4.
Com a queda do muro, deixava
de haver - simbolizado enganosa e enfaticamente pelo muro de Berlim e pela U.R.S.S. - mundo socialista, e também,
por arrasto, não alinhados e terceiro mundo.
Teria passado a haver um só mundo, com um único modelo, e
atingia-se – houve quem o afirmasse – o fim
da História.
A partir de então,
pretendia-se (impunha-se) que a divisão a fazer fosse entre desenvolvidos,
menos desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, numa não-inocente e até perversa confusão de conceitos de desenvolvimento (redundantemente económico, regional, cultural, social) e de crescimento (dito económico, medido - e comparado - com indicadores estatístico-economicistas como PIBs e derivados).
Um só mundo, com um único modelo, o herdado de Bretton-Woods,
sempre violentamente imperialista, mesmo quando derrotado - Coreia, Cuba,
Vietnam, Chile, Portugal - e a ter de suportar corpos e tendências espúrias, enquanto não possíveis de extirpar a qualquer preço (em US$ inconvertíveis, isto é, sem credível valor material, real) .
Só havia que instalar os…
direitos humanos!
Os direitos humanos… com a
ajuda da NATO, claro…, que essa (Organização do Tratado do Atlântico Norte, não
se esqueça) foi criada para o mundo todo e para sempre, mesmo depois de acabar
aquilo que servira de pretexto para ter nascido em 1949: defender o mundo
(todo?) de um pacto agressivo do outro mundo… Pacto que, por entorse
cronológico, só foi estabelecido (em Varsóvia) em 1955, depois de, ela-NATO,
existir e já crescidinha. Coisas…
Morreu o Pacto de Varsóvia?!
Viva a NATO (como OTAtlantico-ATO, OTPacífico-PTO, OTIndico-ITO e outros se mais oceanos houver)!?
Viva a guerra, versão anglófona de Viva la muerte.
Era a globalização!
continua
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