Li , algures por aqui perto, "usufruo da minha liberdade que sei inimiga da igualdade".
Arrepiei-me, até porque reconheço alguma boa fé na afirmação, não por ela em si, mas por outras coisas que a acompanhavam. E tomei a frase como um desafio:
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"Por liberdade entende-se, no interior das actuais relações de produção burguesas, o comércio livre, a compra e venda livre.
(...)
Censurais-nos, portanto, por querermos suprimir uma propriedade que pressupõe como condição necessária que a imensa maioria da sociedade não possua propriedade.
(...)
O comunismo não tira a ninguém o poder de se apropriar de produtos sociais; tira apenas o poder de, por esta apropriação, subjugar a si trabalho alheio.
(...)
(...) transformais as vossas relações de produção e de propriedade de relações históricas transitórias no curso da produção em leis eternas da Natureza e da razão (...)"
(Manifesto do Partido Comunista, K.Marx/F.Engels, 1848, edições avante!, 4ª edição, 1997, págs. 52-3 )
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Há 160 anos!
Para mim, são pérolas.
E corri o risco de transcrever estas, porque é um risco pegar num texto como este e dele retirar pequenos trechos, como o é reproduzir, de um quadro, o que foram apenas algumas pinceladas, ou de transmitir, de uma sinfonia, parte de um andamento.
4 comentários:
AH!grande Marx e grande Engels. Ainda por cima, escreveram um Manifesto que é uma obra-prima da literatura.
Campaniça
Tão simples era seguir esta teoria.
Como o mundo seria diferente!
Viva Karl Marx e Engels!
GR
O que vale é que a Terra move-se. A história ainda não chegou ao fim apesar de ensaios encomendados.
Campaniça. Sejas bem aparecida. Como gosto de te ver por aqui!
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