A propósito de uma 2ª edição que está para sair, escrevi o que aqui transcrevo:
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«Em 1989, por iniciativa ou aceitação de proposta, os organismos executivos do Comité Central do PCP decidiram colectivamente, como é de norma, que O Militante – PCP – Reflexão e Prática incluísse, em seus próximos números, cadernos destacáveis configurando um pequeno Curso de Economia marxista.
O primeiro caderno saiu com o número de Fevereiro de 1990 e, número a número, os cadernos sucederam-se até ao número, então já bimestral, de Novembro/Dezembro de 1991. Foram 19 cadernos que podem ser balizados entre a mitificada (e mistificadora!) queda do Muro de Berlim, a 9 de Novembro de 1989, e a extinção da União Soviética em 31 de Dezembro de 1991, “decretada” a 21 de Dezembro.
Muito significativo me parece este facto. Que é, indesmentivelmente, um facto!
Estes cadernos foram sendo elaborados e publicados, com a intenção de serem instrumentos de formação teórica marxista-leninista, enquanto pelo mundo, e muito particularmente na Europa, a luta de classes tomava a expressão de uma derrota de certo modo inesperada, apesar dos sinais que se vinham acumulando de erosão económica, política e, sobretudo, ideológica, nos países socialistas, e da incapacidade e/ou traição dos dirigentes dos partidos comunistas desses países.
Também no dito Ocidente, nos partidos comunistas dos países capitalistas, se fez sentir muito profundamente essa erosão e a fragilidade ideológica. Verificaram-se verdadeiras deserções da luta de classes e, pior que isso, deram-se passagens de “armas e bagagens” para o outro lado da luta, com trânsito por limbos de hesitação e procura de caminhos vários, outras mais rápidas e explícitas; uns aberta e publicamente em campanha contra a direcção ou contra quem respeitava os valores e os estatutos da organização, alguns procurando, por dentro, mudar os princípios e a organização.
Houve quem (individual ou colectivamente) não tivesse conseguido interpretar e resistir a uma derrota histórica por estarem a ser dados passos atrás na História da Humanidade, houve quem (individual ou colectivamente) tivesse passado de algum sectarismo partidário e ideológico, consciente ou inconsciente, para a negação da existência da luta de classes (e das classes), para a recusa do marxismo-leninismo como base teórica, do centralismo democrático como forma de organização e funcionamento.»
O primeiro caderno saiu com o número de Fevereiro de 1990 e, número a número, os cadernos sucederam-se até ao número, então já bimestral, de Novembro/Dezembro de 1991. Foram 19 cadernos que podem ser balizados entre a mitificada (e mistificadora!) queda do Muro de Berlim, a 9 de Novembro de 1989, e a extinção da União Soviética em 31 de Dezembro de 1991, “decretada” a 21 de Dezembro.
Muito significativo me parece este facto. Que é, indesmentivelmente, um facto!
Estes cadernos foram sendo elaborados e publicados, com a intenção de serem instrumentos de formação teórica marxista-leninista, enquanto pelo mundo, e muito particularmente na Europa, a luta de classes tomava a expressão de uma derrota de certo modo inesperada, apesar dos sinais que se vinham acumulando de erosão económica, política e, sobretudo, ideológica, nos países socialistas, e da incapacidade e/ou traição dos dirigentes dos partidos comunistas desses países.
Também no dito Ocidente, nos partidos comunistas dos países capitalistas, se fez sentir muito profundamente essa erosão e a fragilidade ideológica. Verificaram-se verdadeiras deserções da luta de classes e, pior que isso, deram-se passagens de “armas e bagagens” para o outro lado da luta, com trânsito por limbos de hesitação e procura de caminhos vários, outras mais rápidas e explícitas; uns aberta e publicamente em campanha contra a direcção ou contra quem respeitava os valores e os estatutos da organização, alguns procurando, por dentro, mudar os princípios e a organização.
Houve quem (individual ou colectivamente) não tivesse conseguido interpretar e resistir a uma derrota histórica por estarem a ser dados passos atrás na História da Humanidade, houve quem (individual ou colectivamente) tivesse passado de algum sectarismo partidário e ideológico, consciente ou inconsciente, para a negação da existência da luta de classes (e das classes), para a recusa do marxismo-leninismo como base teórica, do centralismo democrático como forma de organização e funcionamento.»
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Como muito significativo é o facto de se estar a preparar uma 2ª edição. Agora.
14 comentários:
O meu amigo que era pintor,
contou-me numa noite de bebedeira:
- Olha,
quando chega domingo,
não há nada melhor que ir para o futebol...
E como os olhos se me enovoassem de água.
Domingo,Manuel da Fonseca
Ou seja: textos escritos no aceso da luta (de classes, pois claro).
Venha a 2ª edição!
Um abraço.
Esta 2ª edição vai ser seguramente tão útil e necessária como a 1ª!
Que bom vai ser camarada Sérgio aprender mais contigo através da nova edição do teu pequeno Curso de Economia marxista pois não tive acesso aos primeiros cadernos nem sei bem porquê. E há tantas coisas para explicar e compreender!
Um beijo, camarada.
Boa notícia! Venha ela...
Abraço.
Excelente notícia.
Irei ler, espero.
Da irritação de ter uma casa pequena. Ou um sótão.
Que boa notícia, esta!
Um abraço.
A 1ª edição foi útil.
A 2ª irá ser imprescindível.
Venha ela!
Parabéns!
Bjs,
GR
Desta vez vou imprimir e ler.
Vai ser muito esclarecedor. Vai-me acender algumas luzes.
Campanica
Útil, sem dúvida.
A 2ª edição vai ter diferenças muito significativas em relação à
1ª edição?
Boas leituras!
Se não for pedir muito agradecia a reserva de um livro para mim. Depois combinamos como fazer.Afinal nunca é tarde para aprender. Um abraço e bom trabalho.
eu não tive acesso.
nessa época cirandava, olhando à minha volta e obsrevando todas as posições tomadas.
e o meu pai dizia: " o fim da URSS, vai ser o inicio do fim".
onde posso aranjar esses preciosos manuais?
abraço do vale
Fernando Samuel - se me permites... num dos acessos. Que, aliás, não fdaltam. Embora este tenha sido muito espacial.
Justine - ... com essa intenção se faz!
Graciete - o pequeno Curso de Economia não é meu. Foi, sempre, de um colectivo, e assim seráa a reedição, embora nesta tenha alguma responsabilidade maior.
Samuel - Virá!
Bruno - Esperamos! Boa leitura.
Maria - Ah! O tamanho das casa e a quantidade dos livros e papeis!
GR - Olá! E, dialecticamente, tudo mudou e não há muito para mudar, apenas a actualizar porque a denúncia das dinâmicas, do funcionamento do capitalismo apenas se confirmam na leitura do merialismo histórico
Campaniça - Tens as luzes todas dentro de ti. É uma questão de interruptores... Este deseja ser mais um...
Hugo Carrola - ... dialecticamente: muitas e poucas! É - apenas! - um 2ª edição, revista, só com correcções e acrescentos considerados indispensáveis.
Fel de cão - ... e com dedicatória... do (mais) responsável pela 2ª ediçã. Infelizmente, do colectivo de autores, um já não pode assinar nada!
vale - isso que o teu pai dizia tem que se lhe diga... Tenho a expectativa pessoal de que, se não for antes, se encontrará na Festa!
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