Lá consegui (...) e ler uma boa ilustração
do que chamam economia, no Expresso curto (joáo Vieira Pereira):
«… No sábado passado o BCP interrompeu o meu
jantar para comunicar que Guo Guangchang queria comprar entre 20% a 30%
do banco. Ontem as ações abriram eufóricas. Mas foi sol de pouco dura. Depois de terem estado
a subir mais de 12% acabaram a sessão na bolsa a perder quase 5,4%. Não é caso
para dizer que é “gato por lebre” mas diria que “aqui
há gato”.
É que a Fosun vai comprar até 30% do BCP a um preço de €0,02 por ação, metade através de uma colocação privada, e a outra não se sabe muito bem a quem. A primeira parte é um ataque gigante ao bolso dos atuais acionistas que se veem privados de participar neste aumento de capital. A segunda é uma incógnita, o que em mercados normalmente rima com preço no vermelho. Para já o BCP diz que a proposta é positiva e que o investidor é credível. Se da segunda há poucas dúvidas, da primeira parte fica a pergunta: positiva para quem?
Do Novo Banco saiu Eduardo Stock da Cunha e entrou António Ramalho. Pelo menos assim devia ter sido, mas não foi. O novo presidente ainda espera o aval do BCE. Talvez hoje.»
É que a Fosun vai comprar até 30% do BCP a um preço de €0,02 por ação, metade através de uma colocação privada, e a outra não se sabe muito bem a quem. A primeira parte é um ataque gigante ao bolso dos atuais acionistas que se veem privados de participar neste aumento de capital. A segunda é uma incógnita, o que em mercados normalmente rima com preço no vermelho. Para já o BCP diz que a proposta é positiva e que o investidor é credível. Se da segunda há poucas dúvidas, da primeira parte fica a pergunta: positiva para quem?
Do Novo Banco saiu Eduardo Stock da Cunha e entrou António Ramalho. Pelo menos assim devia ter sido, mas não foi. O novo presidente ainda espera o aval do BCE. Talvez hoje.»
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1.
… “o sol de pouca dura” fez com que quem tivesse vendido 1120€ de acções na
manhã cedo, as poderia comprar ao fechar da sessão por 994,6€,
ganhando 117,4€, isto é (s.e.o.) , 10,5% em poucas horas (cont(h)abilisticamente!);
2.
Eis uma pergunta… credível (!): “ … Para já o BCP diz que a proposta
é positiva (da concretização
de um negócio!) e que o investidor é credível. Se da segunda há
poucas dúvidas, da primeira parte fica a pergunta: positiva para quem?”…
e para os trabalhadores, cujo despedimento
deve fazer parte do “pacote” da negocia ção?!
3.
No Novo Banco - a parte “saudável” (!!!) do BES, parte pôdre deste
apodrecido mecanismo bancário da formação social capitalista -, vai haver substituições
no topo, numa outra negocia cão, em que –inevitavelmente, haverá rescisões “amigáveis”,
reformas antecipadas e mais trabalhadores borda fora (para onde?)… e para tudo, até para a troca de nomes de presidentes - se
espera a decisão de Frankfurt!
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Até quando?!
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