Tendo feitas as continhas, e estando-se borrifando para a Constituição e valores que enformam a democracia, as cúpulas do PS e do PSD (ou do PSD e do PS) avaliaram as vantagens partidárias de uma reforma nas autarquias em que haveria executivos unicolores e assembleias municipais fiscalizadoras ao jeito das entidades reguladoras, a caminho do reforço da bipolarização à custa da proporcionalidade e da equidade.
No entanto, feitas as mesmas (e outras) contas e cont(h)abilidades, os do CDS-PP viram que iriam ser muito prejudicados com tal reforma, desaparecendo do mapa autárquico com uma ou outra excepção.
Do lado do PS, insiste-se na “reforma” porque teria todas as vantagens e, ainda por cima, coloca o PSD, que com o PS poderia chegar a entendimento ao nível da AR (e já começou...), num complicado dilema. Porque teria de escolher entre o que lhe convém no poder local ou manter um relacionamento privilegiado com quem lhe dá aliança e apoio no poder central, o CDS-PP.
As contradições e consequentes fricções saltam, embora a comunicação social lhes não dê grande relevo. Mas que é interessante é.
Nestes entretantos, Paulo Portas viaja e não se chamusca, sempre a procurar “marcar pontos” e tirar vantagens pessoais ou partidárias.
2 comentários:
E quando podem queimar os dedos já não querem as castanhas.
Um abraço,
mário
As atitudes desses partidos estão sempre condicionadas pelos seus interesses!!!!
Um beijo.
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