Nas vésperas do 25 de Abril, o PS e o PSD, também com os votos dos deputados do PP, ratificaram o chamado Tratado de Lisboa.
Assim, estes partidos teriam feito o que seria a sua obrigação, não perante o povo português mas lá sabem eles (e nós) perante quem. Como um único partido, embora com algumas declarações de voto de um certo distanciamento, que ficam sempre bem para se poder dizer que existe uma consciência crítica.
Particularmente o PS não cumpriu o compromisso que tomara, na campanha para as legislativas de onde saiu esta composição da Assembleia da República, e o governo, de fazer um referendo como via de concretizar essa necessária ratificação para que tal tratado possa ser válido.
E para tanto se fez, até, uma alteração constitucional que possibilitaria esse mesmo referendo.
Assim, estes partidos teriam feito o que seria a sua obrigação, não perante o povo português mas lá sabem eles (e nós) perante quem. Como um único partido, embora com algumas declarações de voto de um certo distanciamento, que ficam sempre bem para se poder dizer que existe uma consciência crítica.
Particularmente o PS não cumpriu o compromisso que tomara, na campanha para as legislativas de onde saiu esta composição da Assembleia da República, e o governo, de fazer um referendo como via de concretizar essa necessária ratificação para que tal tratado possa ser válido.
E para tanto se fez, até, uma alteração constitucional que possibilitaria esse mesmo referendo.
Ficou como mera promessa eleitoral!
Porque, com o receio de que voltasse a acontecer o que se deu com a dita (mal) “Constituição”, em que os referendos holandês e francês rejeitaram o documento agora sujeito a uma pequena cirurgia plástica, julgou-se conveniente prevenir em vez de ter de novo de vir remediar (como também já acontecera aquando de Maastrich), e foi decidido, lá entre os "maiorais", que em nenhum Estado-membro houvesse referendo.
Só que na Irlanda a lei fundamental deste Estado-membro vai mais longe do que foi a Constituição da República Portuguesa e não só possibilita como exige um referendo para este caso de tratado internacional, pois – veja-se lá… – parece que, por respeitar à soberania nacional, tem de ser ratificado por referendo.
Talvez por isso pouco se fala da Irlanda. E faz-se um pouco como a avestruz que mete a cabeça na areia.
Digo isto porque acabo de ler, assim a escapar entre as folhas, que na última sondagem realizada na Irlanda apenas 28% dos irlandeses disseram ir votar “sim” ao Tratado e 60% dizem-se indecisos.
Adivinha-se o alvoroço que vai nas hostes para convencer os indecisos, contraditado pela surdina que convém colocar na situação. É um verdadeiro susto!
Voltarei ao tema Irlanda e União Europeia.
Porque, com o receio de que voltasse a acontecer o que se deu com a dita (mal) “Constituição”, em que os referendos holandês e francês rejeitaram o documento agora sujeito a uma pequena cirurgia plástica, julgou-se conveniente prevenir em vez de ter de novo de vir remediar (como também já acontecera aquando de Maastrich), e foi decidido, lá entre os "maiorais", que em nenhum Estado-membro houvesse referendo.
Só que na Irlanda a lei fundamental deste Estado-membro vai mais longe do que foi a Constituição da República Portuguesa e não só possibilita como exige um referendo para este caso de tratado internacional, pois – veja-se lá… – parece que, por respeitar à soberania nacional, tem de ser ratificado por referendo.
Talvez por isso pouco se fala da Irlanda. E faz-se um pouco como a avestruz que mete a cabeça na areia.
Digo isto porque acabo de ler, assim a escapar entre as folhas, que na última sondagem realizada na Irlanda apenas 28% dos irlandeses disseram ir votar “sim” ao Tratado e 60% dizem-se indecisos.
Adivinha-se o alvoroço que vai nas hostes para convencer os indecisos, contraditado pela surdina que convém colocar na situação. É um verdadeiro susto!
Voltarei ao tema Irlanda e União Europeia.
6 comentários:
Ora aí está porque não falam da Irlanda....
Ora aí está a pressa da aprovação do tratado do porreiro pá na semana passada...
Por isso o governo britânico, a união europeia e etc, têm reunido com o governo irlandês com o objectivo de «criar as condições necessárias para o "sim" ganhar»... isto porque não puderam evitar o referendo...
Aí está a nossa querida Europa, enredada nas teias do neo-liberalismo.
O problema é quando os povos reclamam o poder que tem...
bjs
Isto é uma coisa que deve dar cabo dos nervos...
Durão Barroso deve estar em franja. Pior do que isto só mesmo o serviço cívico, essa velha e famosa "medida anti-democrática e anti-operária que colocava estudantes contra trabalhadores e trabalhadores contra estudantes".
Que stress!!!
A diferença é que os Irlandeses têm opinião sobre o assunto, enquanto a maioria dos portugueses desconhecem o Tratado.
Madilto governo!
Temos o governo mais reaccionário da Europa!
GR
Queridos camaradas, a Irlanda (não existe)a França e a Holanda, já foram reconvertidas, e os restantes, prestam vassalagem ao reino de Portugal, pelos seus ideais fascizantes!
Manangão
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