(com muitos saltos, porque um diário... é um diário)
08.09.2014
(resto de 05, 06 e 07)
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A viagem até à Atalaia foi fácil, sem nada para contar, apesar de
tanto ter dado para pensar, e que inevitavelmente se reflectirá nas notas
futuras.
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Dificuldade em estacionar, com os parques que costumo usar já
cheios, e atirado para o parque de recurso do Lidl… a encher,
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Entrei
a tempo de passar por Coimbra, recepcionado pela Né e pelo João, de ir “assinar
o ponto” a Santarém, e de irmos os três “de Soure” até ao comício de abertura.
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Que esteve bem à altura da Festa de sempre, e a deixar marca para
os 40 anos de Abril, os 38 de Festa e os 25 da Atalaia.
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Para este ano, o anúncio pelo Jerónimo da compra de mais terreno
para mais Festa, foi uma cartada grande política.
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Para fora (pegue-lhe ou não a comunicação social) e para dentro.
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Pela força que mostra, pela confiança que nos dá, a juntar a muitos
outros sinais do nosso “estado de saúde”.
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Ser de esquerda é não ter pressa, mas é - também - não perder uma opotunidade
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Ouvi o concerto com um lado de mim enquanto me “ambientava”.
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Sábado começou com um almoço de sopa de peixe em Santarém,
interrompido por dezenas de abraços e saudações, e pequena volta antes das 3
horas para o espectáculo do Samuel no 1º de Maio, que tinha sido reservado para
“encontro especial”.
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Depois, foi o melhor da Festa (quere-se dezer…), com a espera que o
Gonçalo me fez à saída da caixa da Festa do Livro, com terreiro guardado para
uma espécie de pic-nic, a começar com o "trio Oriana", depois alargado ao "quarteto João, Patrícia, Diogo e Pedro" – com a Zé (ainda deu para uns passos de mão-dada) e a Bela – e também aos Santas.
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Foi um bom momento, de onde partiram vários grupos para os seus
programas e caminhos.
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Eu ainda consegui uma pequena pausa antes do “à conversa com…”, com
o Eugénio Rosa e moderado pelo Capucho.
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E começou a chover!
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E chovia!
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Houve alguma debandada, comigo preocupado com os netos, e a resistir.
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E sai uma estórinha de viva, camarada, estás bom?…, num
cruzamento e abraço chapinado, debaixo da chuva que caía impiedosa:
- Viva camarada, estás bom?!
Resposta dele:
- Para pinto… não podia estar melhor.
E via-se, camarada Pinto, que logo correste à procura de tecto e
nem deste tempo para me ver rir da tua graça encharcada.
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Tanta foi a chuva e tão grande a molha, com quase mergulho num
inesperado riacho à porta da Maria Fernanda, lá para as duas da manhã, que me
deitei, mal enxuto e com dores por todo o corpo, cheguei a duvidar se me levantaria
para voltar à Atalaia – até se teria roupa para o fazer – ou para regressar ao
Zambujal.
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Afinal, a manhã acordou ensolarada, reanimou-me, tinha roupa que
chegasse... e à Festa voltei.
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Voltei para a Atalaia, com a enorme alegria (e reconhecimento) pelo trabalho, dedicação, militância dos camaradas que, na madrugada, repararam todos os muitos estragos da chuva e inundações, e fizeram o sol sorrir para o último dia de Festa.
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(...) ouvi (o comício), deitado no espaço em frente do palco, do palco que pisei
durante 12 anos consecutivos.
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É bom ouvir, de frente, as posições do Partido e estas pareceram-me
muito interessantes, em particular uma referente à Conferencia
Inter-Governamental, não porque algo se possa esperar destes governos mas
porque a proposta nossa da sua convocatória pode reflectir e estimular alguma
mudança na correlação de forças,
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Ou levar a outros nomes, que não o que recuperámos – C.I.G. – para
uma mesma fórmula.
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Então o Cavaco, dótôr em dívida pública, não fala de renegociação…
desde que o nome não seja esse?… porque esse foi o nome que adiantámos no início deste calvário em
que o País está desde que caiu na armadilha da dívida externa.
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(...)
Acabado o discurso, quando me afastava para ver a cenografia da
Carvalhesa mais ao longe (coisa linda!) cruzei-me com um camarada.
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2ª estórinha de viva, camarada, estás bom?:
pergunta-me o camarada:
- Viva, camarada… estás bom?!
respondi-lhe eu:
- … se não estivesse agora quando é que havia de estar...?!...
E seguimos, cada um para seu lado. Em Festa.
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Depois foi a recta final, com a volta habitual, com um grupo a
actuar no café concerto, cheio de ritmo e animação, uma paragem no espaço da
Madeira, em grande e efusiva alegria, e uma última passagem pela esplanada, onde aceitei mais um copo… for
the road, e uns dedos de conversa num grupo.
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E fiz-me à estrada – 00:40-02:45.
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A ouvir noticiários de “um outro mundo”.
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E fiquei repeso por não ter podido ir ao jantar com o companheiro cubano (dos 5 de Miami).
8 comentários:
Passo a passo, abraço a abraço, chuvada a chuvada, a Festa da nossa alegria!
Excelente "caminhada" escrita!
O S. Pedro é reacionário!...
Sérgio,
este ano fui pela tua mão à Festa.
Razões familiares impediram-me, mas para o ano desejo uma vida normal.
Beijinho grande
Ana
"viva, camarada, estás bom?"
É que foi mesmo assim...
Jâ nao saberîamos viver sem a nossa Festa!Mesmo com a intensa chuvada,foi ôptima.P'rô ano hâ mais.
Um beijo
Bonita a Festa a nossa ainda mais colorida pelas tuas palavras.
Um beijo.
Artista babado… por fazer parte deste sumário de luxo!!! :-) :-) :-)
Um forte abraço!
A "minha"/nossa Festa, poderia ter sido quase assim, quase normal, mas não, nós do Norte não fazemos a coisa por menos e logo no 1º dia, estacionamos o autocarro a 200 metros da Ponte 25 de Abril, 2 horas! Diziam-nos adeus, mandavam-nos bocas, mas polícia ou outro autocarro...é coisa que não há.
Depois, fomos todos de táxi (15 táxis) a entrarem bem perto da Festa (com autorização da PSP), ainda consegui(mos) assistir ao grande Comício de abertura.
e os 3 dias foram passados tão rapidamente a trabalhar, porém, ainda abracei muitos Amigos e camaradas, e tendo assistido ao interessantíssimo Debate Conversa Com...Sérgio Ribeiro e Eugénio Rosa.
Estou à espera de ler mais folhas do teu diário.
GD BJ,
GR
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