Depois de se ter "defendido o Ocidente" apoiando o Estado fascista e a “sua” guerra colonial, com o desaparecimento do Pacto de Varsóvia, a NATO, em cabal confirmação da mentira do primeiro conceito estratégico, de natureza defensivo e para se opor á “ameaça comunista”, entrou numa outra fase, em que o recurso à ingerência se tornou sistemático, não já com o pretexto da ameaça mas pela natureza intrínseca do capitalismo em etapa imperialista, pelo militarismo e armamentismo da administração dos EUA ao serviço do complexo industrial-militar. Foi preciso, como se disse em determinada altura, «um inimigo». E foi criado o conceito estratégico do “controlo das crises”, do aproveitamento das rivalidades étnicas, das intervenções humanitárias, da resposta ao terrorismo, de defesa dos “direitos humanos” arrolados e avaliados num pensamento único.
A aproximar-se do termo do tempo de intevenção, o meu testemunho na comemoração dos 60 anos do Conselho Mundial da Paz continuava assim:
A aproximar-se do termo do tempo de intevenção, o meu testemunho na comemoração dos 60 anos do Conselho Mundial da Paz continuava assim:
« (…) Muito mais se fez, no plano da chamada opinião pública. Durante as Assembleia e Conferência, houve um programa diário, em directo de Bruxelas, para a Rádio Renascença e, com base nesse material, editou-se um disco Mesa Redonda - Segurança e Cooperação Europeias, que não vacilo em considerar histórico, embora com a certeza de que a História já o esqueceu… porque nunca o lembrou.
Como último telegrama antes de Abril de 1974, uma referência ao Congresso Mundial da Forças de Paz de 1973, em Moscovo, com uma larga delegação portuguesa (clandestina…) e o episódio inesquecível do encontro com os militantes da Paz (e, também, guerrilheiros...) de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, presentes no Congresso.
Depois de Abril abriu-se em Portugal uma nova era no movimento pela Paz, a assinatura do acordo de Helsínquia deveria ter tido grande significado para o Portugal novo, e a formalização do CPPC em 1976 foi acto relevante. (…)»
Como último telegrama antes de Abril de 1974, uma referência ao Congresso Mundial da Forças de Paz de 1973, em Moscovo, com uma larga delegação portuguesa (clandestina…) e o episódio inesquecível do encontro com os militantes da Paz (e, também, guerrilheiros...) de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, presentes no Congresso.
Depois de Abril abriu-se em Portugal uma nova era no movimento pela Paz, a assinatura do acordo de Helsínquia deveria ter tido grande significado para o Portugal novo, e a formalização do CPPC em 1976 foi acto relevante. (…)»
(continua… para concluir)
2 comentários:
Estou à espera da conclusão porque me tem interessado muito o que li além de ter aprendido bastante.
Abraços.
Obrigado, camarada Graciete, pelo estímulo. Vou terminar... porque só tinha 7 minutos!
Abraços
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