sexta-feira, novembro 22, 2013

22 de Novembro - assassinato de Kennedy... por quem?

A propósito desta efeméride que vivi, há 50 anos, preso no forte de Caxias, e da história que (me) conto nos dias de agora (e que noutra altura ou lugar contarei), continuei, ao falar de espaços onde, a pensar neste "blog" e no que aqui colocar:

(...)

Talvez também no anónimo.

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É facto que o tenho abandonado um bocado.

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Terá deixado de ser o meu lugar de comentário “ao momento”.

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Muito o justificará, embora o sinta um pouco como uma certa falta minha para com alguns companheiros com quem, através dele, mantinha um contacto quase quotidiano muito estimulante (Graciete, Olinda, Antuã, GR).

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Que fazer? (a pergunta do costume!)

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Deixar andar… sem ser ao deus dará.

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O espaço mantém-se, a realidade a comentar abunda, a receptividade expressa escasseia, novas preocupações me tomam, para outros sítios e actividades sou convocado.

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Mas, no caso, será decerto uma questão de apetência porque de uma coisa não é certamente: de falta de assunto e de vontade/necessidade de intervir.

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Estamos a atravessar dias… de agora e (talvez) decisivos!

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(Há os que o não sejam?)

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Ontem, foi um dia D, com a manifestação dos polícias (mas já nos esquecemos dos "secos e molhados?", e que tudo é sempre um processo?) e com aquela “coisa” do dr. Mário Soares, em que também estivemos representados.

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Mas não me resigno a ouvir e calar, a saber e a aceitar, a sentir e a consentir.

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Como escrevi em comentário a um texto em que, muito acertadamente, é citado Lenine (…Foi o mesmo Lênin que nos ensinou a não confundir alvos, a defender alianças com aliados “instáveis, inconsequentes e vacilantes”, no livro “Esquerdismo, doença infantil do comunismo”, escrito três anos depois da grande Revolução de Outubro, na Rússia.) também acho que não se podem confundir os “aliados instáveis, inconsequentes e vacilantes” com os que estão ao serviço da outra classe, sempre e em todas as circunstâncias, com os têm bem definidos outros alvos e  só vêem em nós um apoio (uma muleta) para as suas escaladas, enquanto o formos e nunca um aliado para a luta contra a classe que servem.

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Esses não são instáveis, inconsequentes e vacilantes, são estáveis, coerentes e firmes na sua luta contra nós e o que defendemos.

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O que, diga-se, é natural até porque a sua concepção de vida e de ser humano, a sua ideologia (e a sua prática coerente, a sua pragmática dentro da classe) é outra, ausente da perspectiva da luta de massas como motor das transformações sociais e da existência de classes.

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Quer dizer, do Socialismo como futuro da Humanidade.

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Do lado deles, desses, há irredutibilidade, isto é, estabilidade, coerência, firmeza.

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Do nosso, também tem de haver, com toda a abertura para as alianças com os “instáveis, inconsequentes e variáveis”.

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O que não significa menoridade, talvez até, em muitos casos, exigência e busca de rigor e perfeição.

2 comentários:

Olinda disse...

Alguma reflexao,sobre o momento.Como sempre,parece pouco,mas desmistifica bem os bem intencionados do costume.Sei,que precisas de lavrar por mais campos,mas neste,as sementes semeadas,nao sao em vao!
Tenho aprendido muito contigo.Obrigada,camarada Anônimo!

Um beijo

Graciete Rietsch disse...

Aliados, sim, com todos os que desejam uma sociedade mais justa para todos e não com aqueles que utilizam, como prática corrente,os argumentos dos que lutam e sempre lutaram por um outro Mundo, para continuar a manter o seu aparente prestígio e os seus privilégios dentro da classe a que pertencem.

Um beijo.