segunda-feira, fevereiro 01, 2010

... em conceito estratégico até à derrota final... - 2

A NATO foi criada com a justificação da existência de um "perigo vermelho", de um espectro, com base num conceito estratégico que se afirmava defensivo mas que era agressivo e militarista. Na iniciativa de comemoração dos 60 anos da criação do Conselho Mundial da Paz, um dos testemunhos repetiu a palavra mentira relativamente às posições da NATO e bem se adequa aos conceitos estratégicos que apregoa e ao que é a sua concretização.
.
Na sequência do meu testemunho, após as referências relativas às efemérides, continuei:
« (...) Feitas estas prévias anotações, trago a este simpósio o breve testemunho de um percurso a que o CPPC está ligado, mesmo antes de existir mas estando na sua génese, e, clao co CMP.
Em 1966, uma declaração política
“sobre a consolidação da paz e da segurança na Europa” do Comité Consultivo dos Países membros do Pacto de Varsóvia terá sido o primeiro passo visível na caminhada que viria a terminar em 1975 com a Conferência (de Estados) sobre a segurança e a cooperação na Europa e a criação da OSCE.
A declaração de 66, de Bucareste, requeria, precisamente, a convocatória de uma conferência para debater estas questões. Sendo uma declaração no âmbito das relações externas dos Estados, tinha, e teve, desenvolvimentos significativos noutros planos. Que foram decisivos.
Na verdade, o movimento da Paz – com o
CMP a polarizar esforços –, partidos políticos (sempre com os comunistas na primeira linha), organizações sindicais, religiosas (ou de elementos de diferentes confissões) e outros movimentos, como de mulheres, de jovens, de intelectuais, de artistas, mobilizaram-se para pressionar os Estados.
Neste percurso destaco a realização da Assembleia de representantes da opinião pública para a segurança e a cooperação europeias, realizada em Bruxelas de 2 a 5 de Junho de 1972, que mereceu o epíteto de
"A Europa na mão dos povos".
Sobre a preparação e a realização desta assembleia gastaria horas, muitas horas... Vou deixar uns telegramas e duas reflexões. (...)»
(continua)

Sem comentários: