(in avante! de 7 de Dezembro)
«A reunião fora marcada para aquele dia, 19 de Dezembro de 1961. Dois dias antes de eu fazer 26 anos.
A “célula dos economistas” reunira com o novo “funcionário” do Partido. Um homem maduro, calmo, discreto, mostrando uma grande solidez e sensibilidade.
Na reunião anterior tinha ficado marcado trabalho. Continuar e melhorar, com as estatísticas possíveis, o “balanço” do ano, para avaliar o impacto da guerra colonial na economia portuguesa, perspectivas. Depois das questões de organização – situação conspirativa, “avantes”, quotas, aliciamentos – e do “ponto político”
A tarefa de ir buscar o camarada era do Herberto. Mas a saúde sempre frágil do filho obrigou-os a uma consulta médica de emergência, e ele procurou-me para que o substituísse, embora não fosse faltar à reunião. Talvez chegasse um pouco mais tarde.
Deu-me todas as necessárias indicações.
Apanharia o camarada numa transversal à Rua dos Lusíadas, Travessa da Tapada, em frente da Escola Ave Maria, às 20 horas.
(...)»
(50 anos de economia e militância, 1ª página)
10 comentários:
Não comento, Sérgio.
Deixo-te um grande abraço.
Grande memória!
"...e o som da bigorna
como um clarim do céu
vão dizendo em toda a parte
o pintor morreu."
Grande abraço.
"De todas as sementes deitadas à terra, é o sangue derramado pelos mártires que faz levantar as mais copiosas searas."
MANUEL LAVADO e PEDRO FERREIRA, dois dos pistoleiros da PIDE.
O CRIME FICOU IMPUNE! (como tantos outros que a ditadura fascista cometeu)
Diremos por toda a parte o pintor morreu...
Um abraço em nome desse abraço interrompido
Camarada,
ainda bem que o escrevestes. Para que se saiba e jamais se esqueça!
Um grande abraço desde Vila do Conde,
Jorge
podes por esta imagem
http://pcp.pt/sites/default/files/images/dossiers/frontpage/diascoelho.jpg
Momentos marcantes de raiva, perda e muita dor, porém,reforçaram a luta.
Grande BJ
GR
Momentos marcantes de raiva, perda e muita dor, porém,reforçaram a luta.
Grande BJ
GR
Numa ida a Lisboa, uma amiga minha mostrou-me a casa junto da qual foi assassinado Dias Coelho.
Foi impressionante porque, automaticamente, "vi" o crime como se estivesse a ocorrer naquele momento.
Um beijo.
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