Em Estrasburgo. Numa rápida visita. Matando saudades (que näo tenho... ou que näo terei...). Num encontro/jantar de ex-deputados. Neste parlamento onde estive. Em tarefa.
Nao é voltar ao passado, embora seja recordar muita coisa vivida. Intensamente.
Quando aqui cheguei, à instituiçäo, há mais de 22 anos, eram 12 os Estados-membros, o nosso grupo tinha 13 deputados, nesta frente de luta reflectiam-se importantes mudanças na relaçäo de forcas a todos os níveis. E näo favoráveis à nossa luta. Algumas com dimensäo de tragédia.
Avançava o mercado interno, com a livre circulaçäo de capitais, e a coesäo económica e social como nossa batalha para atacar as desigualdades sociais e as assimetrias regionais que necessariamente se iriam agravar com esse objectivo do mercado interno.
O Tratado de Maaastrich era uma prova de forca (a falta da cedilha vem a propósito...) na correlacäo de forças em mudança.
Quanto recordo. E é preciso recordar! Nada acontece hoje sem o que antes aconteceu e a hoje nos trouxe.
A luta continua. Em condições sempre diferentes.
Assim também justifico
alguma menor presença neste cantinho.
Nestes dias...estranhos!
4 comentários:
"Nada acontece hoje sem o que antes aconteceu e a hoje nos trouxe."
Sim, companheiro. Tudo tem uma explicação. Provavelmente... até as crónicas do Vasco Pulido Valente... :-) :-)
Abraço.
Por falar em Estrasburgo e na livre circulação de capitais, li o artigo de George Soros no Público (http://www.publico.pt/ProjectSyndicate/George%20Soros/como-a-europa-pode-salvar-a-europa-1552079)e fiquei admirado com a informação dos 700 mil milhões de euros de "liquidez excedentária" depositados pelos bancos no BCE. Afinal há ou não escassez de liquidez para apoio à economia?
Registei também a frase: -"O sistema bancário tem uma necessidade urgente de activos líquidos livres de risco."
Parece evidente que toda esta conversa sobre a banca e a dívida soberana apenas pretende libertar a banca dos tais activos tóxicos e da dívida, que os proveitos já estão no bolso.
É assim?
A quem foi útil a Uniâo Europeia? a alguns que impuseram as suas pretensas vantagens e àqueles que beneficiaram dos dinheiros recebidos. Hoje , a catástrofe é evidente.
Quem sempre fez as projeções corretas?
Um beijo.
"É falso apresentar permanentemente a Alemanha como o pagador da União Europeia: não somos um contribuinte líquido, mas sim um ganhador líquido”, disse Gabriel. Desde a criação da união monetária a Alemanha ganhou 556.000 milhões de euros mais do que aquilo que destinou a ajuda financeira: somos o beneficiário líquido da UE e isto tem de ser dito alto e claramente"
Sigmar Gabriel, presidente do SPD (via Aventar)
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