sábado, novembro 23, 2013

Nos dias de agora, à esquerda!

Eu, militante confesso e assumido do PCP, me confesso (nos dias de agora):

(...)
Mas, entretanto, fui comprar o Expresso… e outras compras.

&-----&-----&

O que me levou a adiar a continuação da leitura do original do Chico Galiza.

&-----&-----&

Sobretudo por causa da notícia/reportagem sobre a reunião soarista da Aula Magna.

&-----&-----&

Que, pelo que vejo, me está a causar mossa.

&-----&-----&

Aliás, ontem, antes de pegar no texto do Chico Galiza, ainda ouvi a intervenção do Ruben de Carvalho (aqui reproduzida) na dita reunião, se calhar para me confirmar que ele fora lá (como o Miguel Tiago, e o Domingos Abrantes, e a Conceição Matos e, mais importante, o membro da Comissão Política Jorge Pires, que identifiquei nas tomadas de vista da televisão).

&-----&-----&

Em Defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social!

&-----&-----&

Como sempre, e antes de todos!

&-----&-----&

OuVi, e resmungo.

&-----&-----&

Não pelas palavras ditas (que poderia discutir), mas por o terem sido naquele “acto de cidadania” ao serviço do PS, do pior PS, do PS de Mário Soares, que se antecipa a coisas como a convenção:
para 8 de Dezembro (também discutível… mas outra coisa!)

&-----&-----&

E, ao mesmo tempo, a aparição, como que em cima de uma azinheira dessa “coisa” que se atreve a chamar-se Livre.

&-----&-----&

Há sempre uma “esquerda” que convém quando as gentes andam desavindas com as políticas e se corre o risco (quem?) de que elas tomem consciência (de classe!)

&-----&-----&

Porque há uma espécie de esquerda sem classe, ou que pactua com a classe dominante… porque, para essa dita esquerda,  não há classes e muito menos luta.

&-----&-----&

E, por isso, surge sempre oportunamente apadrinhada pela classe que domina.

&-----&-----&

Veja-se o que diz o Expresso (e que convém sempre ler porque sabe o que quer e diz o que quer que seja retido).

&-----&-----&

E tem enorme influência na opinião pública a formatar naquilo que expressa e faz televisão.

&-----&-----&

Tem este “toque cirúrgico”: «Pacheco foi, dos oito oradores, o mais aplaudido, ovacionado de pé por uma plateia que se diria maioritariamente de esquerda, tantos os presentes do PS, do Bloco de esquerda dos sindicatos. Mas também da APRE! ou das forças militares. (…)»

&-----&-----&

E por aí fora, sem uma palavra para as presenças de militantes do PCP (dirigentes, deputados) e à intervenção do Ruben.

&-----&-----&

É curioso. Muito se teria dito se não estivesse lá ninguém do PCP, anatematizando a ausência, como sinal de isolamento e de divisão.

&-----&-----&

Quando a luta está a ter carácter de massas, o MRPP, e os m-l todos, e a UDP com continuidade parlamentar, depois o reforço com um Bloco juntando tudo o que há de mais "à esquerda" e, quando este começa a perder poder de fogo… lá vem um Soares (à "esquerda da direita" ou à "direita da esquerda"?) e um Rui Tavares recauchutado depois de uma rodagem na estância Parlamento Europeu, para onde foi, em 2009, como 3º eleito desse Bloco da dita esquerda, e tirando o lugar ao que poderia ter sido o 3º da CDU.    

&-----&-----&

Não resisto a ir buscar, à estante, um volume da Vértice, de 1999, em que, para a questão Caminhos da Esquerda, escrevi um texto de que não me envergonho: A esquerda ainda existe?

&-----&-----&

Começava assim:



































&-----&-----&

Para terminar assim:
(…)



&-----&-----&

Há esquerda? Há!

&-----&-----&

Então… à esquerda! 



&-----&-----&

avante!

4 comentários:

Maria Fernanda Simões disse...

Texto excelente!
Há realmente uma esquerda consequente sempre ao lado dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos o PCP.

Maria Fernanda Simões disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
samuel disse...

Como dizia o GPS do carro se um camarada de Paris, para nossa preciosa orientação e meu grande divertimento (embora com os meus botões)… "prenez la gauche". Ainda assim, o que mais dizia - e por isso devia ser mais importante - era "Tenez la gauche! Tenez la gauche!" :-) :-)

Até já!

Graciete Rietsch disse...

Querido Camarada Sérgio
Também não me agradou a presença do PCP nesse evento promovido em prol do PS e pelo traidor Mário Soares.
Mas, por outro lado, mesmo pesando bem a situação, continuo a não saber qual a melhor posição. De uma coisa tenho a certeza. Prezo muito o nosso PCP,tal como é, sem alianças de circunstância e como o único grande Partido de Esquerda consequente, juntamente com todos os que nele se revêem, capaz de lutar pela Instituição do Socialismo inscrita na nossa Constituição.
O PCP mete medo. Por isso o querem silenciar. Mas nem o fascismo o conseguiu. Tenho a certeza que continuaremos e sairemos vencedores.
Gostei muito do teu artigo. Concordo totalmente com ele.

Um beijo.