segunda-feira, novembro 04, 2013

Como (e com quem) o debate indispensável?

Já nestas "páginas" nos referimos bastas vezes a Nicolau Santos e à sua página 5 - Cem por Cento - do caderno Economia do Expresso.
Mas... como deus não nos deu a graça de sermos keynesianos, como é o caso do sub-director do Expresso, e procuramos a graça no estudo de mestres (os clássicos, Marx e Engels, Lenine, Cunhal e mais alguns), temos de nos desencontrar. 






No último "Cem por Cento", de 2 de Novembro, escreveu NS sobre "Um debate indispensável", referindo-se laudatoriamente à "reforma de Estado" de Paulo Portas, enquanto fonte desse debate indispensável. Ora, para além de tal debate ser exigido por/e a quem vê a realidade em permanente mudança, o que importa é balizar o debate, ver qual qual o seu sentido, de que lado se está e se há pontes.
Muito se poderia abundar sobre esta questão do debate indispensável e de onde vêm as suas fontes, mas por agora e aqui, apenas cabe perguntar se, por exemplo, se pode debater com quem acha uma boa ideia, ou uma "ideia interessante", a de "reduzir o número dos militares e aumentar o das forças de segurança"
Para quem defende, e está convicto, que a alternativa para a situação que se vive está (estará!) na tomada de consciência e na tomada de posição (e de partido - assim. com letra pequena, note-se!) consequente das massas, há algo de ameaçador no aumento das forças de segurança, tendo sempre implícito - e raro explícito - o controlo dos movimentos de massas, e também não raro de provocações para suster a mobilização e consciencialização das massas. Com tais pressupostos,"ideias interessantes", ameaças (de classe), é difícil, senão impossível, debater.

Por aqui ficamos. Por hoje...    

1 comentário:

Olinda disse...

O sistema fomenta a inseguranca e o medo,e nao ê de espantar,que os defensores desse mesmo sistema,defendam mais polîcia,mais vigilancia,mais controlo...

Um beijo