(...) uma
notação, aqui no canto inferior direito do écran, leva-me até à minha (ainda?)
velha escola, ao ISCEF, onde me “fiz” (fizeram) economista, já lá vão 60 anos,
e onde aprendi muita coisa enquanto crescia por dentro, como futebolista, como
associativo, como resistente ao fascismo.
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ISCEF que se transformou em
ISE, onde fui “recuperado” como docente; que, depois, acrescentou um G de gestão, ao mesmo tempo que perdia muita outra coisa que o identificava e prestigiava
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Onde me doutorei, já
tarde… mas ainda a tempo!, e onde pensei vir a ter decente carreira docente que
as deputâncias (AR e PE) impediram, por terem sido levadas a sério.
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E agora saiem-se-me com esta,
no Jornal Económico
ISEG
dá ferramentas de gestão
para negócios de luxo
Universidade
tem uma “coqueluche” que dá ferramentas de gestão para alavancar o país
enquanto destino de luxo. A 6ª edição do Luxury Brand Management Executive
Course arranca no fim de março.
(…)
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Dir-se-á que tenho pruridos de conservador, de incurável
aversão ao moderno e ao futuro, mas não se trata disso (digo eu...).
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Desde sempre estudei as necessidades enquanto área básica da
economia, como me lembram trabalhos realizados no Luso-Fármaco que se me
atravessam no caminho do publicado e dos papéis dispersos.
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Ainda ontem tropecei num
trabalho para “visitadores médicos”, de 1967, em que tratava da diferença entre
bens necessários e luxos, como aliás o fiz num Congresso da
Indústria Farmacêutica, por esses anos e em que tive algum protagonismo, a partir das elasticidades
relativamente a alterações de rendimentos.
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Bem… resumo o que “me vai
na alma” (!) quando leio estes títulos com um protesto veemente (e não platónico
porque de luta): contra estas evoluções que agudizam as desigualdades sociais,
tornam Portugal “destino de luxo” com
os nativos de casaquinho branco, trabalho precário e “à gorjeta”, e alguéns aqui
nascidos a fazerem migrar os seus vultuosos capitais (se não legais, legalizáveis...)
para paraísos fiscais… de onde se aplicarão em “destinos de luxo”. Algures. Talvez
por aqui com “ferramentas” do ISEG
1 comentário:
Nem faço ideia no que poderá consistir as tais ferramentas para negócios e destinos de luxo.Bjo
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