Com tantos PECs, depois de já ter havido (e continue a haver) PACs, é talvez útil o esclarecimento sobre esta sigla que não pára de nos perseguir.
Ao princípio foi o PEC(ado?) original, criado a partir dos critérios nominativos que os Estados-membros da União Europeia tinham de cumprir para aceder à moeda única (défice orçamental a menos de 3% dos PIB, divida pública inferior a 60% dos PIB, inflação abaixo de uma fórmula esquisita). Era imposto pelo então (mal)criado Banco Central Europeu para (dizia-se…) tornar consistentes os objectivos a partir dos tais critérios que sempre se consideraram mais que discutíveis, quanto mais não fosse por serem iguais para Estados com situações muito díspares, mas sobretudo por exigirem sacrifícios evidentemente “de classe”, penalizando os trabalhadores, as pequenas e médias empresas, servindo para atingir direitos, agravar desigualdades, degradar situações sociais… e não tornar consistentes o lado nominativo, financeiro, da economia.
Mais tarde apareceu outro PEC, o pagamento especial por conta, que, quaisquer as justificações, se traduzia no pagamento antecipado de impostos sobre lucros presumíveis com base no volume de negócios do ano anterior. As grandes vítimas desse “expediente” foram micro, pequenas e médias empresas, ajudando a esgaçar (ainda mais) o tecido empresarial. Elas que o digam… E era tão grande o consenso sobre os seus malefícios, que o partido antes e ora no governo propagandeou a a sua abolição, os partidos da oposição ao governo minoritário convergiram na concretização da sua extinção… mas tudo parece que ficou em nada porque houve quem “roesse a corda” e este PEC parece que vai continuar no orçamento de Estado para 2010.
E aparece a exigência de outros PEC, programas de estabilidade e crescimento, na linha directa do original, para que se reponham os números dos tais critérios nominativos, mesmo que totalmente desfazados da… economia real, da criação e distribuição de coisas, de riqueza criada. De “melões” e não daquilo com que se comprariam “melões”… se “melões” se produzissem.
Ao princípio foi o PEC(ado?) original, criado a partir dos critérios nominativos que os Estados-membros da União Europeia tinham de cumprir para aceder à moeda única (défice orçamental a menos de 3% dos PIB, divida pública inferior a 60% dos PIB, inflação abaixo de uma fórmula esquisita). Era imposto pelo então (mal)criado Banco Central Europeu para (dizia-se…) tornar consistentes os objectivos a partir dos tais critérios que sempre se consideraram mais que discutíveis, quanto mais não fosse por serem iguais para Estados com situações muito díspares, mas sobretudo por exigirem sacrifícios evidentemente “de classe”, penalizando os trabalhadores, as pequenas e médias empresas, servindo para atingir direitos, agravar desigualdades, degradar situações sociais… e não tornar consistentes o lado nominativo, financeiro, da economia.
Mais tarde apareceu outro PEC, o pagamento especial por conta, que, quaisquer as justificações, se traduzia no pagamento antecipado de impostos sobre lucros presumíveis com base no volume de negócios do ano anterior. As grandes vítimas desse “expediente” foram micro, pequenas e médias empresas, ajudando a esgaçar (ainda mais) o tecido empresarial. Elas que o digam… E era tão grande o consenso sobre os seus malefícios, que o partido antes e ora no governo propagandeou a a sua abolição, os partidos da oposição ao governo minoritário convergiram na concretização da sua extinção… mas tudo parece que ficou em nada porque houve quem “roesse a corda” e este PEC parece que vai continuar no orçamento de Estado para 2010.
E aparece a exigência de outros PEC, programas de estabilidade e crescimento, na linha directa do original, para que se reponham os números dos tais critérios nominativos, mesmo que totalmente desfazados da… economia real, da criação e distribuição de coisas, de riqueza criada. De “melões” e não daquilo com que se comprariam “melões”… se “melões” se produzissem.
7 comentários:
E ainda havia o Gregory... mas esse era de outros filmes...
Abraço.
O teu 'amigo de infância' Samuel sacou-me uma enorme gargalhada...
Tenho que voltar mais tarde para te reler...
Beijo.
samuel - o Gregório era doutros filmes, e não era nada peco...
Maria - também ri a valer. Cá te espero... Até já.
Abreijos
Sempre a crítica aos malfeitores, mas nunca soluções para os exterminar. É assim o pobre PC desde há 35 anos. Lamúrias sobre os malandros, lágrimas de crocodilo, sapos engulidos e agora choram sobre leite derramado.
Que tristeza...
para quem anda menos avisado:
a solução sempre esteve à vista.
só não a utiliza, quem lucra com este sistema.e cuidado! é preciso que o povinho, não entenda nada...
se soubessem o que lhes espera...
abraço do vale
Ó anónimo das 10,47,vá ler o programa eleitoral do PCP às legislativas 2009.Depois acompanhe as propostas na A.R.E há uma coisa muito séria:"o PCP será Governo se,e quando o nosso povo quiser,lutando pela mudança".Para se animar e rir,que faz bem à saude,vá ver a exposição de Cartoons que está aí a chegar.Que coisa esquisita esta:o PCPortuguês...devia elogiar os malfeitores?
Ai anónimo das 10:47 que não vê ou não quer ver a luta do PCP não apenas há 35 anos mas há 89. E isto desde que foi constituído como Partido.
Lágrimas de crocodilo, nunca! Mas luta contra qualquer espécie de injustiça, sempre.
Um abraço camarada Sérgio.
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