Este escolhido descendente
(ou eleito pelos senhores)
é o monarca perfeito,
este eleito por nós
(ou escolhido pelos deuses)
é o perfeito presidente da república;
é
– enquanto for! –
o vértice do povo
- enquanto basbaque e idólatra :
·
mais papista que o papa se adivinha, no povo em que
nasceu, a adoração santa, católica, apostólica e romana;
·
mais islamita que o islão se lhe palpita, entre as
gentes de que se alcandorou a sorte régia ou presidencial, a predominância da
metafísica em versão de alcorão;
·
capaz de evidenciar – com espectacular simplicidade, com humildade
arrogante – o grau zero de intransigência, a escala infinita de tolerância;
·
procurando afecto baixando-se (para beijos e abraços, com
lágrimas e risos)
·
buscando glória nas alturas (em deuses, anjos, alás, profetas…
e o mais que houvera).
Assim será.
O vértice até ao vórtice.
Amém!
2 comentários:
Excelente! Texto rico em antíteses, logo dialéctico, logo cheio de ironia!
Um excelente retrato do "monarca" mas também do seu povo!!
O homem anda eufórico!O homem gosta de salamaleques e de ser idolatrado!Com a ajuda da santa comunicação social ainda o havemos de ver canonizado!Excelente texto sobre o homem!Bjo
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