terça-feira, janeiro 31, 2012

Desemprego no final de 2011 quase nos 14%! - É este o caminho?

Em Diário Económico :

Eurostat (act.)
Portugal fecha 2011
com desemprego recorde de 13,6%
Rita Paz
31/01/12 10:00

A taxa de desemprego em Portugal agravou-se em Dezembro para 13,6%, a terceira pior do euro, anunciou hoje o Eurostat.
Os dados do Gabinete de Estatística Europeu mostram que a taxa de desemprego em Portugal subiu 0,4 pontos percentuais em Dezembro face ao mês anterior. Portugal fica assim na terceira posição do 'ranking' dos países da União Europeia (UE) com a taxa de desemprego mais elevada, apenas atrás de Espanha (22,5%) e Irlanda (14,5%).
No que toca à zona euro, a taxa permaneceu nos 10,4% em Dezembro, o valor mais elevado em quase 14 anos. Na UE a 27 o desemprego atinge 9,9% da população activa.
"Face a Novembro de 2011, o número de pessoas desempregadas aumentou em 24 mil na UE, e em 20 mil na Zona Euro", refere o comunicado do Eurostat publicado hoje, acrescentando que, em termos homólogos, registou-se uma subida de 923 mil desempregados na União Europeia e de 751 mil nos países do euro.
As taxas de desemprego mais baixas foram registadas na Áustria (4,1%), na Holanda (4,9%) e no Luxemburgo (5,2%), que vivem em pleno emprego.
Para a Grécia não há valores. No entanto, é de esperar que o número de desempregados seja também muito elevado, já que os dados de Outubro - os mais recentes - apontam para uma taxa a rondar os 20%.
Em relação ao desemprego nas camadas jovens, este foi de 21,3% na zona euro e de 22,1% na UE, com Espanha também aqui no topo da tabela (48,7%), logo acima da Eslováquia, onde 35,6% dos jovens estão sem trabalho. Portugal ocupa o terceiro lugar do ranking com uma taxa de desemprego entre os jovens de 30,8%.
Por género foram as mulheres (10,6%) que mais sofreram com o desemprego na zona euro. A taxa nos homens é de 10,6%.
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7 comentários:

Mário Pinto disse...

Seria interessante saber da qualidade desse emprego, por exemplo na Alemanha.

Um abraço

Ricardo O. disse...

Esta notícia, sendo incapaz de transmitir toda a dimensão e todo o segnificado do desemprego, exige que se reflita sobre as suas causas.

... Diria mais... Não podemos deixar de colocar o emprego e o desemrpego enquanto fonómenos centrais, enquanto elementos centrais do que deveria ser, do é necessário que seja uma política económica e social.

trepadeira disse...

O desemprego,se somados os "empregos" fictícios e aqueles que,por não terem nenhum apoio,deixaram de se inscrever nos centros de (des)emprego,mais os apagados à pressa,por não responderem a um qualquer papel,é bem mais do dobro.

Um abraço,
mário

Sérgio Ribeiro disse...

CRN - A qualidade? Neste caso, seria a qualidade do desemprego. De níveis etários e escolares, com que duração, com que protecção social, conquista que só o 25 de Abril nos trouxe... porque conquistada foi.

Ricardo O. - Pois é. Ao falar-se do desemprego ESTATíSTICO tem de se falar do emprego, a outra face da moeda, elemento central de uma política económica e social. Lembro um plano de médio prazo, 1977-80, com o título-estratégia emprego e necessidades essenciais em Portugal... Antes da invasão da estratégica CEE-FMIstica.

trepadeira (Mário) - EStes valores são estatísticos, do Eurostat, com base em informações de cá para lá. Podem, e devem, acrescentar-se uns pontos percentuais.

Abraços

Graciete Rietsch disse...

Só para desanuviar. Como se diz que Portugal é um país de malandros que não querem trabahar pois empregos não faltam, podemos dar-nos por felizes pois acabamos por ter, mais ou menos,apenas 13,6%de preguiçosos.

Um beijo.

Olinda disse...

E nao vejo nenhuma vontade política de reverter a situaçao.Continua-se,obstinadamente,seguindo cegamente a política neoliberal,que está completamente falida.É o caminho de um grande desastre,para Portugal.

Mário Pinto disse...

Certo. Referia-me, porém, aos minijob que têm sido o acicate da economia alemã.
Imaginar minijobs em Portugal, será assumir um ordenado de €250 por 8 horas diarias.

Um abraço