Assim como há uma moral na economia política - um texto de Marx à sua dimensão! - , a política tem de ter uma ética.
Mais: a ética na política deve servir de critério avaliador das éticas particulares ou de outras áreas.
Mais ainda: a invocação dessa ética não pode servir de trincheira ou anteparo para esconder o que deve ser conhecido dos cidadãos que, em democracia, escolhem os seus representantes.
Há uma fronteira entre o lado da vida privada (em que deve ser reservado estritamente o "direito de admissão"... só com "visto", isto é, autorização do próprio) e o lado em que estão os aspectos da vida que caracterizam quem se propõe representar outros, e cujo acesso deve ser facilitado aos que vão escolher quem os represente.
Dir-se-á que há aproveitamentos pouco... éticos. Decerto que sim, mas quem se candidata atribuindo-se, ou deixando que se lhe atribuam, determinadas qualidades, e é público - e publicado - que na sua vida pessoal esses mesmos atributos não existem, antes pelo contrário, não pode ver como intromissão na sua vida privada a publicidade desses factos públicos. Porque públicos são. Até em editais, em testemunhos credíveis, em editoriais, em execuções de tribunais.
Dir-se-á, ainda, que a justiça existe para estabelecer as fronteiras. Talvez... mas onde começa a justiça? e onde acaba, sendo certo que, por vezes, parece não ter fim? Não sirva também esse pretexto para não se conhecer o que deverá ser conhecido.
Exemplos? Fica, talvez..., para a sequència destas reflexões...
8 comentários:
creio que nesse campo, estamos(a CDU) à vontade.
o mesmo não se poderá dizer de outros pseudo-políticos.
E quanto a limites: os valores morais são sempre um bom barómetro...na minha humilde opinião.
abraço do vale
não percebi bem. por isso esta pergunta: concorda com a «campanha» que quem se afirma militante do psd e declara apoiante da candidatura municipal desse partido político tem andado a fazer neste momento em ourém?
sf - Não percebeu bem? Não acredito! De alguém que não sf teria dúvidas, de sf não acredito!
E uma segunda leitura (lenta), ajudará? Talvez com uma paragem e estadia pela referência a "aproveitamentos pouco... éticos" daquilo com que concordo, isto é, que seja público o que público é relativamente a homens públicos, ou que públicos querem ser e mostrar atributos que parece não terem.
Se quisesse brincar com coisas muito sérias dir-lhe-ia que não percebi aquela pergunta, e devolveria: qual "campanha", de quem?
duarte - estaremos!, e temos a a obrigação de estar! Mas, se por qualquer "acidente", souber de faltas de ética com as que refiro em abstracto em listas nossas, a minha posição não se alterará. Obviamente. Por uma questão de ética....
Vi há pouco na TV a última sondagem julgo que da U. Católica. Não posso acreditar e tenho que desabafar. Faço-o aqui porque sei que a nossa campanha e a nossa postura seja qual for a nossa situação quer na campanha quer na governação quer no dia a dia é sempre honesta e desintessada tendo como finalidade única criar um caminho para um futuro melhor sem esperar recompensas ou benesses.E disso temos milhares de exemplos. Até me apetece chorar. Não acredito. O POVO irá aperceber-se de quem são os seus amigos. Beijos tristes mas mantendo a confiança.
pá, eu li o post com atenção. mas "pouco... ético" pareceu-me qualificador demasiado leve para caracterizar determinados aproveitamentos - porque, tanto no conteúdo quanto na forma, nenhuma ética têm. e o "mas" a seguir a "decerto que sim", pareceu-me aliviar ainda mais a qualificação referida. tendo ficado com a impressão de que o post tinha como motivo imediato factos acontecidos aqui, não me pareceu haver uma apreciação de censura inequívoca do tipo de aproveitamento subjacente a tais factos. daí a pergunta. foi só isto.
O Sérgio Ribeiro tem de escrever mais d e v a g a r para que alguns bloguistas o entendam.
Sergio Faria,so le escribas do outro lado ? Corrobora com a alta politica de um tal pedro figueiredo acerca do Dr Sergio Ribeiro ? Ai nao encontra defeito ?
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