Palavras claras. Como sempre as queremos ouvir (e dizer).

O comício da Festa é um momento político relevantíssimo. Não se empola a adjectivação. O nosso espírito crítico, a permanente auto-vigilância para que a objectividade não nos abandone não nos impede de o afirmar. Com veemência serena, apesar da indignação perante o silêncio ou a desvalorização.

No palco, vivemos a extraordinária experiência do que é um espectáculo de cor, de serena determinação embora com explosões de indignação, como aquele expontâneo grito "gatunos, gatunos".com que dezenas de milhares de vozes sublinharam uma passagem do discurso de Jerónimo de Sousa.

Não resistimos a fotografar com o telemóvel

... e tomámos, irresistivelmente, duas notas:

• sobre a Moção de Censura, tão vilipendiada e não votada por quem, hoje, quer aparecer como oposição ao que é, também sua obra e responsabilidade, moção de censura que foi lembrada por Jerónimo de Sousa como comprovadamente justa e oportuna;
• sobre a renegociação da dívida, com a afirmação clara de que a renegociação de dívidas se faz com os credores e não com uma qualquer troika que nos espolia e nos mantém e afunda como devedores.