Não obstante a declaração formal da decisão de nos demitirmos de “economista”, dada a péssima frequentação dessa categoria profissional, continuamos a ler e a reflectir como economista. É talqual um vício ou andar de bicicleta…
Mesmo nos meios de comunicação generalistas, é pelas secções económicas que mais nos perdemos, nesta prática quotidiana do vernáculo a que esta “informação” ao serviço do capital financeiro nos vai obrigando. Na verdade, por exemplo (e para mau exemplo...) abre-se a televisão para "ouver" os noticiários e não tarda nadinha estamos a clamar alto e bom som aquilo que as nossas mãezinhas nos castigavam por sequer pensarmos em voz baixa.
Adiante…
Íamos dizendo que nos perdemos pelas “informações económicas”. No nosso caso concreto, expressamente habituados a folhear um semanário, deixámos de ler quase tudo (além dos títulos), mas continuamos a ler Nicolau Santos. Que, de vez quando, acerta. E até nos faz lembrar aquela anedota do fulano que para responder à acusação de que “dava umas no cravo, outras na ferradura” dizia “… pois, eles nunca estão com os pés quietos…”
Acontece que, neste último Expresso, e não para nos dar razão, sob o título de “Boas e más notícias no reino de Gaspar”, NS arrola uma série de más notícias, e que o são mesmo, quer na perspectiva estritamente técnica (haverá disso?), quer do ponto de vista da economia e da sociedade portuguesas, acabando a colocar uma dúvida crucial (e, para ele, existencial) “como é que esta receita (atrás enunciada) conduzirá a um país mais justo, dinâmico e competitivo, é um mistério que transcende a teoria económica”. Pois é, e a solução do "mistério" está no cadinho da economia política (do capitalismo em fase de financeirismo transnacional).
No entanto, não acaba aqui o artigo de NS, cujo ele, depois de 6 parágrafos (longos) sobre as "más notícias no reino de Gaspar", se sentiu na obrigação de acrescentar um parágrafo (curto) sobre as "boas notícias".
Começa assim: “Mas há boas notícias”. A elas (que é uma só, nos referiremos em próxima mensagem. Porque acordou o economista (e docente decente) precariamente demitido que vive em nós, num nó apertado…
2 comentários:
Qual será?
Um beijo.
Excelente texto, no tom irónico certo e que é sempre subversivo!
Vamos lá ao resto...
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