sábado, dezembro 17, 2011

José Dias Coelho - nos 50 anos do seu assassinato - 3

«(...)
Às 9 horas estava de novo no local do encontro, depois de uma outra volta de reconhecimento em que tudo me pareceu mais “limpo”, calmo, desanuviado, ou tinha sido eu que desanuviara, em contradição com alguma preocupação ou inquietação.
As ruas estavam quase desertas, com as pessoas recolhidas a casa, ou antes de saírem depois de jantar.
Foi mais um quarto de hora de espera. Em vão.
Desisti. Que outra coisa poderia fazer?
Fui ao quarto do camarada, ali a Campolide, onde me espera-vam os outros jovens economistas (o B., o G. e o Herberto, que se despachara da consulta e já chegara).
Dei-lhes conta do que acontecera – ou do que não acontecera, trocámos algumas impressões preocupadas, o Herberto ficou de tentar saber razões e medidas a tomar, e cada um foi para sua casa.
(...)»

(1ªs. páginas de 50 anos de economia e militância)

4 comentários:

jrd disse...

Uma admirável sequência de postes que, ainda hoje, são como 'gotas rubras' a cair na calçada.

Graciete Rietsch disse...

Ainda ontem estive a reler essa primeira parte do teu livro "50 anos de Economia e Militância".
Serias tu o útimo cotacto dele,que não chegou a acontecer pelo bárbaro assassinato de que foi vítima. Tu próprio poderias também ter sido uma outra vítima.
Tantos Heróis existem no nosso Partido!!!!

Um beijo.

svasconcelos disse...

... é importante não esquecer!
:/

Antuã disse...

Não podemos deixar esquecer os bárbaros assassinatos da PIDE e outras polícias do mesmo jaez.