S. Tomé e Príncipe era uma colónia. Assim o aprendi na escola, assim os meus olhos com 22 anos a descobriram e me ajudaram a descobrir o que era uma colónia.
Hoje, S. Tomé e Príncipe é um País. É a República Democrática de S. Tomé e Príncipe.
Mas o que os meus olhos a fazerem 70 anos viram, e os meus ouvidos ouviram, não descortinaram grandes diferenças. É que a independência foi só (!) política.
Depois, procurando mais, pensando melhor, uma diferença muito importante encontro.
Aqueles que ontem se queixavam e lutavam e os que hoje se queixam e lutam têm alvos para as queixas e as lutas que são diferentes.
Ontem, o alvo era o patrão, o colono, o colonialismo;
hoje, é quem eles próprios escolhem, numa perversão da democracia, sem verem que o que os seus eleitos, os que aparentemente os governam, estão a fazer é estarem ao serviço dos mesmos de ontem, a prosseguir, nas condições de hoje, a mesma política económica que mantém e agrava a dependência. Agora do País. Sempre dos Povos.
É verdade, e sublinhe-se!, que em condições diferentes. No caminho da História. Que não é uma recta!
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