quarta-feira, janeiro 25, 2012

Uma entrevista para ser lida, relida e reflectida - 3


Ao chamar-se a atenção para esta entrevista, cumpre-se uma tarefa. Não só militante. Também informativa.

Se o primeiro grande título é o de que "A alternativa nascerá da luta de massas", releva-se ainda mais esta afirmação com um trecho da entrevista em que Jerónimo de Sousa diz "Esse é o grande desafio que está colocado. Há quem ache exagerado, mas não é, quando colocamos o desenvolvimento da luta de massas como o factor determinante que pode ajudar à criação de condições para os objectivos que nos propomos. Bem podemos participar valorativamente no quadro institucional, bem podemos fazer reflexão em tese sobre estas magnas questões, que aquilo que é fundamental é o desenvolvimento, a intensificação e a multiplicação da luta de massas."

Outro tema para que a entrevista - e Jerónimo de Sousa - chama a atenção, de forma particularmente forte, é para a realização do Congresso. Cuja preparação, sublinha, não pode ser secundarizada.
É que, tendo os congressos do PCP três fases - preparação, discussão e realização -, nelas se procura sempre envolver o maior número possível de militantes, bem ao contrário dos congressos dos outros partidos em que os militantes apenas contam - tal como os cidadãos - para votarem moções ou líderes.
Jerónimo de Sousa sublinha que o Partido "não suspenderá as tarefas e lutas que estão em curso. Ou seja, não fechamos para Congresso mas também não podemos subestimar ou secundarizar a preparação e a discussão congressual e o envolvimento do nosso colectivo partidário."
Assim o tem sido sempre e, para mais, a realização em 30 de Novembro e 1 e 2 de Dezembro irá cair num momento em que a luta estará mais acesa, e a sua preparação e discussão acompanhará um período em que se sentirão intensamente as consequências da aplicação do pacto de agressão com toda a sua gravidade na realidade política, económica e social da sociedade portuguesa. 

1 comentário:

Graciete Rietsch disse...

A crise afeta o mundo, mas afeta particularmente Portugal, porque o País tem sido governado por cúmplices de um capitalismo feroz que pretende ,com sobranceria, esguer-se acima da crise que consigo transporta.
E, nem podia deixar de ser, bem diz o camarada Jerónimo quando afirma que é importante a luta de classes,a luta contra a situação que nos é imposta, não secundarizando a preparação do CONGRESSO deste PARTIDO COMUNISTA que não se desviará dos seus ideais .

Um beijo.