domingo, maio 31, 2009
Surpreendidos? Talvez...
segunda-feira, maio 25, 2009
Sondagem anónimotest xxi
A marcha continua...
Por mais que fechem os olhos e tapem os ouvidos. Por mais que a atirem para os cantos inferiores direito de páginas pares e se vangloriem de cumprir a sua missão informativa. Por mais que façam da informação a ridícula mascarada ao serviço dos "patrões",
a marcha continua!
Eles fazem de cegos, de surdos e de mudos, eles enterram a cabeça na areia, porque estão com medo. E, com medo, a besta é perigosa.
domingo, maio 24, 2009
Com dedicatória...
sábado, maio 23, 2009
terça-feira, maio 19, 2009
domingo, maio 17, 2009
Cabo Verde - Maio de 2009 - 4
sábado, maio 16, 2009
Reflexões lentas sobre política(s)... 7
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A inflexão, contra o que se diria, em terminologia tida por ultrapassada, a inflação – apesar do desemprego… –, reflecte-se de imediato na subida das taxas de juro, e na sua inflexibilidade, o que veio elevar muito os “custos” do crédito sem que verifique a sua diminuição, antes continue crescendo para substituir os necessários (face às novas necessidades) e irrealizados acréscimos salariais, agravando, paulatinamente, o endividamento, concorrendo para a sua dinâmica de imparável crescimento nas actuais condições objectivas e subjectivas.
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O prolongamento no tempo dos critérios de convergência nominativa para a instauração da moeda única, e o seu alastramento para além da “zona euro”, traduziram-se na imposição de um Pacto de Estabilidade e Crescimento, em que a vertente do crescimento é, apenas, uma palavra oca de sentido porque apenas conta, para o BCE, seu promotor e vigilante tutor ou tutelador, a estabilidade, com taxas de juros altas, e assim mantidas, ainda que claramente agravadoras do endividamento e inibidoras do crescimento económico.
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E chega-se a uma situação muito delicada no funcionamento do sistema em que o fosso entre as “finanças” e a “economia” se alarga desmesuradamente, por crescimento das finanças e por travão à economia, ao mesmo tempo que deixa de se ter em atenção o critério nominativo da dívida pública por monopólio do critério do défice orçamental.
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O que tem uma explicação ideológica para quem vê, na desideologização, a face de uma ideologia, ou a máscara da ideologia a que se dá o nome de “economia de mercado”; agora, neste “tempo de crise”, as correntes sociais-democratas culpam outros como responsáveis pela “crise”, por terem sido essoutros – que não eles... – os fautores do neo-liberalismo de que são tão ou mais responsáveis, como se pode comprovar pelas presenças nos órgãos de poder quando as decisões mais neo-liberais (e gravosas socialmente) foram tomadas.
sexta-feira, maio 15, 2009
Assim se ideologiza a luta de classes:
1. "Há alturas em que até o PCP tem mais bom senso do que (...)";
2. "(...) e o PCP, que apesar de tudo ainda não perdeu o contacto com as realidades (...)"
Aquele até o e aquele apesar de tudo são... o que são!
quinta-feira, maio 14, 2009
Álvaro Brasileiro - um amigo, um camarada
Reflexões lentas - 6
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Como foi também uma outra, nova e dita “revolução industrial” – informática, televisão, telefone, as “auto-estradas da comunicação” –, que outras coisas não são que saltos no desenvolvimento incessante das forças produtivas, como os livros (e a vida) nos ensinam, a partir dos originais ou nas traduções do alemão e do russo.
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E, como está tudo ligado, com as forças produtivas a darem saltos e a abrirem necessidades novas aos humanos mortais, que se sentem com direito a satisfazê-las – até porque delas informados –, eis as contradições a virem à tona e a explodirem, com expansão (e socialização) de capacidades e de direitos, por um lado, e restrição (e privatização) no modo de usar umas e de concretizar outros, por outro lado.
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Ora, no processo de financeirização crescente, avassalador, com os grupos financeiro-banqueiro-especulativos a dominarem a economia (real), logo as contradições se resolvem, não com o aumento de meios-salários (que seria a “saída” real ou síntese), mas com o aliciamento para crédito a aliciantes taxas de juro.
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Mais: o aparecimento de variados “produtos” novos, imateriais, vindos da esfera financeiro-bancária vem tornar toda esta dinâmica mais clara, até pela criação de novas e artificiais necessidades, resultantes da publicidade, a juntar às necessidades que reais são por resultarem da evolução da economia real.
