No episódio anterior já se tocou, de leve (aliás, como em todos de leve tem de ser...), na questão da mobilidade internacional da D. População Activa.
Ao escrever-se sobre a emigração, há que lembrar que ela tira peso à população activa, abatendo o número de desempregados que não ficaram por cá, como é o caso de muita população em idade activa feminina, desempregados se fizeram ao caminho, de avião ou em caravanas, como nos anos 60 o fizeram "de salto" numa emigração proibida mas tolerada, mas hoje consentida e até aconselhada por quem deveria ter a responsabilidade de aumentar a parte da população activa empregada.
Neste intervalo, neste meio século, muito aconteceu à D. População Activa e ela muito alterou o seu perfil e as suas entranhas. Até porque houve anos em que aumentou substancialmente com componentes vindas de fora, na ilusão de encontrarem aqui o que pelas suas paragens deixara de ser um direito (e uma obrigação...), o trabalho. E o emprego da sua força de trabalho.
Por isso, a D. População Activa se viu com vários passaportes, como é uso acontecer aos burlões não sendo ela burlona, a não ser estatisticamente... e não por sua vontade e em seu benefício.
Esta ilustração do Miguel Afonso, de há quase um quarto de século no Diário, mantém todo o seu significa do e sentido crítico.
1 comentário:
Todavia,hoje ,a situacao ê bastante mais dramâtica.Os bonecos de Miguel Afonso,decerto,seriam ainda mais crîticos.
Beijo
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