quarta-feira, junho 09, 2010

A propósito de O rapaz do pijama às riscas



Preparo-me, psicologicamente…, para ir participar numa “tertúlia” (gosto do nome) sobre o livro “o rapaz do pijama às riscas” (leram?), de John Boyne, e, inevitavelmente, sobre o filme nele baseado, de Mark Herman, com igual nome em português (viram?).
Ao que me disseram, a conversa deverá encaminhar-se, se encaminhada for, para a questão dos direitos humanos. Cá por mim, não tenho nada contra. Antes pelo contrário...
Digo até que, se tiver engenho e arte, ajudarei a que, a partir do livro e do filme, se fale de direitos humanos, das declarações sobre direitos do homem/humanos que têm sido feitas (e porquê nessas datas) – em 1789, 1848, 1917, 1919, 1944 e 1948. E mais direi que não se podem confinar os direitos humanos a direitos políticos, que direitos humanos são… mas não só porque também o são os direitos sociais – ao trabalho, à saúde, à educação.
Bom… não levo guião, vou disponível para o que vier à baila-conversa, mas quero ver se consigo sublinhar quanto me parece significativo que sobre a violência bárbara do nazi-fascismo, da 2ª guerra mundial exista um livro como o que escreveu um irlandês que nasceu em 1971, isto é, 23 anos depois da guerra ter acabado, e que o filme tenha sido feito por um inglês que nasceu quase 10 anos depois do fim da guerra.
A esta distância, para uns tão longe, para outros – como eu – tão próxima porque viveu a guerra e o seu fim, este facto parece-me interessante para "tertuliar".
Da guerra de 1914-18. e de situações e períodos anteriores, só pode, hoje, escrever livros e fazer filmes quem nasceu depois delas (que me perdoe algum escritor ou cineasta tipo Manoel de Oliveira…), e quase impossível será encontrar quem as tenha vivido, mas da guerra de 1939-45, quem nasceu muito depois dela (ou não...) e pode ser discutida com quem a viveu, com quem tem testemunhos vivos a dar porque, se não vestiu pijamas às riscas, outros vestiu. E, quando fala de direitos humanos, sabe bem o que é a ausência de direitos. A ausência de liberdade, de democracia, e o mau uso destas.
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Deixo esta mensagem para ser publicada quando estiver a… actuar. É outra experiência engraçada!

6 comentários:

cristal disse...

Depois conta como foi. Fico cheia de pena de não assistir (e participar)

J.S. Teixeira disse...

Olá Sérgio,

Já está disponível, o novo artigo sobre o Vereador do PSD, Paulo Edson Cunha e a sua "ideia visionária". Podem ler tudo no blogue, O Flamingo.

Tenho dito.

Graciete Rietsch disse...

Não li o livro nem vi o filme, mas gostava muito de poder assistir á tertúlia até porque quase adivinho a história que eles que eles contam .

Um beijo.

GR disse...

Não li, nem vi o filme. Se o viste...amanhã vou ver se o vejo.
O tema que irás fazer é muito interessante e actual. Tantas histórias terás para contar na primeira pessoa, sobre outros “pijamas”.
Depois conta-nos como decorreu.
Vai ser uma tertúlia inesquecível.

Bjs,

GR

samuel disse...

As tertúlias deviam regressar em força! Regulares... como um hábito bom...

Abraço.

Justine disse...

Excelentes motes para umas boas horas a falar da falta de direitos humanos!!