Cabo Verde - Maio de 2009 - 3
As viagens ensinam. Nelas, quando há guias, são estes que teriam a obrigação profissional de ensinar. Acontece é que, por vezes, alguns desaprenderam. Digo isto sem qualquer animosidade pessoal relativamente ao “provocador” desta croniqueta. O rapaz que nos acompanhou na ida ao Tarrafal nem seria profissional, o autocarro não tinha amplificação de som, ele percorria o corredor esforçando-se. "Ali é a casa onde Amílcar Cabral viveu com os pais". Era perto da Assomada, em Santa Catarina. E disse-o com respeito. Só. E as máquinas dispararam guardando o lugar e a memória: E por aí se ficariam as suas informações políticas. Explícitas. Porque no meio das falas, entrecortadas, às tantas vieram as palavras ditadura e democracia e referiu-se ao “novo PAICV”.
Faço o "resumo da História" misturando o dito e as palavras-“etiquetas” com dados objectivos:
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O que impressiona – e assusta… – é esta “globalização” em que a democracia é de “modelo único”: crescentemente representativa, até à exclusão de formas históricas, “naturais” e participativas.
Os passadores de atestados de democraticidade (e de "outras coisas" e negócios) vão veiculando as suas versões da História, até por via de "guias" a que nem houve o cuidado de alertar para quem estavam a falar, injectados (e infectados) pelas versões únicas, consensuais, indiscutíveis.
Cabo Verde faz o seu caminho. Nada fácil. Algum o é?
quarta-feira, maio 13, 2009
Os fios da meada
Foi reacção em conversa caseira, com a minha “opinião pública”, e sublinhe-se que não fiz do caso motivo de outras conversas. Que o tempo corresse... e nada me apelava a comentar os eventos noutras paragens que não as domésticas.
Como isso foi há meses, agora que tanto me convida a trazer o tema a este espaço, dir-me-ão que – mais uma vez!? – me enganei. E eu direi que não, que – desta vez!? – não.
Como sempre faço, e não é por defesa própria ou "caldos de galinha", fujo a dizer prazos. A dimensão tempo é elástica. Quem já viveu décadas tem uma medida, umas escalas, que são incompreensíveis para quem, de adulto, está na infância ou adolescência.
Acabo de "ouver" o debate na AR com o primeiro-ministro, e venho aqui dizer que não há primeiro-ministro e governo que resista ao “caso Freeport” e seus desenvolvimentos. E não só ele. Também o ministro da justiça, e os outros que em ministros estão.
Podem ripostar-me com sondagens ou, até, num futuro próximo, com resultados eleitorais. Está bem… fico na minha! Não têm safa nenhuma. Já só estrebucham. Por quanto tempo? Sei lá. Sei que já estão na História. E não é pelo Tratado de Lisboa, nem pelo jogging.
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[1] - ou lobrigar ou outro verbo qualquer…
[2] - não sei se os verbos adequados serão bloquear e desbloquear mas também não importa muito e o facto é que estou reticente quanto a verbos…
[3] - não é só com os verbos que estou reticente… faltam-me as palavras indiscutivelmente certas.
Reflexões lentas - 5
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Na passagem à UEM, o passo da definição das condições das transferências das competências nacionais para órgão federal (BCE) reveste a maior importância na adopção de câmbios que se tornavam definitivos para os Estados-membros da “zona euro”.
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E aqui se encontra um dos mais significativos “passos em falso” de quem, tendo o dever constitucional de defender interesses portugueses, as especificidades deste Estado-nação, aceitou sem titubear a excessiva valorização do euro e, neste, do escudo, na falácia de uma moeda forte, prejudicando seriamente actividades ligadas à exportação, promovendo a importação na senda da destruição da actividade produtiva, mormente o aproveitamento de recursos naturais em que o mar é (ou deveria ter sido) determinante, prejudicando o turismo e beneficiando os nacionais com possibilidades de serem turistas. E etc.
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Tudo em prol da financeirização da economia, em detrimento/esquecimento da economia real, sempre contra o trabalho produtivo, e os trabalhadores e os seus direitos específicos e constitucionais.
segunda-feira, maio 11, 2009
Reflexões lentas - 4
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Essa mediatização faz da política espectáculo e serve o espectáculo da política; antes de mais, esconde a natureza de classe das políticas, enuncia/anunciando objectivos sociais, a bem dos cidadãos (ou seja, dos povos), quando, instrumentais, têm o objectivo real de servir a classe dominante nas condições ajustadas à/pela relação de forças (de classe).
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Nesta caminhada “europeia” de passos e saltos, o passo da UEM, com o €uro e o Banco Central Europeu, não foi bem o salto pretendido… mas foi o salto possível, porque a ratificação do Tratado de Maastrich foi difícil, porque a relação de forças, ainda que com outras capas e máscaras com que a expressão ideológico-desideologizante da luta de classes tudo pretende baralhar, a isso obrigou.
