domingo, fevereiro 26, 2017

"Paraísos fiscais" - Textos e Contextos

Do quase-diário... para começar o dia:

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Faça-se um breve balanço (um balancete…) para desintoxicar a bílis…

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Há um grupo de comentadores que (há quem diga...) tenho a pachorra de ler, e que francamente me irritam.

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É que, se tenho essa pachorra, é porque me informo com eles, porque informados do que se passa estão eles, conhecem meandros e trucagens, e informam e comentam que se fartam, além de participarem nesse jogo que Trump veio popularizar a que deram a designação (esta sim, destes novos tempos trumpeanos) de factos alternativos.

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Esse grupo de (a)gentes, não é de somenos importância e tem muita capacidade de penetração e de(s)informação - bem estimulado pela classe que serve - , vai de uma ponta a outra do leque político-partidário (ou aparentemente apartidário) e tem elementos de real valia no plano cultural, alguns escrevendo muito bem… o que mais úteis os tornará.

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Também os há agressivos, caceteiros, que servem para se atingirem outros alvos ou, até, para fazer sobressair os que jogam nos tabuleiros de outros xadrezes e/ou damas.

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Parece que muitos deles, em meninos e moços (e moças), se viciaram no popular jogo do monopólio, vício que trouxeram para a idade adulta e os obnubila.

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Entre eles (e elas), há os que na adolescência passaram por fases de aproximação a outros tabuleiros e jogos e, até, alguns dos que chamo “os órfãos da União Soviética” e que passaram por um partido que, sendo português desde sempre e sempre, tomavam como sucursal do que estimavam ser um modelo (que nunca foi!) e uma alternativa (que é outra coisa!)

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O capitalismo, na sua necessidade de mudar para continuar o mesmo, oscila entre várias formas mas, neste momento, quero reter-me na expressão de um capitalismo regulado, em que se procura de fazer coexistir uma livre circulação de capitais com uma regula(menta)ção que controle, ou aparente controlar, os excessos libertinos da liberdade de mercado.

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Sim, porque ele há burgueses e há burgueses e, às vezes (tantas vezes…), ele há burgueses que não há mão invisível que os segure, pelo que convém dar a ideia que - no mínimo... - tudo está regulado, em regra, em estado de direito.

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Depois, haverá a diferença entre o legal e o ilegal… e já não se fala do ilegítimo, que isso é fala de um outro mundo... e se abundam mundos entre os humanos!

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Vem este relambório todo - para circuito mais ou menos privado (nalguma área teria eu de defender o privado e a sua excelsa gestão) - a propósito de um escrito de um desses que se ficaram, em idade adulta mas ainda jovens (pelo menos relativamente à esperança de vida ao nascer), com sintomas de senilidade herdada dos verdes anos e suas vivências, que os impede de ver que há outros mundos além da sua/deles Europa (que seria a União Europeia), dos seus euros, da sua NATO (indiferentes a para que foi e quando foi criada), do seu mundi(nh)o.  

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Não que sejam tontos ou ignorantes, porque isso são os outros.

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Tontos não são!, e se não sabem alguma coisa (eles que tanto, ou quase tudo, sabem) é a quem servem.

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Isto vinha publicado na página 4 do caderno Economia do Expresso.

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Como se fosse tonto querer conhecer e discutir o que… é legal. É legal e pronto!, não se discute

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Como se não fosse exactamente isso que há que discutir, o quadro legal e regulador, e a sua aplicação, que cobrem e justificam a não discussão do que importa discutir para transformar: a relação social que faz com que a maioria das gentes tenha de apertar o cinto até não haver furo, enquanto aumenta o número de uns poucos que (se) dispensam cinto e dispõem de elásticos suspensórios com incrustações auríferas para lhes aguentar as calças nas panças.

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(e tudo está dito na imagem literária garrettiana da quantidade de pobres que produzem um rico).

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Na página seguinte àquela em que sai a petulante prosa que se permite fundamentar-se num dito “senso comum da economia” de que os tontos e ignorantes estariam ausentes, pode ler-se

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Ah pois é!, mas é que é mesmo.

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A culpa é sempre dos sub-sistemas informático, de informação, de segurança, de justiça, prisionais, de limpeza e manutenção, a culpa é de todos os sub-sistemas do sistema de relações sociais, que este cria e o vão sustentando.

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