Ainda em casa amiga, fraterna, demos hoje um passeio por uma França mal conhecida, apesar de tantas vezes atravessada. Fizemos quilómetros pelo Parque Natural de Vercors, vendo paisagens impressionantes, esmagadoras, e fomos levado a um largo espaço onde foi implantado o Memorial da Resistência.
Um museu diferente. Que visitámos com emoção e enorme respeito. Pelos "caminhos da liberdade" ali trilhados contra a besta nazi. Apenas com a reserva de, de tão não-partidário pretender ser, ser inevitavelmente partidário por omissão ou por excesso.
O que não impediu a profunda impressão que trouxemos da visita. Onde não falta, num filme sobre esses caminhos da liberdade, entre testemunho de coragem e heroísmo, uma referência significativa ao 25 de Abrik português, nosso,
Mais falarei destes dias, com certeza, mas reproduzo o extracto do livro de Vercors (pseudónimo de Jean Bruller), A batalha do silêncio, que está na entrada do museu:
"Quando a memória enfraquece, quando ela começa,
como uma frágil falésia roída pelo mar e pelo tempo,
a desfazer-se em grandes pedaços nas profundezas do esquecimento,
é o momento de juntar o que resta, depois será muito tarde,"
3 comentários:
Como é bom visitar os lugares de Resistência!!!!
Não vamos deixar desaparecer os fragmentos da memória . Vamos juntá-los e organizar uma nova Resistência. Nós, em Portugal, também temos os nossos resistentes de ontem e de hoje.Será fácil.
Um beijo.
E como se vê isso por cá!
Je t'embrasse.
É o momento de juntar os pedaços,que outra coisa temos feito?não os deixar perder,exibindo-os,para marcar o caminho.
Um abraço,
mário
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