Tenho a sensação de estar a viver cercado por um cordão sanitário. De silêncio.
Não que seja novidade este silêncio em volta do que participo, ao redor redondo do que faço. Mas acontece que, nestes dias, se concentraram as situações e, talvez, a dimensão delas.
No dia 25 de Setembro, participei numa audição do Partido Comunista, no âmbito da preparação da Conferência Económica.
Muitos convidados, muitos não do Partido.
Lá estive, participei, disse umas coisas que me pareceram adequadas.
Mas, sobretudo, ouvi e terá ouvido quem mais precisava de ouvir – era uma audição… Não no sentido de mais precisar do que eu de ouvir o que foi dito, mas de mais responsabilidades ter.
E todos ouvimos coisas que deveriam ser sabidas pelos que lá estavam e pelos que lá não foram. E que não irão à Conferência.
Um exemplo? Que as ineficiências do Serviço Nacional de Saúde são intencionais, provocadas. Que 66% dos custos resultam de serviços externos. Que são possíveis poupanças imediatas de 600 milhões de euros. Dito e comprovado. E tanto mais!
Da reunião, ficou muito material para ser trabalhado e incluído nos documentos a discutir na Conferência. Assim preparada, com muitas iniciativas e trabalho, regional e sectorialmente.
Destas iniciativas, na comunicação social passam – quando passam – breves trechos do discurso no final dos trabalhos, do secretário-geral, quando este está presente – e muitas vezes está –, se possível uma frase que dê “ponte” para especulações, para falar de tudo menos do que se acabou de se passar e que o secretário-geral comenta e a que dá fecho.
Não que seja novidade este silêncio em volta do que participo, ao redor redondo do que faço. Mas acontece que, nestes dias, se concentraram as situações e, talvez, a dimensão delas.
No dia 25 de Setembro, participei numa audição do Partido Comunista, no âmbito da preparação da Conferência Económica.
Muitos convidados, muitos não do Partido.
Lá estive, participei, disse umas coisas que me pareceram adequadas.
Mas, sobretudo, ouvi e terá ouvido quem mais precisava de ouvir – era uma audição… Não no sentido de mais precisar do que eu de ouvir o que foi dito, mas de mais responsabilidades ter.
E todos ouvimos coisas que deveriam ser sabidas pelos que lá estavam e pelos que lá não foram. E que não irão à Conferência.
Um exemplo? Que as ineficiências do Serviço Nacional de Saúde são intencionais, provocadas. Que 66% dos custos resultam de serviços externos. Que são possíveis poupanças imediatas de 600 milhões de euros. Dito e comprovado. E tanto mais!
Da reunião, ficou muito material para ser trabalhado e incluído nos documentos a discutir na Conferência. Assim preparada, com muitas iniciativas e trabalho, regional e sectorialmente.
Destas iniciativas, na comunicação social passam – quando passam – breves trechos do discurso no final dos trabalhos, do secretário-geral, quando este está presente – e muitas vezes está –, se possível uma frase que dê “ponte” para especulações, para falar de tudo menos do que se acabou de se passar e que o secretário-geral comenta e a que dá fecho.
Logo, não aconteceu…
No dia 28 e 29 estive num Encontro Europeu em Defesa da Paz, num hotel de Lisboa.
Organizado pelo Conselho Português para a Paz e a Cooperação, pelo Conselho Mundial da Paz, pelo Grupo da Esquerda Unida Europeia/Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu.
Participantes de muitas nacionalidades, deputados, ex-generais, cientistas, sindicalistas, militantes da Paz.
Intervenções muito diversificadas, de grande valia, quer informativa quer de intenção pacifista e solidária, comunicações e colaboração de “ex-soldados (generais) para a Paz”, do grupo “mayors for peace”, que foi iniciado pelos presidentes das municipalidades de Hiroshima e de Nagasaki, e já chegou a 128 países. E muito mais.
Mas a comunicação social não ligou ao evento, não esteve, não viu, não ouviu, não comunicou, fez como se não tivesse acontecido.
No dia 28 e 29 estive num Encontro Europeu em Defesa da Paz, num hotel de Lisboa.
Organizado pelo Conselho Português para a Paz e a Cooperação, pelo Conselho Mundial da Paz, pelo Grupo da Esquerda Unida Europeia/Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu.
