17.09.2014
(...)
Entretanto, ontem à noite, respondi a um
des-a-fio.
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Ainda não o mandei e não sei se mandarei…
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Mas fica aqui a resposta:
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Dez-a-fio
Não
costumo responder a desafios deste tipo. Os 10 mais isto ou mais aquilo
(livros, filmes, canções). Temos tantas solicitações e tão variadas que
dez-a-fios não me tentam. O facto é que, desta vez, me puseram a pensar quais
os 10 livros (de ficção ou quase…) que mais me teriam influenciado, e desa…tei
a fazer uma lista.
Não
sei se sairão dez, nem estou certo que terão sido os que mais me influenciaram
(no sentido de ter ficado diferente ou mais o mesmo depois de os ter lido). Mas
que muito me influenciaram é tão evidente que, ao soltar a memória, esta os
trouxe para a lista.
Começo
cronologicamente, e cronologicamente procurarei continuar:
i)
livros
de Júlio Diniz (porque
despertaram, ou acirraram, o gosto de ler, e de conhecer o País de que sou… e
que não era, nem é, bem aquele…)
ii)
As
vinhas da ira, de J. Steinbeck (pelo que me deram, em ficção, a
lição – de vida, de economia – que muitos tratados não tratam ou escamoteiam)
iii)
A
mãe,
de M. Gorki (pelas
mesmas razões)
iv)
Os subterrâneos da liberdade, do Jorge
Amado (os três
volumes comprados, em 1958, em Luanda, e aí começados a “devorar” – eram em Santos, três soldados, baioneta
calada…)
v)
Djamilia,
de T. Aitmantov, e Serioja, de Vera Panova (porque companheiros inestimáveis
de tempos de muita leitura e reconstrução, no Aljube e em Caxias)
vi)
Levantado do chão, de José Saramago (pela revelação de um enorme
escritor, que era um amigo, a contar-nos a revolução e a reforma agrária)
vii)
O
ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago (porque me relata, ao vivo, o que
foi o meu primeiro ano de vida, 1936)
viii)
E
do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto, de Rubem Fonseca
(quase só pelo
título, que se me agarrou…)
ix)
Dias comuns, de
José Gomes Ferreira (diários que estimulam e ensinam – o que não quer dizer que
eu tenha aprendido – a contar a História por cada um vivida)
x)
Embora
muito recentes, ainda a tempo (sempre é!) de me influenciar:
a. Leite derramado, de F. Buarque de Holanda (pela surpreendente compreensão da
velhice)
b. O animal moribundo e O Fantasma sai de cena, de Philip Roth (pelas mesmas
razões, embora sem surpresa…, e pelo enorme escritor que é)
c. Chagrin d’école, de Daniel Pénnac (por, como todos os livros deste autor, ser o que e como eu
gostaria de saber escrever)
d. Nós, de Helder Macedo (porque, sendo um snsaio, me ter feito redescobrir Cesário
Verde e nele me fixar – Se eu não morresse nunca/E eternamente buscasse e
conseguisse a perfeição das cousas…)
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Foi o que saiu!
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Se fosse hoje, 18, teria saído outra lista...
4 comentários:
vou fazer um 'like'...
e transpõe-lo para o teu blog. obrigado
Olá Sérgio. Fiquei muito contente por pores o Júlio Diniz nos dez livros que te disseram algo. É que eu também gosto muito de Júlio Diniz, ainda hoje, e considero que, embora de uma forma romântica, os ideais do liberalismo são ali muito bem apresentados e os problemas sociais não deixam de ser abordados. Gosto de todos, mas a minha preferência vai para os Fidalgos da Casa Mourisca.
Um abraço.
Dez entre muitos outros.Tenho a certeza que nao foi tarefa fâcil ,este dez-a-fio.
Bjo
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