1. - Já o Passos Coelho quer convencer-nos que existe um buraco ou desvio de dois mil milhões de euros que obrigarão a novos sacrifícios do lado da receita (a famosa sobretaxa no IRS - subsídio de Natal) e do lado da despesa (provavelmente despesas sociais, saúde, educação...
Como o INE indicou que no primeiro trimestre o défice foi de 7,7% do PIB do trimestre e como a meta no final do ano é obter 5,9%, então a conclusão é simples, houve uma derrapagem de dois mil milhões de euros... Apesar do ministro das finanças ter assegurado que as medidas se devem à necessidade de garantir uma folga de conforto, pois de acordo com as suas palavras, Portugal não tem margem de erro.
2. - Palavras para quê?...
«Os resgates das dívidas de Portugal e da Irlanda têm sido um bom negócio para os países que lhes concederam garantias", disse hoje o presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Klaus Regling, ao Frankfurter Allgemeine Zeitung.
«Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão", garantiu Regling.»
por Lusa, no DN on-line
Assim, todos percebem, todos compreendem, a necessidade de novos e superiores sacrifícios, cujo objectivo fundamental não será obter um equilíbrio sustentado das contas públicas. O objectivo será alterar de forma profunda todo o enquadramento constitucional da economia portuguesa, passando a privilegiar os interesses dos detentores do capital, a grande burguesia, nacional, estrangeira, transnacional, etc.
E preparemo-nos, porque no futuro irão surgir muitas e novas derrapagens!
Ricardo O.
Obrigado, Ricardo
1 comentário:
E assim pagamos a Judas as ajudas.
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