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A Dinamarca (os dinamarqueses) votou não a Maastrich, tiveram de usar artes e manhas para transformar esse não em sim, e ela e o Reino Unido inauguraram o estatuto especial do “opting out”; a Suécia (os suecos) decidiu ficou de fora da moeda única, até com o argumento bem criativo e acutilante de não quererem que o Banco Central da Suécia se tornasse num mero balcão do BCE...
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Mas o rolo compressor da liberalização federalizante, conduzido pelas transnacionais financeiras, não podia parar e a instauração da UEM, ou seja, a criação da moeda única e do BCE, era indispensável para que continuasse o seu caminho, preparando o salto para a União Política.
sábado, maio 09, 2009
À volta das palavras
A primeira será ódio. Não sei se a incluia o guião encenado para o “palco do Martim Moniz”, local a que se atraiu a comunicação social, mas o modo como correu o ensaio geral logo a fez saltar. E, depois, num talvez mimetismo curioso, foi usada a palavra a várias vozes. Dela não me afasto – já… – mas, se ódio vislumbro, ele está nos que usam a palavra. Para agredir. Não este ou aquele putativo agressor, se agressores houve, mas um colectivo, um partido. De classe. Será, assim, talvez sem o saberem, um ódio de classe. Contra quem se atreve – ainda! – a ser da/defender a classe operária e os trabalhadores.
A segunda palavra é traidor. Ela serviu de irrefutável prova da origem (de classe) dos agressores. Estes seriam os que se sentiriam traídos por aquele que agrediam (se tivesse havido agressão). Mas, de duas uma, ou lamentavelmente perderam as estribeiras os já julgados e condenados, e com pena de expulsão!, por identificação e provas ínsitas na palavra usada – como alguém com enormes responsabilidades éticas o fez irresponsavelmente, e outros logo aproveitaram –, ou foi mesmo uma provocação bem encenada com o móbil (todo o crime o tem) de um protagonismo que estava a fazer falta ou estava do avesso.
A terceira palavra é hipocrisia. Não encontro outra para qualificar um artigo (de opinião) que traz o título traição e que se escreve sobre o “episódio”, sabendo o autor, de certeza certa, que quem usou a palavra foi um seu confesso e confessado colega de partido (ou lá o que é), e não alguém daqueloutro partido (que o é há 88 anos) sobre o qual, hipocritamente, o autor constrói filosofia barata com intuitos de deixar conotações explícitas ou implícitas a partir das palavras, esticando a “corda da novela”... que começa por dizer estar demasiado esticada... E fá-lo desde o título ou, até, para quem só ler o título.
Já agora, para desanuviar (?) e para terminar, respondo(-me) a um para quê com a citação de um porquê em que persisto:
"Enquanto conversávamos, pensei no longo e persistente trabalho do Sérgio, paciente como um beneditino, essa incansável maneira que ele tem de regressar às questões que o preocupam, com a ideia obsessiva de que é preciso deixar tudo claro e de que se para isso tiverem faltado algumas palavras, essas não serão as suas.” (José Saramago, Cadernos de Lanzarote, Diário-I, 1994)
Os centrões
Cabo Verde - Maio de 2009 - 2
Está a realizar-se, de 5 a 9 de Maio, a reunião da “troika ministerial desta parceria.
Importa lembrar que, no período colonial, o arquipélago de Cabo Verde era o “arquipélago da fome”, que o paludismo era endémico, que o aparelho administrativo colonial português aproveitara e fomentara a “qualidade dos recursos humanos”, tendo-se criado um lastro cultural absolutamente notável. E, aparentemente, contraditório.
Depois, em 1974-75, Cabo Verde seria um País que não era viável. Das ex-colónias que acediam à independência conquistada com a luta, era aquele em que menos se acreditava. Pobre, paupérrimo. Sem riquezas naturais.
E as gentes não contam para a riqueza das nações?
Cabo Verde provou, nestas três décadas, que contam e muito. Os que formam a sua diáspora, ancorada como poucas à Pátria, e os que ficaram, lutando todos por um País de todos. Mais que viável, credível; exemplar sem ser exemplo, modo sem ser moda.
Não faço juízos de valor – não que não os tenha – sobre alguns aspectos deste processo, sobre o modo exemplar – não moda, nem exemplo, repito – como Cabo Verde se moveu no xadrez internacional, e nas suas contingências, mas sublinho que não só é um País que, a partir dos indicadores aplicáveis, descolou dos países mais atrasados do mundo e do endémico subdesenvolvimento.
A diferença entre a República de Cabo Verde em que trabalhei há quase 30 anos e esta que agora visitei provoca a estranha coexistência de um sentimento de nostalgia, de reconhecimento da sua identidade como Estado livre e independente, e de admiração por um Povo que (aqui e lá fora) faz crescer um País em que quase ninguém acreditava.
