Amanhã, dia 6 de Dezembro vai haver eleições na Venezuela, mas o conhecimento desse facto aparentemente muito relevante, não aparece na nossa (ou melhor: na “deles”) comunicação social.
Já se estava atento, e mais desperto ficou quando, na última leitura do dia, na última página do ávante!, apesar do exemplar ser quase todo dedicado ao XXICongresso:
Aliás, também ontem, em
da OEA
sobre direitos humanos
AbrilAbril
4 DE DEZEMBRO
DE 2020
Jorge Arreaza recordou que a Venezuela não
é membro da OEA e acusou o seu secretário-geral, Luis Almagro, de «liderar a ofensiva» contra o país
sul-americano, a poucos dias das eleições parlamentares.
Num comunicado emitido esta
quinta-feira, o governo da Venezuela rejeita de forma categórica um relatório
apresentado no dia anterior pela Organização de Estados Americanos (OEA) sobre
alegadas violações de direitos humanos no país caribenho, e no qual se critica
a «inacção do Tribunal Penal Internacional» (TPI).
O ministro venezuelano dos Negócios
Estrangeiros, Jorge Arreaza, denuncia que o relatório da OEA foi elaborado com
o objectivo de questionar o trabalho do TPI, tendo como base difamações não
fundamentadas em matéria de direitos humanos na Venezuela.
«O referido informe, elaborado sem
qualquer tipo de verificação no terreno e a partir de fontes secundárias que não
configuram provas dos alegados factos enunciados, pretende interferir de forma
tendenciosa, extorsiva e inaceitável no funcionamento independente do TPI», lê-se no comunicado emitido pelo Ministério.
A diplomacia venezuelana acusa «o indivíduo que exerce o cargo de
secretário-geral da anquilosada OEA de não perder a oportunidade para mostrar o
seu desprezo pelos direitos humanos e aplicar um descarado [princípio]
selectivo [de] dois pesos e duas medidas, com fins meramente intervencionistas».
Refere ainda o governo venezuelano que o
documento publicado carece de «qualquer base jurídica relativamente à situação
dos direitos humanos na Venezuela», «constitui uma evidente operação de
propaganda contra as instituições e as autoridades» do país sul-americano, e «confirma perante a comunidade internacional
a prática infeliz e recorrente do desgastado secretário-geral da OEA de
levar a cabo acções que violam a Carta constitutiva da OEA».
«O Governo da República Bolivariana da
Venezuela lembra que a OEA e a sua Secretaria não possuem competências jurisdicionais
para se apresentarem como um tribunal internacional de direitos humanos, nem
para recolher informações que induzam à determinação de responsabilidades
penais internacionais em qualquer dos estados-membros», sublinha o texto.
Afirmando que a Venezuela não é um país membro da OEA, «nem voltará jamais a
pertencer» a esse organismo, a diplomacia venezuelana sublinha que esta
acção é mais uma das tentativas para boicotar e deslegitimar as eleições
parlamentares marcadas para o próximo domingo, com vista à renovação da
Assembleia Nacional, que se encontra em situação de «desobediência» desde 2016,
por não reconhecer os restantes poderes do Estado.
«No
entanto, no próximo dia 6 de Dezembro, o povo venezuelano dará outra lição de
soberania democrática ao mercenário-geral da OEA, bem como a qualquer agente
externo que pretenda interferir nos assuntos internos da Venezuela», destaca o comunicado.
&-----&-----&
Em contrapartida, na manhã de hoje, no que por hábito se consulta (Público e outras “fontes”) a Venezuela está ausente… mas decerto não estará nos dias seguintes as eleições, e talvez com referência ao TPI, à OEA e, eventualmente, a Pepe Mujica.
Veremos!
1 comentário:
Almagro,foi e é imposto pelo norte aos povos da América Latina.Profundamente fragilizado pelo seu relatório de fraude eleitoral na Bolívia,há um ano atrás,passou a valer menos do que um cheque sem cobertura .Bjo
Enviar um comentário