quinta-feira, fevereiro 28, 2013

A economia portuguesa de 1945 a 1973/4

Na preparação de uma participação na série com o título genérico da Ferramentas para a cidadania, na Biblioteca-Museu República e Resistência, saltou-me um título (ou sub-título!) - sem Linha de Rumo mas com um Rumo à Vitória -, e reproduzo um dos 5 gráficos que elaborei, a partir das "séries longas da economoa portuguesa", do Banco de Portugal, e que vou comentar (sobretudo o sustentáculo para a economia portuguesa que foram as remessas dos emigrantes), e aqui reproduzo (e que, eventualmente, aqui virei a comentar):


Lá merecido virá a ser... se e quando!

5ª ... avante!


quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Demi te-te


no sapo:

O primeiro-ministro foi hoje recebido na Faculdade de Direito de Lisboa com protestos dos alunos. Junto à porta do auditório onde decorre a conferência da JSD que o primeiro-ministro irá encerrar, os estudantes gritaram frases de ordem e ergueram cartazes.

Ora aqui está 
um bom conselho! 

Nota do dia (ou do começo da semana)

A Itália está num impasse.
Por culpa de democracia?, ou porque, sem democracia, sem o voto de quem escolhe os seus representantes pelo voto, tudo seria mais fácil?
Mas... tudo o quê?
A continuidade?, ou a mudança para que tudo continue... como setivesse mudado.

É a mesma encruzilhada de sempre... "no momento"!
O povo/as massas já não suporta mais "os políticos" que se arrogam representá-lo, e vota protesto... ou não vota.

Em Itália? É um bom exemplo!
Quem tinha razões (e de sobra!, e de classe!) para estar contra a organização da sociedade, organizou-se, escolheu a sua vanguarda, avançou. Até ter (quase) a maioria institucional. 
E tudo parecia ganho. Ou quase.
Nessa vanguarda organizada, houve  desvios. Esqueceu-se, ela, das raízes, da base teórica. Tergiversou.
Mais que de classe, que comunista, tornou-se "euro". E assim  desapareceu como vanguarda. Ou desapareceu, pura e simplesmente.
O povo/as massas ficou um pouco órfão, desamparado.

Agora, nesta escolha importante, tinha a imagem da "auster(continu)idade", técnico-neutro-"séria",  ou a da alternância ao centro, aparentemente mais à esquerda ou mais à direita (abjecta). E o protesto.
Na dúvida, empatou, com o protesto a ser o mais importante porque decisivo.
Faltou-lhe a alternativa, o futuro.

Nós temo-los. Porque nunca tropeçámos, e menos caímos em "euro"-comunismos ou moedas.
Assim o consigamos mostrar !

terça-feira, fevereiro 26, 2013

As Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME)


... e não é que
o primeiro ministro
disse (pasme-se!) que:
"a selecção nacional das empresas
que podiam melhor sobreviver
está feita." !!!

Agenda - agora é a minha vez de ser "o animador"...

Uma espécie de retrospectiva de/requiem para um governo - 3

Não tinha a intenção de estender estas notas sobre um balanço e para um requiem por um governo - e em particular para o seu "emblemático" ministro das finanças. Mas a trajectória de Vitor Gaspar é meteórica e, por isso, aliciante quanto baste, e alguns comentários sobre ela suscitam novas notas.
É o caso do bloco de notas de João Vieira Pereira que, para mais, cita Bento de Jesus Caraça e a sua frase no busto do edifício do ISEG na Rua Miguel Lupi, da escola onde fui colega de Vitor  Rabaça Gaspar, onde depois também teria andado o filho, este Vitor Gaspar com outro apelido no meio:
"Se não receio o erro,
é porque estou sempre pronto a corrigi-lo"
(aquele "só" da citação de JVP estará a mais...)
Sou de opinião, no entanto, que nem VG "corrige o erro da previsão" nem se trata de um "erro da política".
VG não aceita sequer que tenha errado, como pode corrigir-se?
VG acusa a realidade de não ter cumprido as suas previsões. Foi a realidade que errou.
Por outro lado, o que estamos a viver não resulta de uma política errada, ou com erros, é o resultado de uma política "de classe", de uma política que apenas não se consegue impor tal como o procuram fazer os seus próceres e servidores porque a realidade - onde se inclue a suportabilidade social, no estádio da luta de classes - não o consente. 
Segundo VG, o excel estaria certo, os números que representam (mal) a realidade é que estariam errados. E tudo isto lhe(s) parece muito complicado porque há instituições de cariz democrático que os constrangem, porque há vanguardas partidárias e sindicais "de (outra) classe", há acções organizadas, há movimentos espontâneos de massas. Chatices...
Noutros tempos, em outros contextos internacionais, as coisas resolviam-se de outra maneira.

segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Uma espécie de retrospectiva de/requiem para um governo - 2

Qundo foi apresentado o governo, o ministro das finanças seria o mais aguardado. A questão central, "troika" oblige!, era a do défice orçamental e dívida pública para que as metas impostas eram apertadas e as condições para lá chegar draconianas. Vários nomes surgiram, e o de Vitor Gaspar, para o comum dos mortais, mesmo daqueles que procuram estar informados mas não são do "millieu" bancário-transnacional, foi uma... novidade-surpresa.
E o homem, com aquele seu ar e aquela sua postura, surpreendeu... para além do nome. Terá enganado muita gente. Estava ali um não-político, um técnico com currículum, um homem sério, independente de ideologias. Para além do ar e da (im)postura.
Pelo meu lado, desconfiei logo. Não porque me ache mais esperto, ou porque tivesse outras informações, mas aquela sua "boca" de que lera Marx aos 16 ou 17 anos e que tomara outras opções, foi fatal para a minha avaliação. Aos 16 ou 17 anos do cavalheiro, e português, apenas poderia ter lido resumos resumidissimos de resumos de textos de Marx, pelo que a vanglória do fundamento da sua opção (de rejeição) revelava bem pouca seriedade e, pelo menos, um odiozinho... de classe. Havia ali ideologia, e fortemente arreigada.

Depois de alcandorado aos píncaros, teve a sorte que se viu. Em meses, despenhou-se do Capitólio pela colina da Rocha Tarpeia, e apenas as suas ligações (perigosas...) o sustentam. É um retrato deste governo, a pedir meças, surpreendentemente, ao mini istro Relvas. 
Então a semana que passou foi um desastre!
O que previra há semanas ser o decréscimo do PIB para este ano, 1%, foi corrigido para 2% (mais 100%!), pelo que a recessão acumulada não será de 4%, como ele previra, mas de 7% (mais 75% que o previsto), o desemprego, que deveria ficar em 16,5% para 2013, já vai 16,9% neste mês de Fevereiro, e etc.. Pelo que o "prazo de ajustamento" troikado, de que sempre recusou a sequer possibilidade de ser discutido vai, mendigadamente, ser pedido para ser alargado por mais um ano. No exame-avaliação começado hoje, perante os mestres-cúmplices, tão responsáveis como ele, mas de que será dilecto comparsa.
O homem está pelas ruas da amargura. O pilar do governo está roido pelo bicho da madeira ou por uma qualquer maleita do cimento.
É o que concluo da leitura do Caderno Economia do Expresso (para não falar apenas por mim...) 

página 2:
A triste figura da semana
e o mais baixo dos baixos








página 5:
"A realidade tem falhas terríveis, twilight zones, buracos negros, por onde desaparecem as mais sólidas e credíveis previsões do senhor da Gasparlândia"





página 6:
"O homem que não consegue acertar um número"






página 6 (no artigo abaixo):
"2013 O ano com que Gaspar não sonhou"




que termina assim:

não tinha a intenção
de fazer um 3º post
mas  lá terá de ser
... quando possível

Uma espécie de retrospectiva de/requiem por um governo - 1

Em Junho de 2011, tomou posse o XIX Governo Constitucional da chamada 3ª República Portuguesa. Governo de coligação, com apoio dos partidos à direita do espectro parlamentar, vinha continuar a alternância que desde 1976 caracteriza a governação deste País.