Participantes de muitas nacionalidades, deputados, ex-generais, cientistas, sindicalistas, militantes da Paz.
Intervenções muito diversificadas, de grande valia, quer informativa quer de intenção pacifista e solidária, comunicações e colaboração de “ex-soldados (generais) para a Paz”, do grupo “mayors for peace”, que foi iniciado pelos presidentes das municipalidades de Hiroshima e de Nagasaki, e já chegou a 128 países. E muito mais.
Mas a comunicação social não ligou ao evento, não esteve, não viu, não ouviu, não comunicou, fez como se não tivesse acontecido.
Logo, não aconteceu…
A 5, 6 e 7 de Outubro, promovido pelo jornal da net odiário e a revista Vértice, reuniu-se em Serpa, Vale de Vargo e Vila Nova de São Bento, gente que pensa e põe a debate o que pensa, no 2º Encontro Civilização ou Barbárie (o 1º foi em 2004 e há publicações).
Foi um encontro em que estiveram pessoas com nomes que são conhecidos universalmente. Cito apenas um, o franco-egípcio Samir Amin, autor de livros de referência, por exemplo sobre desenvolvimento desigual, desde a década de 60 – economista que, aliás, nunca teve a minha concordância e, agora, não tem a minha simpatia, valham elas o que valerem –, e muitos outros poderia citar, vindos da Hungria, da Argentina, do México, da Venezuela, do Brasil, de Cuba, dos Estados Unidos.
Três dias de intenso e rico debate.
A comunicação social? Ignorou!
A 5, 6 e 7 de Outubro, promovido pelo jornal da net odiário e a revista Vértice, reuniu-se em Serpa, Vale de Vargo e Vila Nova de São Bento, gente que pensa e põe a debate o que pensa, no 2º Encontro Civilização ou Barbárie (o 1º foi em 2004 e há publicações).
Foi um encontro em que estiveram pessoas com nomes que são conhecidos universalmente. Cito apenas um, o franco-egípcio Samir Amin, autor de livros de referência, por exemplo sobre desenvolvimento desigual, desde a década de 60 – economista que, aliás, nunca teve a minha concordância e, agora, não tem a minha simpatia, valham elas o que valerem –, e muitos outros poderia citar, vindos da Hungria, da Argentina, do México, da Venezuela, do Brasil, de Cuba, dos Estados Unidos.
Três dias de intenso e rico debate.
A comunicação social? Ignorou!
Logo, não aconteceu…
Mas, (des)enganem-se, tudo isto aconteceu nestes dias que vivemos, e foi muito importante.
Mas, (des)enganem-se, tudo isto aconteceu nestes dias que vivemos, e foi muito importante.
2 comentários:
Por estas e por outras é que às vezes me apetece emigrar...
Este país, continuando a ser o meu país, é cada vez menos o meu país. Este governo, sendo o meu governo, não é o meu governo (até porque nem nele votei...). E esta comunicação social, que teima em dizer que a oposição (leia-se psd) (porque para eles é a única existente) está fragilizada, também não é a minha comunicação social, porque não diz a Verdade a que Temos Direito!
Vamos tendo liberdade de expressão nos blogues. Por enquanto, por enquanto.... (até porque já há aí gentinha a dizer que os blogueiros são os novos terroristas..)
Um abraço de domingo
Encontro Europeu em Defesa da Paz
Encontro Civilização ou Barbárie
Exposição do Acervo do Obras de Arte do Sector Intelectual de Lisboa do PCP
Três exemplos que não passaram nas televisões ou órgãos de comunicação social do nosso pobre país.
A análise da Maria é bastante interessante. Num outro blog questiono, se não será melhor emigrar? Dói cá dentro vermos o fascismo entrando novamente, utilizando o mesmo discurso, “a culpa é dos comunistas!”. A extrema-direita avança descaradamente. Fazem ameaças a juízes, vão para as escolas (no sul), oferecendo camisolas com a cara do Hitler, às crianças e jovens, distribuem propaganda nazi!
Emporcalham paredes e Centros de Trabalho do PCP, com cruzes suásticas.
Em Viana do Castelo, só não fizeram a manifestação nazi devido ao mau tempo!
Ninguém os contesta. A polícia nada diz. O governo permite, como sempre autorizou Jorge Sampaio!
Vivemos tempos difíceis!
GR
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