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Ontem, como
de costume, ainda ouvi o Eixo do Mal e ainda li um bocado bom do Expresso...
depois de feita a higiene, a minha e a
da loiça do jantar.
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Por
isso, os meus dormires, sendo sempre repousados e de nunca menos de 6/7 horas,
são também agitados (por dentro, lá no fundo das meninges), e acordo cheio de
“coisas para escrever”.
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Depois…
fica sempre muito por escrever!
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Mas…
voltando aos “eixos do mal” e quejandos, a sessão de ontem foi verdadeiramente
um espectáculo.
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Que se junta a outros que nos estão a ser oferecidos por “quadraturas do círculo” e
(muitos) outros comentadores, e melhor se grafaria comenta dores – incluindo o comentador-mor que agora é o
mor-candidato.
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No
“eixo” de ontem, aqueles inteligentes, preclaros, espirituosos, protagonistas,
que 5 são, funambularam em grande.
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Diria
que passaram o testemunho do título com que se apostrofam para um trio que,
esse sim, eixo do mal seria, formado por Passos Coelho-Maria Luís-Carlos Costa,
verdadeiros mafarricos no caso Banif, com a cobertura da capa negra-rubra da
Comissão Europeia para que fosse limpa a “saída da troika” e melhores os
resultados eleitorais, quando tudo fazia prever (e prevista foi!) o desastre
banifento, documentado há meses que somam anos dispensando ter de se fazer
um desenho.
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No
entanto, depois de identificados os verdadeiros “maléficos do eixo” (a que se pode
juntar o terem somado essa figura sombria e incontornável de Cavaco Silva), ainda sobrou tempo, aos detentores do tempo de antena, para tratarem – e de que maneira! – Paulo Portas,
merecidamente chamado de “artista” abaixo de toda e qualquer consideração ou
atenuante, uma verdadeira vergonha, e para umas bicadas para a Madame Lagarde.
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A
imagem que guardei, e alindei durante as horas de sono-repouso, foi a de estar aquele
quarteto/quinteto, com a sua superioridade e brilhantismo intelectual,
cultural, polítical (ou politiqueiro) a "surfar" na onda do Banif e demais bancaria, não em
cima de pranchas mas no convés de um iate, em cadeiras de bordo e copo na mão.
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Mas
as ondas estão altas!
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E
confirmo a firme convicção de que a realidade se impõe, até a quem quer fechar
os olhos a ela, obnubilados pelo nevoeiro nos seus iates ou torres de marfim e muita
erudição e demasiado (e selecionada) informação
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mas que há uma fronteira que não passam!
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A fronteira que pode fazer viajar até às causas fundas, a
uma “leitura da história” que os leve a relê-la e a re-escrevê-la sem
esquecerem o contributo de Marx.
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À especulação (irmã adoptada da exploração da mercadoria força de trabalho) e à luta
de classes que estão nos caboucos da realidade que os rodeia, em que vivem.