Com o caminho aberto pelos XVII e XVIII Governos, do Partido Socialista sozinho, e na esteira daquele episódio da nossa vida institucional que foram os governos PSD/CDS, Durão Barroso e Santana Lopes, de tão triste memória, tão triste que há quem deseje que da memória seja apagado. Episódio da deserção de um, para ir colher frutos da vassalagem ao império personificado em Busch-Blair, com Aznar em “pau de cabeleira” e Barroso como "estalajadeiro", e do estrebuchar do outro, cuja representação de “enfant terrible” na zona de sombra entre a social-democracia e o neo-liberalismo o levou a apanhar com um governo nas mãos, qual presente envenenado do seu “camarada” de partido.

Os governos Sócrates (2005-2011) cumpriram a alternância, em nome do Partido (com o nome de) Socialista. Apanharam com a previsível e prevista “crise” e foram os governos dos PECs, a procurarem manter, com a fachada socialista, a ilusão dos eleitores, que outra política tinham votado, que não aquela que lhes impunham ao invés do discurso demagógico, enquanto faziam ou cobriam negócios, nem todos claros,

Os PECs, documentos denunciadores da política anti-constitucional, porque anti-social e de democracia a recuar em vez de avançar, escancararam as portas para o acordo do governo com a “troika”, imposto pelos banqueiros, e negociado e assinado com a cumplicidade de quem espreitava a herança do poder, de cujo “arco” se vangloriam os três partidos.

E dela, da “herança” de um défice orçamental dramatizado e de uma dívida (pública e publicada) que nos colocava nas mãos invisíveis dos… mercados e das suas agências de “rating”, nasceu este XIX Governo, que veio, com entradas de leão, colocar a cereja no cimo do bolo. O que, concede-se, não seria nada fácil, como a própria imagem o faz imaginar, com a patorra do leão a esmagar o bolo e a cereja.

Pesporrento, formou-se com curiosas peças de puzzle. Com um trio político – Passos, Portas, Relvas – e alguns nomes “de novidade” e “de surpresa”. De surpresa dou o exemplo dos nomes vindos do CDS para pastas “à medida” das habilidades do “chefe”, e alguns do PSD, como o transferido para a Saúde, um conceituado “tesoureiro”, com a explicação tácita da dupla origem semântica da palavra – de tesouraria fiscal e de tesoura para cortar no Serviço Nacional de Saúde, um dos emblemas a abater do 25 de Abril (como outros... que não se perderão); de novidade (e também surpresa), para a economia e para as finanças, sendo um, o da Economia, um “cromo” vindo do Canadá, e o outro, o das Finanças, o apregoado trunfo do baralho, que assim foi durante muito tempo, resistindo, seráfico, aos falhanços sucessivos do que sucessivamente ia afirmando e sendo desmentido.

Com este continuarei,
que é o que dá mesmo o mote
para o requiem
ilustração Expresso
(Helder Oliveira)

domingo, fevereiro 24, 2013

No fim da semana após o fim-de-semana

Esta coisa dos de em vez das da é muito curiosa, e traz "água no bico". São uns habilidosos! Assim há quem procurr levar ao moínho a água trazida no bico da (ou de) gralha...
Presidentes de câmara e de junta de freguesia ou presidentes da câmara e da junta de freguesia... that isn't the question. Mas é, sim, o seu aproveitamento.

Já agora, neste fim-de-semana deixo esta mensagem no fim da semana. Que, para mim, foi particularmente agitada.
... assim foi na Universidade Popular do Porto, na 5ª feira à noite sala cheia e a entrar pela madrugada); da sessão em Alhos Vedros, no sábado à tarde [sala cheia e 4 horas de (in)formação], e do encontro familiar no meio das duas, não há - pelo menos, por enquanto... - registo. A não ser o do conta-quilómetros.

E como não terá sido para "eles"!? É certo que tiveram sempre quem os conduzisse, e que tiveram... música coral a acompanhá-los! Mas deve ter sido bem mais agitada que a minha alongada digressão à "capital" do Norte e ao sul do Tejo.
Isto digo eu...  e longe de mim fazer comparações do que não é comparável e, até!, inconciliável.

Algumas notícias - cacharolete

Depois de uma ausência de três dias em digressão 
e dois dias sem aqui (a)postar o que quer que seja, 
o regresso actualizado passa por uma volta às notícias:

Álvaro Santos Pereira

 

 

“Não estamos a ser muito eficazes no combate ao desemprego” (RR)

Depois do ministro das Finanças, foi o da Economia que jantou com os militantes do PSD
"Sabemos que as medidas não têm sido bem divulgadas" (declarações captadas pela RTP)
Ministro da Economia jantou com militantes do PSD e afirmou que "o país não é amigo do investimento nem das empresas", sendo preciso travar uma "guerra à burocracia" para fomentar o crescimento económico.

