continuação
Os objectivos da(s) política(s) – os enunciados e os anunciados, os instrumentais e os reais – passam a ser fulcrais por a democracia se mediatizar, isto é, se tornar cada vez mais representativa e cada vez menos participativa, com os representantes a marginalizarem da política os representados.
+----+----+
Essa mediatização faz da política espectáculo e serve o espectáculo da política; antes de mais, esconde a natureza de classe das políticas, enuncia/anunciando objectivos sociais, a bem dos cidadãos (ou seja, dos povos), quando, instrumentais, têm o objectivo real de servir a classe dominante nas condições ajustadas à/pela relação de forças (de classe).
+----+----+
Nesta caminhada “europeia” de passos e saltos, o passo da UEM, com o €uro e o Banco Central Europeu, não foi bem o salto pretendido… mas foi o salto possível, porque a ratificação do Tratado de Maastrich foi difícil, porque a relação de forças, ainda que com outras capas e máscaras com que a expressão ideológico-desideologizante da luta de classes tudo pretende baralhar, a isso obrigou.
+----+----+
A Dinamarca (os dinamarqueses) votou não a Maastrich, tiveram de usar artes e manhas para transformar esse não em sim, e ela e o Reino Unido inauguraram o estatuto especial do “opting out”; a Suécia (os suecos) decidiu ficou de fora da moeda única, até com o argumento bem criativo e acutilante de não quererem que o Banco Central da Suécia se tornasse num mero balcão do BCE...
+----+----+
Mas o rolo compressor da liberalização federalizante, conduzido pelas transnacionais financeiras, não podia parar e a instauração da UEM, ou seja, a criação da moeda única e do BCE, era indispensável para que continuasse o seu caminho, preparando o salto para a União Política.
+----+----+
Essa mediatização faz da política espectáculo e serve o espectáculo da política; antes de mais, esconde a natureza de classe das políticas, enuncia/anunciando objectivos sociais, a bem dos cidadãos (ou seja, dos povos), quando, instrumentais, têm o objectivo real de servir a classe dominante nas condições ajustadas à/pela relação de forças (de classe).
+----+----+
Nesta caminhada “europeia” de passos e saltos, o passo da UEM, com o €uro e o Banco Central Europeu, não foi bem o salto pretendido… mas foi o salto possível, porque a ratificação do Tratado de Maastrich foi difícil, porque a relação de forças, ainda que com outras capas e máscaras com que a expressão ideológico-desideologizante da luta de classes tudo pretende baralhar, a isso obrigou.
+----+----+
A Dinamarca (os dinamarqueses) votou não a Maastrich, tiveram de usar artes e manhas para transformar esse não em sim, e ela e o Reino Unido inauguraram o estatuto especial do “opting out”; a Suécia (os suecos) decidiu ficou de fora da moeda única, até com o argumento bem criativo e acutilante de não quererem que o Banco Central da Suécia se tornasse num mero balcão do BCE...
+----+----+
Mas o rolo compressor da liberalização federalizante, conduzido pelas transnacionais financeiras, não podia parar e a instauração da UEM, ou seja, a criação da moeda única e do BCE, era indispensável para que continuasse o seu caminho, preparando o salto para a União Política.
continua
9 comentários:
Olá Sérgio.
Gosto das tuas reflexõe slentas.
Se calhar por serem lentas é que eu percebi tudo.
:)))
beijinhos
Que bem que tu nos fazes ao partilhar assim as tuas lentas reflexões. Lentas mas agudas e bem afiadas para quem as quiser entender. Bj
Participei num debate sobre o dia da europa, com o Manuel dos Santos e o prof. Manuel Rodrigues da CDU e sai convencido do papel do MS e do PS, que em vez da reflexão e um incentivo à Europa, bateu em retirada com o conhecido “não há alternativa”, afirmando sim, a importância do voto no PS e interesse que a sua Europa, caminhe e rapidamente (para o federalismo), ainda que, face às dúvidas dos participantes, possa ser (disse-o ele) “para a guerra”.
Ou seja, face à opinião da urgência em rever vários assuntos (com efeitos negativos para o país) MSantos defendeu a eleição de deputados socialistas como um “assunto importante”, mesmo que eleitos por ignorantes que nada percebem.
De preferência os mesmos ignorantes que foram afastados do "assunto importante" chamado Tratado de Lisboa.
Contudo, quando um país diz Não!, rapidamente os federalistas dão a volta!
GR
Continua, que vais bem! :-)))
Abraço.
Reflexões necessárias e tão bem explicadas. (ou reflectidas)?
Beijos
Devagarinho, devagaronho, também acho que vou percebendo.
Campaniça
Mas que fazer ?
A campanha Eleitoral está em andamento e a maioria dos partidos nem dos problemas da C.E.falam.
A comunicação social, está como nós sabemos. Não vamos desistir, mas assim cada vez é mais difícil.
Um abraço meio desanimado
Nocturna
Há muito tempo que deixei de acreditar em politica!
Enviar um comentário