terça-feira, abril 15, 2008

Crescimento em baixa, divergência em alta

Depois do "incidente" com o relatório do FMI que se atreveu a pôr alguma água na fervura da euforia autista deste governo, esperava-se com alguma curiosidade como é que o Banco de Portugal e o seu inefável governador iriam descalçar a bota.
Pois aí está:
Reconhece-se que o crescimento em 2007 não foi tão elevado (?!) como previsto... mas sublinha-se, apressadamente, que teria sido o mais alto dos últimos seis anos. Aleluia!
O PIB terá crescido 1,9%! Vejam só do que "eles" foram capazes os rapaces rapazes...
Entretanto, não foi possível deixar de se dizer que, apesar disso, não obstante, contudo, este crescimento ainda, por enquanto, até ver, foi inferior ao crescimento médio da Europa, quer dizer dos países da União Europeia. Logo, continuou a aumentar a divergência, que é o contrário da convergência (isto digo eu...), que seria a aproximação, pequenina que fosse, dos "níveis europeus". Embora haja quem esteja entre "os mais ricos da Europa" para compensar continuar a maioria mais que absoluta entre "os mais pobres da Europa", e cada vez mais.
Mas conseguiu-se, ah!, isso conseguiu-se, nada dizer sobre as previsões para este ano e para o próximo. Isso é que havia que evitar a todo o custo, para que não se desse razão aos tais do FMI. Para não desinquietar os espíritos, claro.
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Não há dúvida, vive-se um tempo de manipulação e de mentira! E sabem porquê? Porque não pode deixar de haver informação. Onde, antes, havia proibição e censura, hoje há manipulação, omissão e mentira.
Contra isto, uma única atitude: informar, informar, informar sempre. Informar-SE.

3 comentários:

GR disse...

Tens toda a razão!
Mas nesta ”outra censura” a manipulação, omissão e muita mentira, informo-me semanalmente não jornal Avante!

GR

Anónimo disse...

Ai vitinho, Vitinho! ao que chegaste!... Apesar da censura e da manipulação há sempre alguém que se informa.

Sérgio Ribeiro disse...

GR, é isso... mas temos de ajudar o avante! Isto sem presunções.
Antuã, pois é, mas o tal vitinho chegou aqui sem vir de muito longe. Andou sempre por "aqui" perto. Até foi secretário-geral do PS!