domingo, setembro 14, 2014

dias de agora (de ontem para hoje) - estórias de "a-bemdezer" e malfazer (de malfeitores) - 2

13.09.2014

Acordei à hora normal mas readormeci até tarde.

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De cansaço?

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Com mais uma estória de a-bemdezer e malfazer, de bemfalantes e malfeitores, na cabeça.

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Mas fica para daqui a pouco, pois abri o email e tenho (boas!) notícias, que se anteciparam á escrita.

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O Avelâs respondeu ao meu envio de ontem – da versão revista do meu texto para o Boletim – com um mail à sua maneira, amiga, leve, rigorosa, ainda com duas ou três judiciosas sugestões e o... imprimatur…

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Assim se aproxima do fim, com um texto de 48 páginas, um episódio que teve importância no meu permanente processo de auto-avaliação e auto-crítica.

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Resumiria dizendo(-me) que foi um teste que teve aprovação exterior que muito valorizo, após trabalho e reflexão (ou vice-versa), e alguma auto-satisfação.

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Com tanto auto, devo querer dizer(-me) que sou (ainda?!) capaz de andar… pelo menos de bicicleta.

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Fazendo “ponte” para a estória que meio-a-dormir fui engendrando, deixaria  acrescentado que, nesta “volta ao mundo das ideias económicas” por onde andei à boleia do camarada Avelãs Nunes, me cruzei com a Economia Política como ideologia(s) de classe.

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E confrontei o pior do keynesianismo – “a longo prazo todos estaremos mortos” – com o pior do monetarismo – a pressão de um curto prazo "infernizado" a ter de se “aguentar” com vista a um médio e longo prazo ilusório, mentirosa e demagogicamente proclamado e assacando culpas a um passado de que “outros” seriam responsáveis –, sempre com o individuo a prevalecer dominantemente sobre o colectivo, a solidariedade, a fraterna convivência nos dias que coexistimos.  

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Tudo isto casando-se numa ideologia imposta pelos poderosíssimos meios de comunicação, segundo os quais – apesar dos lados aproveitável do keynesianismo: a macro-economia, a procura efectiva, a intervenção do Estado – o que conta é o “caso”, o que vale é a minha vidinha… e que que se lixe a do vizinho, a culpa é do Estado que não se devia meter no que não é chamado a não ser para fazer recair sobre todos-muitos as volumosas custas dos enormes benefícios que alguns-poucos abocanham.

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Então…e a estórinha de bemfalantes e malfeitores vem ou não vem?

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Vem!, embora já por aí esteja.

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Era uma vez um banco e uma família que de banqueiros se tornou. Centenários, o banco e a família. Foram-se adaptando aos tempos, a família e o banco. Com eventual ajuda divina de que o nome invoca lembrança.
Sempre os ventos lhes estiveram de feição, tirando um hiato em que se recusaram jogar um jogo que deles – banco e família – não era, porque impunha interesses e valores de outros, do povo, hiato em que teriam, estando na mó debaixo, salvaguardadas ou postas em lugares seguros condições suas para poderem regressar aos comandos de onde tinham sido retirados.
(Na estória que se conta, salta um parenteses com uma adaptação de dito popular; se se diz que a ocasião faz o ladrão, só o ladrão a aproveita e até há ladrões que são quem faz as ocasiões).
Assim sendo, e recuperado o que retirado lhe fora, reencontrada a família com o seu banco, reagarradas as rédeas que por uns tempos lhe tinham fugido das mãos, houve, entre eles, quem se julgasse… dono disto tudo. E tê-lo-ia sido até que a máquina infernal e sempre contraditória derrapou, como é inevitável em curvas apertadas e sob intempérie, e só se tem pé direito para o acelerador. Perante o estampanço não escamoteável, o que foi criado – pelo sistema – para evitar desastres teve de intervir após o desastre. Não importa – aqui – repartir as responsabilidades entre quem sabia ou não sabia o que todos sabiam, entre quem informou ou não informou quem tinha o dever de estar informado. A questão não é –aqui, nos dias de agora – a partilha de responsabilidades, é pôr o dedo em riste a apontar a responsabilidade ao funcionamento do  sistema, ao capitalismo, ao seu modo de produção transformado em impossível modo de não-produção.
Em emergência, as entidades e meios de prevenção que não preveniram nadad arranjaram uma "solução" e encarregaram de parte dela uns fautores de um novo banco, expurgado do que seria mau do velho banco. Gente de tão intra reconhecida valia que até conselheiro à maneira do antanho era o chefe Bento. A manobra estava ao nível das cont(H)abilidades próprias do sistema e suas emergências. Mas se tudo partia de baralhação à procura de baralhar de novo (banco…) surge, inopinada, nova embaralhação, mudança de táctica, o que quer que seja, que levou a tal equipa fautora a ir-se embora, a bater com esta porta por não se considerar fautora de coisa nenhuma e, ao que parece, não querer ser vendedora de um novo (banco) que ainda não é.
Isto só mostra desorientação ou orientação a mais. E/ou de longe, ausente de qualquer soberania de aqui.
Entretanto, a família que do banco (velho) era, parecia ter entrado em desgraça, ou no olvido. Mas o antigo chefe de família vai mudando de escritório, de hotel de luxo em hotel de luxo.

A estórinha continua. A História também! Não serão é convergentes.      

3 comentários:

GR disse...

Incrível esta família de 400 e tal membros, a comerem do mesmo tacho, desde o tempo do fascismo, até aos dias de hoje.

Quase posso dizer que está é mais uma estória que vai ser paga pelo povo português...será?

Bjs,

GR

Antuã disse...

Eles continuam a comer tudo com a ajuda dos partidos da troika.

Graciete Rietsch disse...

O grande culpado de toda a desgraça que hoje vivemos é do sistema e dos seus servos O CAPITALISMO. Mas nem sempre durará. Eu acho mesmo que está nos estertores da agonia. Mas a agonia é lenta e alimentada por grandes poderes o que impõe uma luta cada vez mais forte e mais dura.
Um beijo.