Ele faz cada "descoberta"!
Ele diz cada coisa!
- 33,5% de receitas. Só! 
Logo: há que seguir o mesmo rumo!
Ou seja: redução ao absurdo

O que é bom para Hollande,
será Seguro para Portugal?!
Quem dá mais?
A quem?


  • A empresa farmacêutica em que José Sócrates é, desde dia 1 de janeiro, consultor para a região da América Latina, está envolvida num caso de fraude de enormes proporções.
Diz-me com quem andas...

Para este domingo



Para ensaiar
e para se aprender bem a letra
(que isso não está a sair lá grande coisa...)

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Ah!, é?...

Vários episódios de manifestações com a entoação de “Grândola, Vila Morena” não alteraram participação de ministros em eventos e a segurança também não terá sido reforçada.

Vocês são uns
mentirosos
contumazes!
Então onde é que vai,
agora,
o Relvas-escalracho?
... e sem reforçar a segurança?

OUTRA INFORMAÇÃO - Chipre


  • Ângelo Alves 
  • O que move o AKEL é a luta contra a ocupação da Turquia
Eleições no Chipre

No próximo domingo o povo cipriota será chamado às urnas para, na segunda volta das eleições presidenciais, eleger o chefe de Estado e de governo que sucederá a Dimitris Christofias, presidente da República desde 2008, Secretário-geral do AKEL entre 1988 e 2009. Os resultados da primeira volta do passado dia 17 ditaram que a decisão será entre o candidato da direita, Nicos Anastasiades, dirigente do partido DISY, e Stavros Nalas, candidato independente apoiado pelo AKEL. Um resultado que contrariou todas as vozes, e até projecções, que davam como certa a vitória do candidato da direita à primeira volta.

Estamos perante umas eleições importantes. As atenções estão voltadas para a difícil situação económica. A explosão em Julho de 2011, que praticamente destruiu a principal central de produção eléctrica do País; o jogo especulativo de um dos maiores bancos cipriotas com títulos da dívida grega; o impacto da crise do capitalismo num país com uma economia com um regime de off-shore, estarão na origem da presente situação. Uma situação complexa, já com graves implicações sociais, que, numa polémica decisão, forçou o governo cipriota a, depois de várias tentativas de o evitar, estar neste momento a negociar o acesso ao mal chamado «Mecanismo de Estabilização» da União Europeia.
Esta situação económica e a possível decisão de um mal chamado «resgate» são demonstrativas das limitações a que o governo de coligação do AKEL – agindo numa situação de minoria na Câmara dos Representantes, com um governo em que o partido mais votado tem uma minoria de ministros, gerindo um país capitalista, com uma imprensa dominada pelo grande capital e com uma economia com alto grau de financeirização – esteve e está sujeito. Limitações essas acentuadas pelo colete-de-forças da União Europeia (a que o Chipre aderiu na esperança de ver por aí resolvido o seu problema nacional) e pelas medidas que a pretexto do «resgate» se tentam impor (e às quais o presidente cipriota tem resistido) como as privatizações de empresas e serviços públicos ou a tentativa de «abocanhar» a exploração e gestão das grandes reservas de gás natural recentemente descobertas nas águas territoriais cipriotas.

Mas então qual a razão pela qual um partido comunista decide gerir um país nestas condições e se propõe continuar a fazê-lo, «estando no poder» mas não tendo de facto o poder, e tendo que agir no quadro da União Europeia? A resposta não é simples e suscita inúmeras dúvidas e contradições, como a realidade o está a provar. Mas o que move o AKEL, um partido comunista com uma forte implantação no seu povo, um partido verdadeiramente ligado às massas, com uma forte organização e uma história heróica de resistência contra o fascismo e a ocupação, é a resolução do principal problema daquele povo – a luta contra a ocupação de mais de um terço do seu território pela Turquia desde 1974 e a reunificação da sua pátria. O AKEL é historicamente, e na actualidade, o grande partido da causa nacional cipriota. Um partido que se lança nos mais complexos, difíceis e contraditórios desafios para persistir no objectivo central de devolver ao seu povo a sua pátria reunificada. Isto não é coisa pequena no acto de decidir, quando, do outro lado, a direita e a social-democracia, ou instrumentalizam ou «deitam a toalha ao chão» no que toca à questão nacional. Mas não só. No próximo domingo estará também em cima da mesa uma de duas opções. Resistir à imposição de uma reconfiguração neoliberal do Estado cipriota, protagonizada pelo DISY, ou resistir, em difíceis condições é certo, a esse objectivo. 

