A semana, com tudo o que aconteceu, no mundo, na europa e comigo, foi pouco "blogueira". Ter-se-ão cumprido os "serviços mínimos" - que devo aos visitantes amigos (que alguns são, a alguns com amizade aqui nascida ou reforçada) mas senti-me um pouco... longe.
Além de razões pessoais, duas intervenções das que muito me (pre)ocupam.
Antes de mais, a reunião do Comité Central.
Foi um CC importante. Assim o senti. Pelo que foi, quando foi.
Pelo que foi quando foi, porque se realizou no dia do começo da “cimeira” decisiva” (mais uma) na U.E., e porque, sem se confinar a esse eixo “europeu”, se disseram (algumas) coisas e tomaram algumas posições (do colectivo, e que se podem conhecer com o intérprete certo, Jerónimo de Sousa - ver aqui) muito oportunas sobre o que estava a acontecer e para acontecer, como se adivinhássemos.
"Bruxos"! Ou bruxa será a nossa base teórica, a que nem sempre prestamos a atenção que lhe é merecida e que nos devemos exigir.
Mas pelo que foi também para além de quando foi, porque se fez um balanço, em CC, da Greve Geral, muito rico de informações, pontuais ou locais, confirmando a grandeza e “diferença” desta greve, de enorme importância, e também pelo realce dado à questão do alargamento do horário de trabalho.
Neste caso, para mim crucial, relevo intervenções que sublinharam a vertente ideológica deste “pormenor” da luta que estamos a travar, que tem uma "carga" enorme, que vai ao âmago da exploração, na nossa leitura das relações sociais e da natureza exploradora do capitalismo.
É um “pormenor” da luta que ilustra, com toda a agudeza, a questão da mais-valia, do tempo de trabalho não pago, como a raiz natural da exploração, o “alimento” da exploração do homem pelo homem.
Diria mesmo que há que tentar corrigir a expressão horário de trabalho por horário de uso da força de trabalho, nem que seja apenas para utilização nossa, naquilo em que queiramos ser inteiramente rigorosos e sem prejuízo da comunicação.
Depois, e entra-se no trabalho colectivo de reforço e aprofundamento da base teórica para a luta, a reunião no Porto, de dia inteiro, em que participaram - activamente! - mais de 30 quadros, excedendo as melhores expectativas. Quantitativas e qualitativas.
A metodologia de dois camaradas animarem a reunião, com uma exposição e um comentário a fazer "de ponte" para o debate, pareceu muito útil, embora deva ser melhorada, por via de melhor preparação. E releva-se, também, o ambiente de convívio e(m) camaradagem.
Sempre a aprender. Com a vida. Com a maneira (nossa) de a viver.
2 comentários:
Tanto trabalho, tantas iniciativas. Porém, para a comunicação social parece que não existimos. Um escândalo, esta falta de liberdade de expressão.
Nestas acções muito tens trabalhado e todos nós temos aprendido.
BJS,
GR
Aprender sempre.Contigo aprendo bastante.Obrigada.
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