Em 1958, os recém-licenciados pelo ISCEF, economistas novinhos em folha, foram recebidos por colega que geria (então pouco se falava assim... de gestão e de gestores) a Roça Água Izé. A lembrança é de deslumbramento.O "velho" colega, de que esqueci o nome, mostrou-nos a "maravilha" que era uma roça. Uma organização impecável para acolher e manter os trabalhadores, a grande maioria ditos contratados vindos de Cabo Verde ou Angola, em condições de serem explorados, dois hospitais, instalações industriais, um cais privativo.Depois, ofereceu aos nóveis colegas um almoço na esplanada em frente da sua sumptuosa residência. Sei que desse almoço tinha algumas fotografias, mas não as encontrei... Só encontrei as da criança no passeio e a das lavadeiras!
Agora, em 23 de Dezembro de 2005, foi chocante o que vi e o que comparei com as recordações que a memória me trazia. Dos dois hospitais, um de 1914, outro de 1928, restam ruinas, na esplanada em frente da abandonada e em ruinas casa do administrador cresce a relva e passeiam-se porco. Os adultos, um ou outro desse tempo, andam por ali parecendo nada ter para fazer, as crianças, sempre iguais, sempre lindas, agora "assaltam" os turistas pedindo-lhe "doces", esferográficas, camisolas ou... moedas.
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