5ª depois de sábado e antes de outro sábado

Luta cerrada todos os dias
No sábado, dia 16, milhares de trabalhadores vieram para as ruas, em todos os distritos e nas regiões autónomas, e apoiaram a «acção geral de protesto, proposta e luta», que a CGTP-IN vai manter até 27 de Março, dia de manifestação nacional da juventude.


quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Decepcionante, dizem "eles"...

O dia de hoje merece registo. Particularmente para quem viu Vitor Gaspar, e os seus/suas secretários/as de Estado na comissão da AR. A desdizer(em)-se. Com a maior desfaçatez... Ou a confirmar(em) o que foi dito há meses que podem começar a somar ano(s): que assim não se ia a nenhum lado daqueles que se dizia querer ir, e que era urgente negociar. Soberanamente. Como País e Estado com um governo eleito democraticamente.
E hoje pede-se, mendiga-se tarde e más horas. Humilhantemente. Tudo a parecer uma enorme encenação. Com os "generosos bombeiros" a dizerem-se decepcionados. Decepcionados... com quê?, com quem? Não com eles também?
Que os resultados são decepcionantes é um facto. Mas não eram previsíveis. Só se decepciona - na verdade - ou desilude quem se iludiu, ou melhor: quis iludir os incautos ou mal informados.
Que grande fantochada a mascarar o que, no fundo, é luta de classes. 
E até parece que se estão a preparar novos actores, porque os actuais protagonistas já terão dado o que tinham a dar. Ou lá perto.
Entretanto, esquece-se ou apaga-se o que foi dito atempadamente e por quem. E foi o PCP! Muito antes do que tantos estão, agora, a descobrir, e ainda bem. Mas é como se estivessem eles a descobrir ou a inventar...

Às vezes, o fisco e as suas coisas




































Ao receber esta informação da Caixa Geral de Aposentações, que tantos outros contribuintes terão recebido idênticas, reagi assim:


Exmos. Senhores,

Recebi, com data de 9 do corrente, as informações relativas aos meus abonos e descontos do mês de Fevereiro. Habitualmente não lhes dou atenção, e rápido as arquivo. Trata-se, aceito, de imprevidente desatenção mas, como tenho o privilégio de dispor do que é suficiente para as minhas necessidades familiares e aplico o que sobra em viagens e apoios a actividades que considero relevantes, mais me preocupa o pouco que tantos outros recebem e estou atento, isso sim, à luta para que não venham a receber ainda menos. Idiossincrasias!
Acontece que desta vez, dada a conjuntura, vi com inabitual atenção as informações e, para além das 14-linhas-14 na coluna de descontos ao lado direito da coluna de abonos com a minha pensão de aposentação, reparei que a minha “titularidade para efeitos de IRS” é a de “casado dois titulares”. Ora esta é situação cidadã e fiscal que há décadas não tenho.
Sei que a dimensão dos descontos é também determinada por essa titularidade, e conto que ela seja corrigida por via dos reembolsos face à minha declaração anual de IRS, mas não fiquei satisfeito pois não estou disposto a que me descontem, agora, mais do que é devido para, depois, me vir a ser reposto. Quando o ministério e o governo rapam todos os meus cêntimos que o crivo constitucional permite, ou até rompendo a sua malha, não estou disposto a ficar credor de tão ruins devedores.
Venho, por isso, solicitar correcção, e não pelas razões que levaram alguns contribuintes a alterar o seu estado civil, divorciando-se (fiscalmente) de esposas que o continuam a ser, assim colocando património familiar a coberto de trafulhices e fugas fiscais e crimes de todo o tipo, mas bem pelo contrário, por ser a situação real.

