Por último?
Assim seria se, no processo histórico, fosse possível encarar o Estado-nação como a macro-estrutura final, a cúpula que já terá sido, ou próxima de o ser, numa construção europeia endocêntrica... e estariam as "cartas na mesa".
Assim seria se, no processo histórico, fosse possível encarar o Estado-nação como a macro-estrutura final, a cúpula que já terá sido, ou próxima de o ser, numa construção europeia endocêntrica... e estariam as "cartas na mesa".
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Mas não é. E cada vez menos o será, apesar de, de uma certa maneira, o continuar a ser porque sobre essa macro-estrutura tudo se constrói e nada do que se construa a poderá destruir ou substituir eliminando-a.
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A integração (capitalista) europeia, na “construção europeia”, parte do Estado-nação, associando Estados-membros, e as fases mais avançadas, aquelas que o poder supranacional engendra e procura levar à expressão política, configuram federalização, que pode tomar várias formas – Estado Federado, Federação de Estados –, ou Supra-Estado, regionalizando ou "afreguesiando" Estados-membros.
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A dinâmica da organização espacial, macro-estrutural, procura a correspondência com o ininterrupto (embora irregular) domínio sobre o meio ambiente, e os meios, o desenvolvimento das forças produtivas, no quadro das relações sociais dominantes, e as fases e formas da integração europeia não conseguem, porque não podem, descolar da realidade histórica da existência do que está na sua origem, dos Estados-nações, e da dinâmica matriz da História, da luta de classes enquanto classes houver.
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Assim sendo, ou assim se tomando como sendo, e por este nível se ficando para não continuar pela via que levaria à dimensão planetária e à consideração inelutável de o imperialismo como fase última do capitalismo, chame-se-lhe globalização ou outro eufemismo (o que seriam aliciantes reflexões mas outras), há que voltar, nestas reflexões, à política monetária.
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Continuando a existir os Estados-nações, alcandorados a Estados-membros mas como tal ignorados nas sendas da federalização, promovida pelos grupos financeiros transnacionais, a política monetária é atacada como política de âmbito nacional até deixar de o ser.
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Com o forte argumento da descoordenação e das perturbações cambiais e da pressão inflacionista, instaura-se a prioridade absoluta para o controlo e menorização da intervenção do Estado-nação na política monetária.
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continua
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