E, note-se, tenho lá ido de vez em quando, e a última vez apenas há 5 anos.
sexta-feira, maio 08, 2009
Cabo Verde - Maio 2009 - 1
A ida com a URAP ao Tarrafal, e a passagem pela República de Cabo Verde (Santiago, S. Vicente, Sal), foi uma mistura de recuar uns anos, da nossa luta e meus, actualizar-me vertiginosamente sobre a situação do País, vislumbrar perspectivas.
E se tanto me baseei no trabalho em Cabo Verde para a tese de doutoramento, este País continua a ser, e não só para mim, um caso muito especial. Daria, hoje, para outra tese de doutoramento… E para algumas estará a dar. Inevitavelmente.
Vou deixar só duas ou três notas a partir de dois factos.
1. A visita ao Tarrafal, ao cemitério e ao campo
Foi o motivo central da visita. E confrontei, de novo, quer o enorme significado daquele lugar, quer a muito peculiar forma como os caboverdeanos continuam o legado de Amílcar Cabral, por vezes parecendo contrariar irremediavelmente o seu relevante contributo ideológico por via de um pragmatismo que é o oposto da prática social que escora o seu pensamento.
O campo de concentração do Tarrafal é um símbolo, e ter sido o lugar onde se realizou um simpósio internacional da Fundação Amílcar Cabral com a finalidade de contribuir para que o campo de concentração venha a ser património da Humanidade, tem o maior significado.
Embora à margem do seminário e um pouco atribulada – por motivo de horários de viagem e percursos –, a presença da URAP no cemitério e a declaração lida na sessão de encerramento do seminário, foi um aspecto que se releva numa iniciativa em que havia, da parte de alguns participantes, a costumada intenção de ter uma memória excessivamente selectiva.
Não será por idiossincrasia que muito me desagrada que a consulta ao “aparelho de busca” da net para saber informações sobre a Fundação Amílcar Cabral caia, sistematicamente, na Fundação Mário Soares-Dossier Amílcar Cabral…
E Mário Soares estava lá. Talvez sem as honrarias a que se julga com direito. Pelo menos da nossa parte, nem uma...
Tornando informação acessível
Não é nada agradável ver a minha cara nas páginas da blogosfera acompanhada do epíteto mediocridade e ler chamarem ovelha a quem procurou, primeiro serenamente, depois em crescendo de irritação, rebater o que teria levado um cavalheiro a assim me/nos tratar.
E, se resolvera não voltar ao assunto e desconhecer o fulano e suas elucubrações e insultos, ao desconhecimento junto desprezo… mas… mas o incidente, prolongado até à náusea, levou-me a fazer contas, com base na única fonte e na única abordagem possíveis.
Embora quando se atira barro (ou matéria semelhante) à parede algo lá possa ficar agarrado, não o faço para “me limpar”. Faço-o para tornar acessível informação, com rigor e sem intenção de auto-avaliação. Com toda a objectividade, deixo, neste quadro, os dados desta legislatura até 11 de Janeiro de 2005, data em que saí do Parlamento Europeu, relativos aos deputados portugueses, com duas notas prévias, sem comentários e apenas duas observações.
- Notas prévias
- a única fonte credível são os números insertos nos documentos do Parlamento Europeu;
- a única abordagem possível é quantitativa – por pouco que valha –, pois não é aceitável comparar um relatório com uma pergunta, uma intervenção com uma assinatura numa proposta de resolução, e menos ainda que se avalie o trabalho dos deputados pelas intenções ou resultados que teve, tantas vezes diferentes ou até antagónicas.
quarta-feira, maio 06, 2009
... os suspeitos do costume...
segunda-feira, maio 04, 2009
Reflexões lentas sobre política(s) - 3
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sábado, maio 02, 2009
Tele-gramo para VM
Parabéns.
Objectivo alcançado.
Aqui, na capital de Cabo Verde, ao pequeno almoço, os 40 da URAP que vieram homenagear os tarrafalistas, apenas falavam da tua provocão e dos pedidos de desculpa do CdaS.
Se por aqui encontrar o "mestre " Mário Soares, encontro de que fujo, dir-lhe-ei do bom aluno que mostras ser.
Breve nos encontraremos e dir-to-ei de viva voz, com a certeza que, da minha parte, não responderei a provocações tuas.
sexta-feira, maio 01, 2009
Reflexões lentas sobre política(s) - 2
Assim seria se, no processo histórico, fosse possível encarar o Estado-nação como a macro-estrutura final, a cúpula que já terá sido, ou próxima de o ser, numa construção europeia endocêntrica... e estariam as "cartas na mesa".