Grato pela devida correcção, sou

Resolução - convite

no DN de hoje:

Tendo em conta o ricochete do autismo governamental
Tendo em conta os efeitos das visitas de Relvas

Considerando o objectivo imediato da queda do Governo
Considerando a mobilização para esse fim provocada 
por tais visitas

decide-se

1. Convidar o ministro Relvas a vir à nossa aldeia 
inaugurar um chafariz
2. Informar a população e a comunicação social 
de tão feliz evento
3. Pedir ao ministro a coragem de não seguir 
os conselhos da polícia

isto por aqui 
está um bocado "morto"...

Hora a hora, a situação (nossa e do governo) piora


destaque

do sapo:

Vítor Gaspar disse hoje no Parlamento que vai discutir na próxima avaliação da ‘troika' "medidas de contingência adicionais" equivalentes a cerca de 0,5% do PIB.

Notícias Relacionadas

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Memórias...

Aqui há umas semanas, a Revista do Expresso trazia uma capa que convidava a ser guardada (e não por festivas razões), com a fotografia de António Champalimaud e o título genérico de Histórias da era dourada das privatizações.
Depois de a ter folheado (e catarticamente largado umas tantas obscenidades)... guardei-a mesmo, porque nela vislumbrei alguns dados e informações úteis.
Entretanto, lá no miolo da revista encontrei uma outra cara que não tem tido aparição frequente na comunicação social, e começou a reaparecer, decerto à boleia destas recordações e da sua intervenção no caso BPN, em que teve entradas do leão que vai resolver o embróglio, pôr tudo em pratos limpos, e saídas de sendeiro pela porta da "nacionalização" do enorme cambalacho e respectivo buraco, com rabinho entre as pernas (e alguns milhões nos bolsos) e o silêncio conveniente. 
Aqui fica a fotografia desses "tempos felizes" (é o que diz a leganda na outra página!), que ilustra o trabalho privatizações-Regresso ao Passado, onde estão as tais informações e dados a reter (o de cá é o referido Cadilhe e o do segundo plano é o actual PR, que afinal tem passado - e que passado! - e a foto é do tempo em que, por desfastio, escrevia Miguel Cavaco e Anibal Cadilhe).
E para que não fiquem dúvidas, as razões que me levaram a guardar a revista, para além do masoquismo inato, têm a ver com facto de se poderem conhecer algumas "ligações" de antes e de agora. E também de comprovar o esquecimento de se escrever seriamente a História ao ignorar-se, por exemplo, que houve um ministro  das finanças do VIº Governo Provisório (Francisco Salgado Zenha, então do Partido Socialista) que foi o responsável por legislação fundamental para estruturar o sector empresarial do Estado, antecipando-se à Constituição, legislação que os governos constitucionais pura e simplesmente desconheceram na estratégia iniciada para restaurar os grandes grupos económicos e financeiros em Portugal, à revelia da democracia que estava estabelecida e deveria avançar.

OUTRA INFORMAÇÂO - Equador


segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Ovos, galinhas e omeletes

Ontem, na abertura de 
o OVO e as GALINHAS, os QUINTAIS e os VIZINHOS,
no 34º aniversário da A.R.C.A.
(Associação Recreativa e Cultural Atouguiense,
 nascida, portanto, após um certo 25 de Abril...),
quando a direcção pretende reanimar a secção de teatro da associação, apresentando-se um "divertimento teatral" a partir de um texto que aproveita O ovo e a galinha, terceira estória de LUUANDA, o livro "histórico" de Luandino Vieira (dava para um grosso volume com muitas histórias o que provocou, em 1965, a atribuição do Grande Prémio da Novelística da Sociedade Portuguesa de Escritores a este livro e autor, então no Campo de Concentração do Tarrafal).

Numa sala cheia (a abarrotar!, bem mais de 100 pessoas a assistir e a participar) houve teatro (houve um cheirinho de Brecht), houve convívio, houve associativismo, houve uma omelete solidária, por proposta dos mais jovens intérpretes (entre os 11 e os 14 anos) para resolver uma querela (teatralizada) entre vizinhos, por causa de um ovo posto pela galinha de uns no quintal dos outros. Até se falou de um senhor chamado Proudhon...

