2. A parceria especial Cabo Verde-União Europeia
Está a realizar-se, de 5 a 9 de Maio, a reunião da “troika ministerial desta parceria.
Importa lembrar que, no período colonial, o arquipélago de Cabo Verde era o “arquipélago da fome”, que o paludismo era endémico, que o aparelho administrativo colonial português aproveitara e fomentara a “qualidade dos recursos humanos”, tendo-se criado um lastro cultural absolutamente notável. E, aparentemente, contraditório.
Depois, em 1974-75, Cabo Verde seria um País que não era viável. Das ex-colónias que acediam à independência conquistada com a luta, era aquele em que menos se acreditava. Pobre, paupérrimo. Sem riquezas naturais.
E as gentes não contam para a riqueza das nações?
Cabo Verde provou, nestas três décadas, que contam e muito. Os que formam a sua diáspora, ancorada como poucas à Pátria, e os que ficaram, lutando todos por um País de todos. Mais que viável, credível; exemplar sem ser exemplo, modo sem ser moda.
Não faço juízos de valor – não que não os tenha – sobre alguns aspectos deste processo, sobre o modo exemplar – não moda, nem exemplo, repito – como Cabo Verde se moveu no xadrez internacional, e nas suas contingências, mas sublinho que não só é um País que, a partir dos indicadores aplicáveis, descolou dos países mais atrasados do mundo e do endémico subdesenvolvimento.
A diferença entre a República de Cabo Verde em que trabalhei há quase 30 anos e esta que agora visitei provoca a estranha coexistência de um sentimento de nostalgia, de reconhecimento da sua identidade como Estado livre e independente, e de admiração por um Povo que (aqui e lá fora) faz crescer um País em que quase ninguém acreditava.
E, note-se, tenho lá ido de vez em quando, e a última vez apenas há 5 anos.
Está a realizar-se, de 5 a 9 de Maio, a reunião da “troika ministerial desta parceria.
Importa lembrar que, no período colonial, o arquipélago de Cabo Verde era o “arquipélago da fome”, que o paludismo era endémico, que o aparelho administrativo colonial português aproveitara e fomentara a “qualidade dos recursos humanos”, tendo-se criado um lastro cultural absolutamente notável. E, aparentemente, contraditório.
Depois, em 1974-75, Cabo Verde seria um País que não era viável. Das ex-colónias que acediam à independência conquistada com a luta, era aquele em que menos se acreditava. Pobre, paupérrimo. Sem riquezas naturais.
E as gentes não contam para a riqueza das nações?
Cabo Verde provou, nestas três décadas, que contam e muito. Os que formam a sua diáspora, ancorada como poucas à Pátria, e os que ficaram, lutando todos por um País de todos. Mais que viável, credível; exemplar sem ser exemplo, modo sem ser moda.
Não faço juízos de valor – não que não os tenha – sobre alguns aspectos deste processo, sobre o modo exemplar – não moda, nem exemplo, repito – como Cabo Verde se moveu no xadrez internacional, e nas suas contingências, mas sublinho que não só é um País que, a partir dos indicadores aplicáveis, descolou dos países mais atrasados do mundo e do endémico subdesenvolvimento.
A diferença entre a República de Cabo Verde em que trabalhei há quase 30 anos e esta que agora visitei provoca a estranha coexistência de um sentimento de nostalgia, de reconhecimento da sua identidade como Estado livre e independente, e de admiração por um Povo que (aqui e lá fora) faz crescer um País em que quase ninguém acreditava.
E, note-se, tenho lá ido de vez em quando, e a última vez apenas há 5 anos.
Sempre com enorme vontade de voltar.
3 comentários:
Não há nada melhor do que ir aos sítios e olhar, com olhos de ver, o que aí se passa. Ganham os viajantes e os amigos destes.
Vais deixando pistas e pontos de interrogação (assim me parecem) que despertam o maior interesse.
Campaniça
Tivessem eles pessoas como tu e este país estaria melhor.
As fotos estão lindas.
GR
O pessoal de ilhas pequenas... é "diferente"... o que é um excelente ponto de partida.
Abraço.
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