Confirmou-se, claro.
Ontem, falava aqui da TAP e, entre-parênteses, do Novo-Banco. Deveria ter sido referido a Efacec ou uma outra qualquer "jóia" do espólio de Isabel Santos, e outras coisas.
No programa noticioso da televisão em que procuro "tomar o pulso" à informação que nos estão a dar, lá ouvi o trio destacado da reunião do governo para dar as novas. E começou pela da nacionalização da Efacec, com o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital a confirmar, com ar compungido, a nacionalização mas a acrescentar como que num assomo de desabafo compensatório que estava já em curso a reprivatização. Que ficássemos, todos!, descansados que o Governo só obrigado faz tropelias dessas de nacionalizar, e logo logo trata da reprivatizar como quem pegou em algo quente... mas só no curto trajecto para onde possa ver-se livre antes de se queimar.
Um pouco mais tarde veio o mesmo trio informar a solução do berbicacho TAP, que o PSD e parceiros privatizara e com que, privatizada, o PS se metera em complicadas operações financeiras que implicaram compromissos nossos - de todos nós - e objectivos privados, excluindo o Goerno da faculdade de intervir, com perspectivas que um tal surto epidérmico veio perturbar. E, sobre a TAP, veio a informação complicada e não muito esclarecedora de que o Estado, para manter a nossa bandeira numa frota de aviôes, tendo em vista a diáspora (!?) e o turismo salvador (que agora nos enterrou... como era de prever embora não tão cedo nem desta maneira), passava a ter 75% do capital da dita empresa. E na notícia, se bem a ouvi, não se usou a palavra funesta (ou fúnebre ou lúgrebe) nacionalização, mas não faltou a garantia de que, no mercado, já se procura quem nos - a nós?! - tire de tão incómoda maioria accionista... sem nos retirar a possibilidade de poder mandar um bocadinho na empresa.
Mas o que isto? O PdaR e o Governo da R. e a Assembleia da R. não deveriam (até juraram) lembrar-se da Constituição da R. que, apesar de 7-limpezas-7, ainda mantém uma parte II-Organização económica em que, nos princípios fundamentais, está a coexistência de três sectores (público, privado e cooperativo) e há coisas escritas nos artigos, nomeadamente no 81º, que não podem ser esquecidas, sobretudo pelos que juraram os artigos todos.
2 comentários:
Pelo que acabo de ler,é uma nacionalização para "entreter",enquanto não se reprivatiza,em ambos os casos.A política de direita é "como o algodão":Não engana!Bjo
Um exemplar resumo de imprensa, com a devida e correcta crítica dessa imprensa - este é o importante papel que o teu blogue está a desempenhar!
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