A hora K (?!)


EUA

As cinco razões de Krugman a favor da subida do salário mínimo

Económico  
18/02/13 15:14

Aumentar o salário mínimo é uma boa política de Obama? "A resposta, talvez surpreenda, é um claro sim", diz Krugman.

O reputado economista Paul Krugman acredita que a proposta de aumentar o salário mínimo nos EUA é uma "boa política" do Presidente Barack Obama. Na sua coluna de opinião no The New York Times, o Nobel da Economia explica as razões.
"O Presidente pediu um aumento do salário mínimo dos 7,25 dólares por hora para 9 dólares, com as subsequentes subidas em linha com a inflação. A questão é: Isto é uma boa política? E a resposta, talvez surpreenda, é um claro sim", começa por referir Krugman. "Há fortes razões para acreditar que o tipo de aumento do salário mínimo que o presidente está a propor teria efeitos extremamente positivos", frisa.
Antes de mais, diz o economista, o nível actual do salário mínimo é muito baixo, depois de nas últimas quatro décadas os aumentos do salário mínimo terem consistentemente ficado atrás a inflação. "Em termos reais, o salário mínimo actual é substancialmente menor do que era na década de 1960. E enquanto isso, a produtividade do trabalhador dobrou. Não é tempo para um aumento?", pergunta Krugman.

E prossegue: "Podemos argumentar que, mesmo que o salário mínimo actual pareça baixo, subindo-o, custaria empregos". Mas, continua Krugman, este é um dos aspectos mais estudados na economia que "aponta para poucos ou nenhuns efeitos negativos do aumento do salário mínimo sobre o emprego."

Para Krugman, "o principal efeito de um aumento do salário mínimo é um aumento do rendimento dos norte-americanos que trabalham muito, mas recebem pouco".

Por fim, o economista enfatiza a "importância do salário mínimo na interacção com outras políticas destinadas a ajudar os trabalhadores com baixos salários".

Por isto, Krugman considera que a proposta de Obama é "boa para a economia", tendo o "apoio de uma esmagadora de eleitores, incluindo a grande maioria das auto-identificadas mulheres republicanas (mas não homens)".


no sítio dos desenhos

K
de Krugman,
como poderia ser 
de Keynes


O sofisticado genocídio


DN:

«Desemprego

Governo estuda corte no subsídio dos mais velhos

por Luís Reis Ribeiro
Vítor Gaspar é o ministro das Finanças
(...)»


extermínio não dirigido 
a grupos étnicos,
mas tendo por alvo
doentes e mais velhos

Universidade Popular do Porto - ciclo de debates


domingo, fevereiro 17, 2013

Dia dedicado ao associativismo, ao teatro, à amizade

Depois de um dia como o de o de ontem,de enorme manifestação nacional em 24 cidades do País, em que fui "mais um" de muitos, muitos mil, hoje - para mim - vai ser um dia dedicadao ao teatro, à amizade, ao convívio.

Transcrevo um trecho do que vou começar por dizer, a abrir um esoectáculo:

«O OVO e as GALINHAS,
os QUINTAIS e as VIZINHAS
A direcção da Asssociação Recreativa e Cultural Atouguiense. resolveu reanimar a sua secção de teatro. O que merece elogios e apoio!

Para isso, começou por pedir a ajuda de dois vizinhos e, depois, a 12 outros, formando-se um pequeno grupo entre os com pouco mais de 10 anos e um com quase 80, grupo que durante semanas a fio ensaiou um divertimento que aqui vos traz.

Ora o teatro é como as omeletes, não se faz sem ovos e muito trabalho. Vai aqui ser contado o que resultou desse trabalho. Não é uma peça de teatro. É um divertimento teatral. É um contar que transpõe para uma aldeia nossa uma estória que um grande escritor – Luandino Vieira, com registo de nascimento na Lagoa do Furadouro, outro vizinho portanto – escreveu, sobre factos passados no musseque de Sambizanga que termina assim:

“Minha estória.
Se é bonita ou feia, vocês é que sabem. Eu só juro não falei mentira e estes casos passaram nesta nossa terra de Luanda”.

