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3. Portugal está, como é seu
destino (geográfico e histórico), no meio das encruzilhadas.
O 25 de Abril tem só (!) 46 anos, o que, até como idade de humanos, é ser jovem. E resiste como salto e projecto.
Apesar das sucessivas
revisões (7), a nossa Constituição permanece privilegiando opções de base, sufragadas
por esmagadora maioria (só o CDS votou contra): independência nacional,
garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos, valorização do trabalho e dos
direitos dos trabalhadores, coexistência do sector público, do sector privado e
do sector cooperativo na organização económica, subordinação do poder económico
ao poder político democráticO (embora na
teoria a prática seja outra ou vice-versa). E tem a sua classe operária e
de todos os trabalhadores organizada num partido firme na sua ideologia. Com
100 anos de luta
Neste País que é o nosso, se o que acontece aqui não nos pode ser indiferente, também não o é para o mundo. E o PCP
está a viver um ano de particular importância por ser de Congresso ordinário,
assim dispensando o congresso extraordinário que, sem este congresso ordinário
que se aproxima em condições de enorme dificuldade, poderia justificar-se dado
o momento histórico, como todos o são igualmente mas este é-o particularmente.
No contexto que se desenha, depois
de uma fresta que foram os BRICS enquanto países emergentes (agora integrando
um Brasil à deriva a juntar à heterogeneidade), estamos a viver um momento (e
nunca é mais que um momento) de globalização por emergência, que não terá sido
provocada desde o início mas é aproveitamento descabelado cavalgando uma crise
que se aproximava à desfilada. Em que a correlação de forças sociais será
determinante e, nela, a luta de classes a vários níveis.
(...)
1 comentário:
Verdade,grandes tumultos sociais vão ser uma certeza a nível global.Bjo
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