração da Independência
Caro amigo Sérgio Ribeiro, vai-me desculpar mas tenho de o alertar para a seguinte notícia que recebi hoje, em última hora: o Sr. Garcia Pereira, chamado líder ou secretário dessa coisa que o valha e que ainda consegue votos à conta de votantes na CDU, não compareceu aos debates que tinha ganho por direito em tribunal. Deixou os outros candidatos esperar; um deles viajou 900 Km e teve de acordar às 3h30 para estar nos estúdios da RTP. Depois de dizer que os partidos estavam em pânico, com a eventualidade de discutir propostas com o MRPP, o Garcia Pereira faltou ao encontro.
Dos 5 maiores partidos, a CDU foi a única que compareceu aos debates.
Insólito e ao mesmo tempo "de loucos" (aquilo que caracteriza o MRPP). Receba um abraço do Jorge
Eu lembro-me muito bem de ouvir o Carlhos Carvalhas falar, num Comício, sobre os problemas que o euro nos iria trazer.
E agora vê-se.
Um beijo.
Ficam sempre muito escandalizados e admirados!
Depois, quando se vê quem tinha razão... juram que nunca tinham ouvido falar...
Abraço.
Parece que somos "bruxos".
Olá Sérgio, Já viste esta:
REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA Apesar de todos negarem a pés juntos, já se trabalha na reestruturação da dívida da Grécia. Segue-se Portugal.
Abraço
Vieste também à minha terriola e foi um grande Debate, ainda hoje recordado.
O tempo não me tem deixado vir até aqui, está quase.
GD BJ,
GR
anamar - Gostei muito da tua mensagem. Obrigado.
cristal - Boa notícia. Muito obrigado. O que nos falta é isso; que as ideias circulem e se discutam.
Pata Negra - É porque há quem tenha demasiados! Muita coisa vai acontecer antes do 1º de Dezembro...
Beijos e um abraço
Anónimo Jorge - Obrigado pelo comentário a propósito do Garcia Pereira - MRPP. É uma maneira de estar na política...
Graciete - Foi uma boa discussão e decisão colectiva. Uma grande campanha. Perdemo-la? Assim pareceu, mas hoje vê-se que não. Que a ganhámos! Com a nossa razão.
Samuel - Pois é. São assim. "De vidro". Fosco e sujo!
Abreijos
Antuã - Bruxo!
J Eduardo Brissos - Como vais tu?
É assim: quando nos atrasamos, eles adiantam-se. Com graves consequência sociais.
GR - Lembro-me bem. Já lá vão 14 anos!
Abraços e beijo
Texto muito esclarecedor!
Bem lembrado!
Um abraço.
pois é...
lá vais/foste fazendo de profeta...
infelizmente...
sérgio amigo... aquele abraço!
zé sousa dias
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