Eu resumi a estória, dei-lhe uma volta para ser como se se tivesse passado nestes nossos lugares da Atouguia; o Paulito deu-lhe os seus toques e talento de homem de teatro, todos os amigos se esforçaram para que a história possa sair bem contada e divirta. (...)»

Para este domingo





pequena serenata diurna

Vivo en un país libre
cual solamente puede ser libre
en esta tierra, en este instante
y soy feliz porque soy gigante.

Amo a una mujer clara
que amo y me ama
sin pedir nada
o casi nada,
que no es lo mismo
pero es igual.

Y si esto fuera poco,
tengo mis cantos
que poco a poco
muelo y rehago
habitando el tiempo,
como le cuadra
a un hombre despierto.

Soy feliz,
soy un hombre feliz,
y quiero que me perdonen
por este día
los muertos de mi felicidad.


sábado, fevereiro 16, 2013

Seus marotos... sempre na brincadeira!


De rastos e em queda livre. Este é o estado da economia portuguesa, após um ano e meio de intervenção externa, mais de 10 mil milhões de euros em austeridade e uma política europeia marcada pela lentidão.

se fossem p'ró...

Até já!

Vamos a caminho!

E vamos encontrarmo-nos todos
mesmo que centenas de quilómetros
pareçam separar-nos
 

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Até, amanhã, camaradas... por todo o País

Para ouvir e reflectir

A Assembleia da República "infiltrada"... isto vai...

... com a ajuda de alguns que já lá estão!

Grande Manifestação. Nacional. Descentralizada

É amanhã.
E é Nacional!



Angra
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deCRESCIMENTO ECONÓMICO

Diz o provérbio popular"cada cavadela, cada minhoca". Assim parecem ser os nossos dados estatísticos, em resultado das políticas que se prosseguem .
Ontem, foi o dia do desemprego, com 16,9% da população activa, quase 1 milhão "estatístico";
hoje, é o dia do decrescimento económico, com uma subida para baixo de 3,8%, ultrapassanndo previsões (de vária origem) e expectativas (falãciosas e adiadas sucessivamente).
INE:

















O sentimento de desastre instala-se aos poucos. Mas o que é impressionante é a desfaçatez com que os organismos que deveriam ser objectivos disfarçam, ou enroupam, as suas informações numa linguagem verdadeiramente absurdo. Parecem violinos a tocar enquanto o barco choca com o iceberg.
Repare-se como se quer que seja lido o resumo:
  • o contributo positivo da procura externa diminuiu significativamente; 
  • verificando uma diminuição menos acentuada das Importações ... e uma redução das Exportações ...;
  • a procura interna apresentou um contributo menos negativo ... sobretudo a redução menos expressiva do Investimento.
decrescimento económico
desemprego

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

OUTRA INFORMAÇÃO - Sondagens na Rússia


No avante! de hoje:

«Sondagem recente confirma
URSS valorizada

O total de russos que valoriza o sistema soviético em detrimento do actual, aumentou sete por cento no espaço de um ano. De acordo com uma pesquisa de opinião realizada pela consultora Levada, 36 por cento dos cidadãos considera o regime político da URSS o melhor para o país, contra os 29 por cento que o defendiam em 2012.
Segundo os mesmos dados, o total de defensores do regime democrático burguês caiu, no mesmo período, de 29 para 22 por cento, e apenas 17 por cento dos inquiridos afirma a lealdade ao sistema político em vigor, menos três por cento do que no ano passado.
A sondagem é ainda mais clara quando os russos são questionados sobre a organização da economia e as relações sociais de produção. Os resultados divulgados pela Levada indicam que 51 por cento dos entrevistados apoiam um modelo baseado na planificação e distribuição de recursos pelo Estado, contra 49 por cento o ano passado, enquanto que apenas 29 por cento se mostra favorável ao livre mercado e à propriedade privada dos meios de produção (36 por cento em 2012).
O estudo foi efectuado entre 18 e 21 de Janeiro, em 130 localidades de 45 regiões russas, com um total de 1600 questionários.»

A notícia é interessante
... e faz pensar!

(além do facto "noticioso"
de que o que é dito ser
um aumento de 7%
ser, sim, de 7 pontos percentuais
o que corresponde a um aumento de 24,1%
- 7/29*100 -
mas isto deve ser problema meu...
e incurável ao que parece!)