terça-feira, abril 15, 2008

Liberdade e igualdade

Li , algures por aqui perto, "usufruo da minha liberdade que sei inimiga da igualdade".

Arrepiei-me, até porque reconheço alguma boa fé na afirmação, não por ela em si, mas por outras coisas que a acompanhavam. E tomei a frase como um desafio:

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"Por liberdade entende-se, no interior das actuais relações de produção burguesas, o comércio livre, a compra e venda livre.

(...)

Censurais-nos, portanto, por querermos suprimir uma propriedade que pressupõe como condição necessária que a imensa maioria da sociedade não possua propriedade.

(...)

O comunismo não tira a ninguém o poder de se apropriar de produtos sociais; tira apenas o poder de, por esta apropriação, subjugar a si trabalho alheio.

(...)

(...) transformais as vossas relações de produção e de propriedade de relações históricas transitórias no curso da produção em leis eternas da Natureza e da razão (...)"

(Manifesto do Partido Comunista, K.Marx/F.Engels, 1848, edições avante!, 4ª edição, 1997, págs. 52-3 )

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Há 160 anos!

Para mim, são pérolas.

E corri o risco de transcrever estas, porque é um risco pegar num texto como este e dele retirar pequenos trechos, como o é reproduzir, de um quadro, o que foram apenas algumas pinceladas, ou de transmitir, de uma sinfonia, parte de um andamento.

4 comentários:

Anónimo disse...

AH!grande Marx e grande Engels. Ainda por cima, escreveram um Manifesto que é uma obra-prima da literatura.

Campaniça

GR disse...

Tão simples era seguir esta teoria.
Como o mundo seria diferente!

Viva Karl Marx e Engels!

GR

Anónimo disse...

O que vale é que a Terra move-se. A história ainda não chegou ao fim apesar de ensaios encomendados.

Sérgio Ribeiro disse...

Campaniça. Sejas bem aparecida. Como gosto de te ver por aqui!