sexta-feira, janeiro 13, 2006

Hoje, 13.01.2006 (sexta-feira)

O que é mais importante no caso Casa Pia e em casos como?

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Haver (!) vítimas

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ou haver (?) erros de processo e procedimentos errados relativamente aos presumíveis culpados fazendo destes vítimas enquanto as reais vítimas se tornam, elas, em presumíveis vítimas?

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Mais… será que as reais vítimas têm – ao menos… – esse direito de vítimas serem e de não passarem a virtuais quando os presumíveis culpados têm poder mediático, o poder do dinheiro e/ou da política?

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Tudo isto me mete nojo.

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Tanto no sentido que Camões lhe deu pela voz de Adamastor, e Saramago recuperou, como no sentido que, na actualidade, correntemente lhe é dado.

3 comentários:

Anónimo disse...

«O que é mais importante no caso Casa Pia!!!»

Neste momento já não se chama, caso Casa Pia, mas sim O POLVO!
Os tentáculos estendem-se, por cidades, vilas e aldeias, de todo este pobre Portugal!
Quando alguém quer fazer algo pelas verdadeiras vítimas, como falar,ler, ou apresentar algo! logo um tentáculo “mudo” nos prende! Não se mostram, não se vêm. Sem nos apercebermos estamos a ser enredados!
Então, temos duas saídas.
Ou nos calamos com medo!Quietos ficamos!
Ou tentamos teimosamente levar a nossa luta avante, sem medo!
Porque a VERDADE NÃO MENTE!

Estamos todos no meio desta teia! Nojenta, perigosa, falsa e poderosa!
Tornamos a ter que escrever, lendo-se o que por detrás das palavras elas querem dizer!
Mas o polvo entenderá, quando acabar de ler!
Eles andam por ai, todos a ler!

«Ontem em surdina, deram-me um recado! Em segredo, com muito medo e todo o cuidado!»

Solidariedade, a TODAS as Vítimas da CASA PIA!

Sérgio Ribeiro disse...

Que leiam!
E que saaibam que há quem escreva a palavra SOLIDARIEDADE. As vezes que for necessário.
E a palavra nojo.

Anónimo disse...

O Francisco (ou Guilherme, ou João...) sofre de incontinência padastroestafermo. Urina nas calças sempre que alguém levanta a voz. Chora enquanto dorme e é espancado várias vezes ao dia na instituição que carinhosamente o acolhe e protege no Porto. Dão-lhe cama e roupa lavada. Nem sei do que é que se queixa! Uns bons açoites, mais trabalho e as coisas entravam nos eixos. Nunca cheguei a perceber o que mais lhe doi, se os gritos e pancada que não compreende ou a indiferença da mãe que quase nunca vê. Repetem-se os dias, e o choro, e o medo, e o vazio que já se entranhou no corpo até aos ossos. A mim o que mais me doi são os seus olhos. Lembram-me um pássaro que nunca chegou a voar. Mas o Francisco tem cama e roupa lavada. Nem sei do que é que se queixa! Uns bos açoites e mais trabalho e as coisas entravam nos eixos.


Quando ouço as notícias acerca do caso Casa Pia sinto nojo como se vomitasse e voltasse a beber tudo de uma assentada.

Também a mim tudo isto me mete nojo.