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1. Tenho lido e escrito muito sobre a crise-coronavirus. Desde 2 de Março em quase-isolamento, mas não desde logo em emergência ou confinamento.
1. Tenho lido e escrito muito sobre a crise-coronavirus. Desde 2 de Março em quase-isolamento, mas não desde logo em emergência ou confinamento.
Entretanto, no começo da semana de 16 de Março tudo começou a
precipitar-se , houve o alerta e medidas correlativas para culminar com a 4ª
feira, 18, da declaração de emergência.
Descortinavam-se, diria assim, duas evoluções paralelas e desfazadas.
i)
Uma, ilustrada pela situação e evolução da China, com uma abordagem de
Estado, colectiva e de direcção única;
ii)
outra,
no sistema capitalista, com uma abordagem contraditória e descontrolada,
baseada numa ideologia individual, prevalecendo interesses de classe e
egoístas, não diria conspirativamente planeada mas de dinâmica de
aproveitamento estratégico, em que o Estado é serventuário do poder mais
financeiro que económico, dada a correlação de forças sociais. Noutros termos, em que
a política está dependente da economia-financeira, e à escala global.
Passo-a-passo fui criando, nas minhas elucubrações, uma previsão
adensada (dialéctica) de que se caminhava, precipitada e rapidamente, para a
abertura de um caminho que nos colocaria perante um salto qualitativo:
ou
para uma rotura positiva resultante de resposta de povos e Estados à crise
económica permanentemente em gestação no capitalismo e de certo modo em
descontrolo… mas, para isso, com que forças organizadas e como?;
ou
para um abismo (com sinais denunciados – então e desde então –, por exemplo, em
crónicas internacionais de Jorge Cadima e trabalhos de José Goulão, que são
assustadores), para um desastre civilizacional, planetário.
continua
1 comentário:
Um salto de consequências imprevisíveis.Bjo
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