sexta-feira, janeiro 18, 2008

18 de Janeiro de 1934

Em 1933, com a entrada em vigor do Estatuto do Trabalho Nacional, "copiado" da fascista Carta del Lavoro de Mussolini, criaram-se os "sindicatos" corporativos e ilegalizaram-se os sindicatos livres.
Os trabalhadores, a classe operária, responderam com a luta, e as organizações sindicais ilegalizadas convocaram para o dia 18 de Janeiro de 1934 greves e manifestações, com características insurreccionais.
Realizaram-se importantes acções em todo o País mas foi na Marinha Grande que a greve, tendo à frente militantes comunistas, como José Gregório e António Guerra, atingiu grandes proporções, com a adesão maciça da população, tendo ficado conhecida como a "Comuna da Marinha Grande".
A Marinha Grande esteve ocupada muitas horas pelos trabalhadores e a população, até à intervenção brutal das forças repressivas, sobretudo idas de Leiria e de Lisboa, que espancaram e prenderam dezenas de trabalhadores e um dirigente sindical, Manuel Vieira Tomé, foi morto pela polícia política.
Apesar de esmagada a revolta, esta efeméride assinala um momento muito relevante da luta antifascista e do sindicalismo de classe em Portugal.
Também esta data representa a afirmação definitiva do Partido Comunista Português, já na clandestinidade, como o partido da classe operária e o grande dinamizador da resistência antifascista.

6 comentários:

Justine disse...

Informação oportuna...

Anónimo disse...

E amanhã há uma sessão evocativa desta data na Marinha Grande, às 15.00 Horas no Centro de Trabalho do PCP.
J.F.

miguel disse...

também a data em que os anarquistas mostraram bem a sua faceta contra-revolucionária. via o 18 de janeiro!

Anónimo disse...

O Zé Bonita e a Deolinda estiveram cá toda a semana com a nova netinha... Mas o chamamento de classe levou-os para mais um 18 de Janeiro... Pena não podermos ter ido todos, ainda bem que eles foram.
Para eles é o dia do vidreiro. É dia deles, dos pais deles, dos amigos deles...
Tenho muito orgulho em ser genro dum vidreiro... e da Marinha Grande, daqueles que sopravam a cana!
Ricardo

Sérgio Ribeiro disse...

Sinto-me tão bem por terem partilhado comigo... o que é nosso!
Em particular, porque é devido, um abraço especial para o genro e um beijo muito especial para mãe e filha (que, como é costume dizer, se encontram bem!). Ah!, e toda a atenção ao rapaz!

Unknown disse...

Para que a memória seja mantida viva é bom encontrar quem na internet se lembre do 18 de janeiro de 1934.
Um abraço para todos .
Viva o 18 de Janeiro de 1934