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Faça-se um breve balanço
(um balancete…) para desintoxicar a bílis…
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Há um grupo de
comentadores que (há quem diga...) tenho a pachorra de ler, e que francamente me
irritam.
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É que, se tenho essa
pachorra, é porque me informo com eles, porque informados do que se passa estão
eles, conhecem meandros e trucagens, e informam e comentam que se fartam, além
de participarem nesse jogo que Trump veio popularizar a que deram a designação
(esta sim, destes novos tempos trumpeanos) de factos alternativos.
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Esse grupo de (a)gentes, não é de somenos importância e tem muita capacidade de penetração e de(s)informação - bem estimulado pela classe que serve - , vai de uma ponta a outra do leque
político-partidário (ou aparentemente apartidário) e tem elementos de real valia
no plano cultural, alguns escrevendo muito bem… o que mais úteis os tornará.
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Também os há agressivos,
caceteiros, que servem para se atingirem outros alvos ou, até, para fazer
sobressair os que jogam nos tabuleiros de outros xadrezes e/ou damas.
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Parece que muitos deles, em
meninos e moços (e moças), se viciaram no popular jogo do monopólio, vício que trouxeram para a idade adulta e os obnubila.
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Entre eles (e elas), há os
que na adolescência passaram por fases de aproximação a outros tabuleiros e
jogos e, até, alguns dos que chamo “os órfãos da União Soviética” e que
passaram por um partido que, sendo português desde sempre e sempre, tomavam
como sucursal do que estimavam ser um modelo (que nunca foi!) e uma alternativa
(que é outra coisa!)
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O capitalismo, na sua necessidade de
mudar para continuar o mesmo, oscila entre várias formas mas,
neste momento, quero reter-me na expressão de um capitalismo regulado, em que se procura de fazer coexistir uma
livre circulação de capitais com uma regula(menta)ção que controle, ou aparente
controlar, os excessos libertinos da liberdade de mercado.
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Sim, porque ele há
burgueses e há burgueses e, às vezes (tantas vezes…), ele há burgueses que não
há mão invisível que os segure, pelo que convém dar a ideia que - no mínimo... - tudo está regulado, em regra, em estado de direito.
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Depois, haverá a diferença
entre o legal e o ilegal… e já não se fala do ilegítimo, que isso é fala de um
outro mundo... e se abundam mundos entre os humanos!
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Vem este relambório todo - para circuito mais ou menos privado (nalguma área teria eu de defender o
privado e a sua excelsa gestão) - a propósito de um escrito de um desses que se
ficaram, em idade adulta mas ainda jovens (pelo menos relativamente à esperança
de vida ao nascer), com sintomas de senilidade herdada dos verdes anos e suas
vivências, que os impede de ver que há outros mundos além da sua/deles Europa (que seria a União Europeia), dos seus euros, da sua NATO (indiferentes a para que foi e quando foi criada), do seu mundi(nh)o.
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Não que sejam tontos ou
ignorantes, porque isso são os outros.
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Tontos não são!, e se não
sabem alguma coisa (eles que tanto, ou quase tudo, sabem) é a quem servem.
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Isto vinha publicado na
página 4 do caderno Economia do Expresso.
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Como se fosse tonto
querer conhecer e discutir o que… é legal. É legal e pronto!, não se discute
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Como se não fosse
exactamente isso que há que discutir, o quadro legal e regulador, e a sua
aplicação, que cobrem e justificam a não discussão do que importa discutir para transformar:
a relação social que faz com que a maioria das gentes tenha de apertar o cinto
até não haver furo, enquanto aumenta o número de uns poucos que (se) dispensam cinto e
dispõem de elásticos suspensórios com incrustações auríferas para lhes aguentar
as calças nas panças.
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(e tudo está dito na
imagem literária garrettiana da quantidade de pobres que produzem um rico).
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Na página seguinte àquela em que sai
a petulante prosa que se permite fundamentar-se num dito “senso comum da economia” de que os tontos e ignorantes estariam ausentes,
pode ler-se
Ah pois é!, mas é que é mesmo.
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A culpa é sempre dos sub-sistemas informático, de informação,
de segurança, de justiça, prisionais, de limpeza e manutenção, a culpa é de todos
os sub-sistemas do sistema de relações sociais, que este cria e o vão sustentando.
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