Andam agitadas as "águas".
O governo quer uma privatização rápida mas,mesmo neste,o CDS parece não querer o que o PSD quer... e em força.
De fora do governo - mas quem manda nele - não quer, ou quer de outra maneira, ou não quer mas ainda não disse. Os negócios da Sic, da Tvi e da Rádio Renascença, isto é, os poderosíssimos negócios da Igreja, exercem todos os modos de pressão. Até ao dar de ordens, à banqueira maneira.
O assunto discute-se da única maneira que se admite que os assuntos - todos! - se discutam, em termos de mercado. Neste caso, sobretudo o da publicidade. Dos lucros a tirar, a retirar, da operação. Tudo... conatbilidade e cifrões.
Uma informação, um veículo cultural que não seja instrumento estreme de acumular capital, isso não entra nestas considerações, como algumas das senhoras da rua que percorria, pausadamente o pai do António Gedeão.
O que preocupa é que consigamos levar mais gente, muito mais gente, a ver onde isto tudo, esta mediocracia e esta mercadofília, nos vai levar. A curto prazo.
E está no primeiro plano, a questão ideológica.A consciência do que somos. Aqui e onde for, Pela Europa e pelo mundo.
3 comentários:
O dinheiro tudo pode e em tudo manda. Mas não pode comprar consciências.Por isso acreditamos noutro futuro.
Um beijo.
E tu vais ajudando a essa tomada de consciência, que tão urgente é! Beijo, aqui de longe:))))
Hoje, o Jornal de Negócios anuncia que o governo já ordenou a venda de todas as participações da Caixa Geral de Depósitos, no cumprimento do dito cujo acordo com a troika...
Relativamente a esta questão há que fazer alguns esclarecimentos e levantar algumas questões.
1. O chamado acordo da troika, ou como prefiro, o programa de submissão e agressão impõe que para atingir os novos rácios core tier de referência (supostamente para oferecer mais garantias sobre a saúde do sistema financeiro) a CGD deve fazê-lo recorrendo à sua própria carteira de participações e às emrpesas do Grupo Caixa que não façam parte do seu negócio principal (como se o ramo segurador, vida e não vida não fizessem parte do negócio financeiro e bancário...). No entanto, não encontrei qualquer referência a que esta «ordem» do governo resulte de fragilidades e incapacidades da CGD cumprir tais critérios financeiros.
2. De acordo com as leis e princípios da concorrência a acção do Estado não poderá favorecer ou prejudicar qualquer empresa. Como acção do Estado poderemos encontrar subsídios/impostos ou imposições legislativas. Pegunto se a impossibilidade da CGD recorrer aos 12 mil milhões de euros que se encontra disponível para a generalidade da banca ou aos 35 mil milhões de euros de garantias para a banca (para financiamentos, obrigacionistas, por exemplo) que o tal programa prevê, não será uma grave violação de tais princípios, que parecem ser tão caros ao pensamento mais liberal.
3. Qual o impacto de tal imposição governativa para a economia portuguesa, para o conjunto das emrpesas participadas pela CGD, para a manutenção dos centros de decisão em Portugal, para a manutenção de actividade em Portugal, para a não «exportação» de dividendos (não agravaando do défice externo), para o emprego em Portugal?
4. Então o accionista Estado, representado pelo governo pode determinar que a empresa CGD tem que vender todas as suas participações (com impactos na própria capitalização dessas empresas) mas não pode determinar a política de crédito, em termos de preço e de quantidades (juros e montantes para linhas de crédito de apoio à actividade económica e em especial às micro e pequenas empresas e às cooperativas ou de apoio à habitação)?
E, claro, nós temos que ter uma palavra a dizer. É que o governo apenas representa o accionista, não é o accionista e está semrpe sujeito à força, à relação de forças sociais existentes e em confronto.
Enviar um comentário